No último dia 25 de abril de 2014, a capital do enxofre e do sol escaldante recebeu na casa de shows Bueiro do Rock, a banda de Thrash Metal americana, Havok.
Já estava virando quase uma dor de cabeça o lance do Bueiro do Rock colocarem alguma banda para substituir o Escarnium (Death Metal, Bahia) e War-Head (Thrash/Death, Croácia), e tocar com Havok (Thrash Metal, EUA) e Empty Grace (Death Metal, Teresina).
Após uma longa divulgação de datas da turnê da banda americana e uma suposta data em Teresina, a repercutição e inúmeras perguntas não pararam de forma alguma, que com isso foi divulgado logo o flyer completo com seu devido cast de bandas. Nelas estavam: Empty Grace, tocando na íntegra suas
músicas de seu debut e mostrando a o público as suas novas músicas que farão parte do próximo álbum, Escarnium, Death Metal direto da Bahia, com sua Devastation Tour, e War-Head com sua tour Mass Immolation Over Brazil Tour. Em algumas semanas atrás um imprevisto que ainda bem não se tornou pior, impossibilitou o Escarnium e o War-Head de virem tocar aqui e em mais umas datas devido a um (não diria) ‘’acidente’’ de carro com Victor (Frontman do Escarnium), então na mesma da hora todos que já estavam ansiosos pra conferir a apresentação das bandas (Alguns somente
para a abertura, outros para o Havok, pequena porcentagem pelo War-Head e a maioria pelo Escarnium) ficaram com o ‘pé atrás’ em relação se o evento iria acontecer ou não, mas os patrocinadores e a própria família Bueiro do Rock se manifestou sobre isso e confirmou que o evento iria sim acontecer. Deu aquele alivio, mas a pergunta era: ‘’So duas bandas?’’ [...] Dieudes (Responsável pelo espaço) divulgou que seria o Facada (Grindcore de Fortaleza) que iria vir, mas não era certeza, e boatos indicavam que seria o cover do grande Death (Projeto cover da mesma cidade), mas os maníacos de
Terehell queriam algo mais, mais, mais. E após um curto prazo de paciência eis que surge a banda. CRANIUM CRUSHING (Death Metal da ilha de São Luis), uma banda de alto respeito pelos Headbangers e de músicas sem nenhum pingo de frescura, feito a todos que apreciam a extrema arte blasfêmica e a sinceridade ao underground (Obs: Valeu ‘Carlota’ pela banda, a banda impressionou e sabe como dar um show de vergonha).
Aos que acompanharam a turnê do Havok saberá do que estou falando... Alguem entre em contato comigo e me tire uma dúvida. Quantas datas foram basicamente ‘’canceladas’’ pela banda (Além de São Luis)? Quem estava la confirmará com certeza do que houve e a reação de todo pessoal que queria
vê-los. Porra, tudo bem você fazer uma turnê longa e exigir umas coisas, mas abusar a boa vontade e querer bancar estrelinha? Querem mostrar o quê? Dizer que tem capacidade de lotar estádio? Isso mesmo caro leitor e headbanger, o Havok jogou na cara do produtor (se não me engano) de São Luis e disse que não iria tocar porquê não tinha público o suficiente e que tinha capacidade pra isso. Se nem o Metallica sabe mais fazer isso, porquê uma banda que nem é la essas coisas conseguiria? Nem iria criticar, mas put* que pariu, o Havok veio parar por essas bandas só pra encher a paciência ou tocar e prestigiar os locais que nem conhecem? Deviam ter tocado, já que tinham
confirmado e tudo mais. Não sou da Ilha, mas meus amigos, façam de tudo aí para que essa bandinha não pise mais ai. Abraço forte a todos!
Voltando a Teresina... Após essa treta do caralho, a banda Havok desce pra cá. São recebidos com um café da manhã reforçado, tudo limpo em seus alojamentos, espaço destinado a agradá-los e etc... E mais uma vez a banda apronta. Falam que o espaço Bueiro do Rock (O único espaço que tem aqui em Teresina destino ESPECIALMENTE AO METAL e se duvidar o único que preste no Piauí) é inapropriado PARA ELES e bla bla bla. Mais que merda, queria ter visto a reação do Sr.Nonato e todos que estavam la após ouvir isso.
Queria ter o prazer de ficar com raiva também. Tenho certeza que o show iria
ser cancelado so por isso e que todo mundo ia ser reembolsado, mas por respeito e comprometimento não foi cancelado. Além da banda ter falado besteiras do espaço, não queriam o alojamento disponível la e queriam um hotel com tudo que tem direito. Mas é muita escrotisse mesmo. Se nem o André Matos, Paul Di’anno, Krisiun, Enforcer exigiram tanto assim, porquê uma bandinha como essa ia exigir? Mas fazer o quê, levaram eles pra um hotel ai que não sei qual foi.
O que aquele David Sanchéz tem de boca, tem de escroto. Sinceramente... E outra, quando for fazer turnê, mude de camisa pelo menos umas 3 vezes ok?
