DARKNESS
SETS IN
“Vol. 2”
Black Order
Productions – Nac.
A Darkness Sets In é uma coletânea capitaneada por Vladimir
Senna, mais conhecido por Lord Vlad, vocalista do Malefactor, e lançada pelo
seu selo, Black Order Productions. Recebi esse número, assim como o posterior,
da coletânea das mãos do próprio Vlad, quando da ocasião em que o Malefactor tocou
no Abril Pro Rock (em 2019). O trabalho é de um capricho admirável. CD prensado
profissionalmente, trazendo uma capa interessante e um encarte com diversas
páginas, onde cada uma delas é dedicada a cada uma das bandas participantes,
trazendo formação de cada grupo e a letra de cada música apresentada, algo que
vejo pela primeira vez em uma coletânea. A única falha, no encarte, foi com
relação à ordem de algumas músicas/bandas: “Sea of Madness” do Erasy é a quinta
(e não a quarta), “Inhuman Entities” do Vermis Mortem é a quarta (e não a
oitava)... Mas aí já é um erro da gráfica e que em nada denigre o que foi
apresentado na coletânea, em termos gráficos. Saliente-se que a coletânea é
composta unicamente por bandas baianas e uma ótima pedida para se conhecer
muitos nomes daquela rica cena Underground. Nomes como Malefactor,
Insaintfication (essa precisa urgentemente lançar um novo álbum) e Suffocation
of Soul, já têm certa divulgação a nível nacional. Já outras pude conhecer
através da coletânea, como é o caso do Aztlán (posteriormente tendo recebido
seu EP), que apresenta um Death Metal que chama a atenção em “Blood Offering”,
pois foge do lugar comum, trazendo passagens mais limpas nos vocais, assim como
na parte instrumental. O já citado Vermis Mortem, que em “Inhuman Entities”
apresenta um Black Metal na linha do velho Mayhem, com bases bem velozes. Além
de outros nomes que eu também conheci posteriormente a essa coletânea, como é o
caso do Inner Call e seu eficaz Heavy Metal tradicional na música “2012”; e o
portentoso Death Metal do God Funeral, que nos apresentou, na coletânea, a
música “Where Everyone is Equal”, isso para citar algumas. Nota-se que a
qualidade das bandas, em seus respectivos estilos, são elogiáveis. E esse é
outro atrativo. São 11 músicas/bandas, com estilos variados, monstrando o leque
de variedades que a Bahia tem. Claro, há alternância entre as gravações, mas em
tempos atuais, uma ou outra é que fica um pouco abaixo do nível, mas nada
gritante.
Resenha por Valterlir Mendes
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