Já se passava das 21:30 quando o Kick Head subia ao palco,
com um número de pessoas bastante interessante, Flávio começa uma intro insana,
seguida por uma faixa que eletrizou os ouvidos de quem estava presente, que no
caso foi a ‘Naus Infames’.
E a Nuclear Devastation? Caramba, tocada na íntegra aqui em
Teresina. Assim deu um inicio de um mosh básico, pra ferver o sangue e fazer um
‘’bate cabeça’’. A primeira faixa da demo, ‘Age Of Massacre’, não podia faltar
de maneira alguma em uma noite tão Thrasher como essa.
Sejamos francos; "o
Flávio so é pequeno’’, mas tem o poder na voz e nos riffs. P*ta que pariu, esse
headbanger, se garante!
Ao tocarem a faixa ‘Atomic Mushroom’, pensava que não iria
soar muito bem, mas foi totalmente um engano que soou na minha cabeça. Confesso
que foi umas das melhores faixas tocadas por eles, desde que acompanho a banda.
A energia de presenciar e curtir o som da banda, ao vivo é
fodasticamente incrivel. Presença de palco, muito mosh, muita interatividade
com os bangers, humildade e força underground.
De Headbanger para Headbanger, ‘Brothers Of Thrash’, que
nela, além do Thiago ter feito um backing vocal, bastante incentivador, o
próprio público também deu aquela força e gritou bem alto, ‘’...OF THRASH’’. Na
demo é uma coisa bem maneira, mas ao vivo é 10000% melhor. Outra faixa que foi
surpresa pra mais uma vez ficar viciado e mais afim de acompanhar a banda, foi a ‘Nuclear Assault’, que diferente das
outras, o riff e o timbre de bateria, ficou mais diferenciado do que o normal.
Aí foi que inspirou a galera, pra fazer um mosh merecido. Prefiro evitar
comentários, porque pra você saber do que estou falando, so presenciando algum
show.
Não passava pela minha cabeça, que uma extrema e uma
dedicação foda, iria ser tocada. No caso, a música da banda de Thrash Metal
residente daqui de Teresina, ‘Panzzer – Soldado’, com a participação mais que
merecida de Eric Felipe (Que energia, hein...). Surpreendente total, essa
participação e essa homenagem, entre duas bandas do cenário underground. Quem
sabe essa mesma participação, esteja no debut. Totalmente apoiados.
Após conferir 3 shows divulgados pelas mídias, percebi que
nas mesmas, havia a música ‘A Força Do Metal’, feita e cantada por Thiago.
Muito foda como é tocada e como pode ser tão influenciadora. Uma faixa que estará
no próximo material da banda e que sinceramente pode ser considerado um hino
para o underground.
Depois de umas palavrinhas do Flávio, agradecendo pelo
apoio, as 3 últimas musicas para fecharem o set, que também estão inclusas na
demo; ‘Kill All The Posers – Possessed – Kick Head’. Após terminar, elogios e
mais elogios sobre a apresentação começaram a surgir, de forma mais rápida do
que uma epidemia de gripe. Sem mais, nem menos, Kick Head tem tudo pra se
tornar uma das melhores bandas de cenário Thrash Metal nordestino. Com poder e
muita garra eles chegarão em um posto altissímo da cena, pois eles merecem.
Dando continuidade, que por motivos da produção e pessoais
da própria banda (Resultando em algo triste não so para eles, mas para os que
estavam esperando a turnê passar por tal cidade), a mudança da linhagem de
bandas mudou. Agora, subindo palco, vem o Desgraça Maldita, botando pra ferver
mais uma vez com seu poderoso e extremo Death Metal, tocando na íntegra o seu
EP ‘Lastimas & Pragas’ e algumas músicas que estarão no próximo material,
que sera gravado e lançado em breve. Confesso que não gostei muito da faixa
‘Escórias’ tocada ao vivo, se bem que não consegui ainda encontrar o defeito.
Mesmo assim ta valendo. Quem ouviu as novas músicas lá, já deve ter uma noção
do que pode está vindo por aí. Os riffs estão mais honrados, o baixo
simplesmente na medida certa do que é pra ser em uma banda de Death Metal. E a
bateria?! Delbar, nunca decepcionou alguém e agora que não irá decepcionar
mesmo. Como foi comentado la, eu já a considero, uma banda grande e que além de
estar na ativa a tempos, a dedicação e a força de vontade em fazer um Death
Metal português é incomparável (Igual a voz do Jardel. É ÚNICA). So tenho mais
que presenciar daqui pra frente as apresentações da mesma.
Dito anteriormente, a linhagem de bandas mudou, então após o
Desgraça Maldita, Fueled By Fire já começa a colocar a guitarras ao palco.
Carlos Gutierrez, começa a fazer os primeiros testes na bateria e Rick Rangel
faz os primeiros ajustes em sua guitarra. Anthony Vasquez e Chris Monroy chegam
junto também. Em aproximadamente 20 minutos já estava tudo nos ‘’trinques’’,
pronto para começar um tremenda show.
