Em um contexto onde podemos ao mesmo tempo verificar a popularização do estilo (e sub-estilos) Heavy Metal e as facilidades para se formar e divulgar uma banda, associadas a uma necessidade quase impositiva de ‘fazer sucesso’ presente no imaginário social, cada vez mais presenciamos o fenômeno (que sempre existiu e que ficou conhecido como o tal do ‘jabá’) de bandas dispostas a investir, às vezes, altas quantias de dinheiro para alavancar seu nome na cena.
Pagar para tocar não se resume apenas àquelas bandas que pagam uma nota para abrir shows de bandas famosas (geralmente gringas), mas é muito mais amplo que isso. Pagar para tocar, pode-se interpretar também, muitas vezes o fato de não se cobrar o justo e merecido cache. Porquê? Bom, não é novidade para ninguém que o Underground é muito pequeno e restrito em se tratando de oportunidades para as bandas.
Shows raramente lotam e dão algum lucro para o organizador, então dá para entender quando o mesmo não paga as bandas, pois muitas vezes não há retorno financeiro suficiente para garantir a manutenção do evento. Da mesma forma, e do outro lado dessa relação, ter uma banda é arcar com muitos gastos, desde a compra de instrumentos musicais, manutenção dos mesmos, aluguel de horário para ensaios em estúdios até as passagens de ônibus ou custo de combustível para se deslocar até o ensaio. Quando se trata de tocar em outra cidade os custos são ainda mais altos. Para pessoas de baixa renda que montam uma banda, isso é sentido de uma forma ainda mais forte, mas há casos de bandas que arcam com isso de maneira natural e quase indolor. Essas, que muitas vezes contam com "paitrocínios", conseguem abrir shows de bandas grandes pagando uma nota para o produtor. Dificilmente dá errado para um organizador desse porte, pois além de receber das bandas de abertura, ainda se aproveitam do fato do público não se queixar de pagar caríssimo por ingressos de eventos com bandas famosas.
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