FALLEN IDOL
“Seasons of
Grief”
Independente – Nac.
“Seasons of Grief” vem a ser o segundo álbum da banda Fallen
Idol e, simplesmente, uma evolução espantosa, se comparado ao seu homônimo
álbum de estreia (encontrado apenas na internet, já que foi lançado apenas
digitalmente). Inicialmente “Seasons of Grief” também fora lançado apenas de
forma digital, em outubro/2016, mas, posteriormente, ganhou a versão física,
que é justamente essa que tenho em mãos e que estou fazendo a resenha. A parte
gráfica, em tonalidade vermelha, com um corvo na capa e árvores mortas, dão uma
ideia do que iremos encontrar ao colocar esse disco para rolar: Doom Metal em
sua essência, denso, sorumbático, com melodias arrastadas, repletas de
sentimento fúnebre. O Doom Metal praticado pelo Fallen Idol vem na veia de
nomes como Solitude Aeturnus, Candlemass e, claro, por que não citar o criador
Black Sabbath? Os vocais de Rodrigo Sitta (também guitarra) vão numa linha
limpa, melódica, bem influenciados por mestres como Robert Low (Solitude
Aeturnus) e Messiah Marcolin (ex-Candlemass), mas, claro, carregando consigo um
‘feeling’ bem característico e que deixa as músicas com algo bem próprio. As
músicas carregam, consigo, uma honestidade que envolve o ouvinte. É uma música
feita com paixão, pois isso dá para sentir em cada nota instrumental ou vocal,
em cada uma das sete músicas desse disco. Sinceramente, não dá para ter um
destaque, uma música que se diga: “porra! Essa é a melhor!”. Não dá, porque
todas têm suas peculiaridades. Basta ouvir a faixa-título, com vocais
maravilhosos; “Unceasing Guilt” e seu andamento moribundo, mas também trazendo
um espetacular solo de guitarra; além de “The Boy and the Sea”, essa um pouco
mais pesada e com andamentos um pouco (um pouco mesmo) mais velozes, e “Satan’s
Crucifixion”, essa flertando com o Stoner do Black Sabbath, e com algo mais
Heavy Metal no andamento. Completam a banda Márcio Silva (baixo) e Ulisses
Campos (bateria). E quando digo que completam, é porque complementam mesmo.
Talvez sem eles o disco não soaria tão homogêneo e honesto.
Contatos:
Resenha por Valterlir Mendes
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