Após um grito tremendo de Rick, um circle pit começa a
surgir antes mesmo da bateria começar. Espetacular ver toda aquela energia e
empolgação, pois foi isso que deu uma força a banda e continuar o trabalho. Ate
o Anthony, elogiou e pedindo a todo instante um mosh pit violento, para mostrar
a realeza do verdadeiro Thrash Metal. De cara, jurava que a primeira faixa
seria ‘The Metallion’, mas não foi. Se me lembro bem, foi até uma nova, que
eles preparam para o próximo material, enfim. Mas o que muito estavam
esperando, foi as músicas ‘Thrash Is Back’ e ‘Spread The Fire’, que até as
pessoas que estavam tomando de conta dos stands e estavam isolados, chegaram
mais para ‘’bangear violentamente’’.
A música ‘Catastrophe’ (divulgada a 2 semanas pelo youtube),
que me espantou deles terem tocado na noite. Não era de esperar, mas aconteceu.
Muitos imaginavam que seria um setlist maior e de uma longa duração, mas
infelizmente foi por volta de uma hora e meia, mesmo. Porém valeu mais que a
pena. Chris, apesar do imprevisto pessoal, ficou bastante alegre antes e após o
show, que com muita força dos fãs e dos produtores, ele se empolgou para fazer
uma apresentação incrivel e que não atrapalhasse. Um cara super gente boa,
sensato e simples (Por um lado, pensei que era Teresinense). Espero que em
outra turnê, passem por aqui novamente. Boa sorte para todos.
Já se aproximava de duas da manhã, e o Eternal Violence,
ainda não estava pronto, mas quase as duas e quinze, já estava lá, com um
‘’background sound’’, que me lembrou bastante da intro do Red Front (Debut).
Quase terminando, uma ‘’bomba no background sound é
estourada’’ (por assim dizer), que iniciava-se uma ‘Invasão Bestial’, so em
ouvir o riff do André ‘Deaththrash’. Luiz Felipe não se envergonhou nessa
apresentação e mostrou o verdadeiro lado thrasher teresinense. Hudson entra ao
palco derramando uma cerveja ao público (Acho que o vocalista do Selvageria, o
influenciou a isso). Vocal bastante diferente do Blasphemous e chegou a um
certo ponto, ser melhor.
Quem não reparou no Ramon na bateria?! Cantando, fazendo
careta e fazendo toda aquela ‘’bagaçaria foda’’ na bateria?! Acho que ele ia
ter um ‘’orgasmo supremo 52 deathammer’’.
Sem cansar, ‘Gritos de Horror’ começa com tudo. Luiz usou
pra valer dessa vez, o backing vocal. Mas confesso que o Hudson precisa de uma
melhorada básica de vocal nessa música, enfim. Mas o que podemos dizer de
‘Maníacos Headbangers’?! Uma música que a cada vez ouvida da orgulho? Uma música
que fica na cabeça, vicia? Musica para ser tema de filme de terror? A resposta
seria, ‘Todas’ e muito mais. Dedicada sempre aos fiéis irmãos e irmãs que lutam
para manter firme e forte a cena underground local, regional e nacional.Hudson
e Luiz não se acanharam nessa apresentação de maneira alguma.
E um certo riff do André, que é incomparável no EP ‘Em
Eterno Caos’?! Na hora, todos lá já sabiam o que estava vindo, ou seja, ‘TERROR
NUCLEAR’. Pra mim, era a 3° faixa que estava mais esperando em toda
apresentação (Depois é logico de NPMS e Na Lâmina da Guilhotina). Uma faixa que
cumpriu sua meta de ‘’Thrash Attack’’ e que está pulveriza os ouvidos dos
posers/pseudos.
Quem curte Artillery e coisas do tipo, ao ouvir ‘Em Eterno
Caos’ e Regido pelo Ódio, sentiu a pressão da devastação contra escórias desse
mundo. Sem comentários para cada uma.
Finalmente chega a música pela qual eu esperava tanto. Uma
sessão de tortura com lâmina tóxica, em forma de música. ‘Necro Perveso Metal
Satânico’, toda qualidade que voce precisa saber da banda, você que ainda não conferiu,
pode ser vista de cara, nessa música. Na verdade, nenhuma música decepciona,
mas essa simplesmente é o poder, é a força, é a máquina de construção das armas
de Lúcifer. Quando acabou devia ter gritado, pra tocar mais uma vez, mas
preferi deixar proseguir. (Quem sabe, a faixa, Na Lâmina da Guilhotina, não
seria a próxima). Música para espancar e matar a qualquer custo, os pseudos,
era a próxima. ‘Maníaco Homicida’. (Que riff, hein André?!) Essa faixa, de
maneira alguma, não poderá faltar no próximo material. Aliás, o Ramon sustentou
beleza essa faixa. Impressionante. Após ser gravada, vou avali-la com muito
mais calma.
E pra fechar com chave de’’ titanium dourada’’, Na Lâmina da
Guilhotina (Que
ao ver em um video do show em Fortaleza, sinceramente fiquei
alucinado em conferir ao vivo). Uma intro bem alucinante, sem frescura, sem
modismo e que superou mais que a expectativa após a reformulação da banda. A
letra não saiu do conteúdo assassino e o titulo já diz tudo do que voce tende a
saber.
Após terminar foi que a galera começou a pedir mais uma,
porém, por conta do horário para fechar o evento já estava esgotado, então não
rolou. Muito emocionante e sinceramente um dos meus sonhos como headbanger.
Noite mais que apreciada, mais que merecida, mais que orgulhosa
em presenciar.
Bueiro do Rock & Brothers Of Metal, parabéns mais uma
vez pelo belíssimo evento e que venha os próximos.
Por Pedro Hewitt
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