Metal Reunion Zine

Blogzine fundado em 2008. Reúne notícias referentes a bandas, artistas, eventos, produções, publicações virtuais e impressas, protestos, filmes/documentários, fotografia, artes plásticas e quadrinhos independentes/underground ligados de alguma forma a vertentes da cultura Rock'n'Roll e Heavy Metal do Brasil e também de alguns países que possuem parceiros de distribuição do selo Music Reunion Prod's and Distro e sua divisão Metal Reunion Records.



domingo, 31 de março de 2024

Navalha na Carne - Edição Extra - Primeiro Contato: Uma Reflexão sobre a Era Meta e a contraposição de Elon Musk. O que eles realmente desejam?

Caro leitor,

Desde que testemunhei a mudança de nome do conglomerado Facebook e Instagram para Meta, uma notificação recente em meu WhatsApp, em 13 de março de 2024 (Tela antes do segundo parágrafo), despertou minha curiosidade. A transição para "Meta" suscita diversas questões. Seria uma referência aos metadados ou uma admissão evidente de uma meta definida no controle das redes sociais e das comunicações em massa? Ainda mais intrigante é o fato de que a mesma entidade que gerencia as duas maiores plataformas de redes sociais agora supervisiona a segurança de um dos aplicativos de mensagens mais proeminentes do mundo.
Como usuário, é compreensível desejar uma empresa capaz de garantir a segurança das principais plataformas de redes sociais, confiando em sua experiência para tal. No entanto, a unificação levanta preocupações sérias. A concentração da comunicação de bilhões de pessoas, empresas e marcas nas mãos de Mark Zuckerberg e seus acionistas suscita uma reflexão cautelosa. Por outro lado, emerge uma voz de oposição poderosa na figura de Elon Musk, o magnata quase trilionário, dono da Tesla e de uma série de empresas dedicadas à tecnologia, inteligência artificial, comunicação e exploração espacial.

Musk, proprietário do X, ex-Twitter, adota uma postura reacionária em seus discursos, defendendo veementemente a liberdade de expressão e as liberdades individuais. No entanto, suas argumentações, por vezes, parecem promover um ambiente virtual sem lei, onde a internet se torna uma terra de ninguém. Embora aclamada por aqueles que valorizam a liberdade, essa abordagem também é adotada por criminosos de todos os tipos, que se beneficiam quando o discurso é simplesmente "liberdade para todos".

Sinceramente, isso pode ser apenas uma sucessão de coincidências normais no mundo corporativo, vistas por grandes empresas como simples transações comerciais. Talvez eu esteja problematizando e criando um texto que leve você, caro leitor, a ponderar sobre teorias da conspiração ou planos mais sinistros para a raça humana, cada vez mais digitalizada.

Nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens, não se trata apenas de compartilhar fotos, realizar transações comerciais ou construir perfis atraentes para relacionamentos e amizades. Esses espaços são verdadeiros laboratórios onde se moldam perfis pessoais, repletos de detalhes como localização, preferências políticas, orientação sexual, gostos e interesses. Essas informações alimentam algoritmos impulsionados pela inteligência artificial, capazes de criar perfis precisos, refinados com dados de localização revisados e ajustados por dispositivos via satélite. Essa tecnologia, embora usada principalmente para fins comerciais, levanta questões preocupantes sobre seu potencial em cenários de crises sociais, conflitos armados, desastres naturais ou epidemias mortais, como a Covid-19.

Mas veja bem leitor. Em um futuro incerto, o controle das redes sociais e dos aplicativos de comunicação por um pequeno grupo de indivíduos poderia representar um poderoso instrumento de manipulação e influência. Diariamente, atualizamos nossas informações, expressamos nossas opiniões, buscamos seguidores e visibilidade, revelamos nossos valores, gostos e desgostos, alimentando uma quantidade enorme de dados. Ao passar horas conectados em aplicativos como esses, voluntariamente compartilhamos nossa localização em tempo real através do GPS do Google Maps e outras plataformas, fornecendo um arsenal de informações valiosas para quem busca influenciar, controlar ou quem sabe nos "atingir". Você já escutou o termo "Target", usado na publicidade e propaganda? Então antes os publicitários precisavam de pesquisas de mercado e uma gama enorme de informações que eram cruzadas para estabelecer uma comunicação assertiva com seu público alvo. Hoje nós damos isso tudo e mais um pouco gratuitamente para os publicitários, tiranos, governantes políticos e inclusive para grupos e pessoas mal intencionadas que também consideram nos TARGET. Estamos constantemente contribuindo para a construção de perfis detalhados que podem ser explorados para alcançar objetivos diversos, muitas vezes desconhecidos para nós, os usuários.

Essa integração de todas as redes sociais e apps de mensagens somada a ideias inovadoras, que inclusive já tem até fila de espera, tipo colocar chips em pessoas para que elas sejam tipo super conectadas aos nossos gadgets, parece que estamos indo além do simples "curtir" ou "compartilhar". Tipo, imagine só, poder acender a luz da sala só com o poder do pensamento! Mas, sério, isso tudo nos faz pensar que tem mais coisa por trás disso do que só postar memes ou conversar com amigos.

Finalizo deixando um ponto para reflexão: por que uma empresa teria interesse em controlar todos os principais sistemas de comunicação do planeta? Para nos deixar mais seguros? Para garantir mais liberdades individuais? Para cuidar de nossas contas em redes sociais e aplicativos de comunicação, em troca apenas de receita publicitária?

Pense sobre isso.

Por Alexandre Chakal 

Nenhum comentário:

Postar um comentário