Mas ok, aceitaram tocar e chega a noite para tocar. Já se passava as 21 horas e os portões já estavam liberados. Pessoas de alguns locais diferentes de
Teresina como Fortaleza, Parnaíba, Campo Maior, estavam la, e uma pancada de ‘’galerinha nova com seus visuais extravagantes’’ que nunca tinha visto em shows, estavam la. E uma galera show de bola estava la trocando ideias e apreciando de uma forma verdadeira o evento. Por volta de 21:40 a banda Empty Grace já estava posicionada no palco para dar inicio ao caos. Fico muito feliz em saber que essa banda a cada dia está cada vez mais impressionante, já me empolgo so em ouvir as faixas em cd, e em show?! É do caralho. O ponto alto da banda (Apesar de ter sido a primeira, o som tava muito organizado) foi as duas últimas faixas (Não lembro bem os nomes porquê alem de ter perdido o papel com setlist, nessa hora não tinha ouvido direito o título das mesmas). Marcus Borralho está com um vocal dilacerador e que nem precisa de muito esforço para mostrar que o próximo álbum vai vir com um cara nova. E nem preciso falar de Nanno Tajra, né?!
Após completar sua apresentação, chega à vez da banda aguardada (Detalhe:
A maioria não sabia da treta que tinha ocorrido), HAVOK, e assim que se posicionam ao palco ‘’inapropriado a eles’’, aquele público completo ali grita seu nome, e já na passagem de som a pancadaria Thrash começa. Como não sou besta e não queria ficar parado, fui com tudo.
(Ouvi botatos que o setlist foi diminuído. Não duvido de nada...)
A banda apesar de tudo animou aquele público que lotou de uma hora pra outro o Bueiro do Rock, além do calor e aquela vontade de não parar mais, so deu energia para aguentar até o final. Músicas como “Give Me Liberty... Or Give Me Death”, “I Am The State” (músicas essas do seu novo álbum, Unnatural Selection). A cada música era um “Circle and Mosh Pit”, sempre incentivados pelos integrantes do HAVOK (Principalmente de Michael Leon, NOTA 10 PRA ESSE CARA.
Simpatia do caramba durante e após o show. O único que fez questão de pegar alguém da frente e colocar no palco para tirar foto), e claro, a banda não tocou somente músicas do novo álbum, tocaram outras como por exemplo: “From The Cradle To The Grave” e “Time is Up” .
Jurando que já era tarde, que nada, se duvidar dava pra tocar mais 3 bandas ainda, porém faltava apenas Cranium Crushing. Parece que já estava tudo pronto, porque nem percebi a montagem do trio death metaller ali. Foi rápido... Acho que pouquíssimas pessoas tinha ido embora, por conta de trabalho ou escola no outro dia (Eu tinha escola no outro dia, mas isso não me impediu de curtir o show até o final e nem de perder aula), mas mesmo assim tinha muita gente para mostrar que existia grande energia ainda ali. So quero perguntar uma coisa rapidinho: ‘’Pessoalzinho que fala muita eguagem sobre banda de fora e que falta escrever uma livro sobre ‘valorização de banda underground’, mas so comparece a show de praça, show gratuito ou shows que ganha cortesia. Porque fazem isso? Não curte banda gringa? Ok. Não vai a shows? Diga a verdade. So fica em casa adicionando pessoas para se introsar e acha que vai ganhar algo? Sai fora do metal, o metal não é para você.’’
Então, Cranium Crushing faz uma palhinha de Corporal Jigsore Quandary
(Carcass), que também teve na entrada do Empty Grace, não tinha lembrado, mas tudo bem...
E a banda entrou com gás total entoando seus já conhecidos hinos de profanação à cristandade e mostrando a essência do Death Metal Old School.
A cada pausa de música, o frontman sempre dava boas palavras e colocava exposto seu ódio às escórias da humanidade. Como diria meu amigo João Victor Rodrigues (Vulgo Gordim); ‘’Esse simplesmente é o Glen Benton de São Luis’’. Não tiro a razão dele.
O som da bateria estava um pouco baixo, mas nada que interferisse no desenvolvimento da apresentação. A Cranium Crushing executou clássicos de sua demo "Reaper of the Lives" bem conhecidos pelos headbangers que já acompanham a banda a um tempo, como "The Legacy" e "Throne of the Satan" que teve ate uns moshs bacanas, e a aclamada "Morte ao White Metal", uma música que veio para despedaçar crânios existentes ali e que qualquer um que esteja ligado a essa escória ou que apoie, seja massacrado (Creio que tinha alguns no evento). Para terminar com a desgraceira total a banda faz as cabeças girarem em fúria levando um cover matador dos pais do metal pesado, Black Metal do Venom, foi insano.
Quem viu, viu e sentiu a pressão do Death Metal da banda, quem não viu, SO LAMENTO! Dispenso comentários, Cranium Crushing foi a melhor banda da noite!
E o fim do evento chega por volta das 00:00h, a sexta ficou completa, porquê depois muitos ainda ficaram trocando ideias com os brothers das bandas (Menos o Havok, é lógico) e tomando aquelas boas e geladas cervejas.
Mais uma vez, obrigado Bueiro do Rock e Brothers of Metal.
Da próxima com certeza irão ficar mais espertos em relação a bandas como essa gringa ai!
Por Pedro Metalhead Hewitt
Créditos de fotos: Lianna Underground Fotografia – Fabio Dogão
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