Hoje, é muito difícil avaliar com precisão os movimentos culturais dentro do rock ‘n’ roll (metal). A proximidade tende a nos confundir a mente. A distância entre momentos históricos, traços marcantes de uma época costumam mostrar tal unidade que é como se tivesse saído de um mesmo lugar, já essa longa linha do tempo proporciona a visão ampla dos fatos e ajuda na identificação de suas relações. Então, quando paramos para observar parte de seus movimentos, podemos perceber facilmente a conformidade que existe entre as manifestações de natureza diferentes: anarquismo, comunismo, fascismo, satanismo, cristianismo, ocultismo, nacionalismo, nazismo, sexismo (etc...) e, entre eles e a maneira que os rockers e head bangers se vestem, falam, escrevem e se portam nas relações interpessoais, naquela precisa circunstância. Para conseguir prever isto, é necessário que o período analisado esteja sempre distante algumas dezenas de anos.
Entendendo esse propósito, pode-se concluir uma simultaneidade que todos temos com a atual produção cultural brasileira, e com o rock ‘n’ roll, e é extremamente difícil compreender a relação entre os movimentos, a menos que se considere total relatividade que coloque o raciocínio que vamos tentar desenvolver como uma hipótese. Assim, poderemos arriscar uma conjectura de que, o rock ‘n’ roll (metal) brasileiro revela dois lados. O primeiro, vem do desejo de quem contrata bandas profissionais, outra, da postura de proposta da própria banda, e de que ambas produzem resultados que está longe de se exprimir como algo original.
Então, podemos afirmar que o primeiro movimento se ressente da desinformação que envolve a atividade e de um certo medo do novo. Assim na criação de uma nova banda ou um festival costuma vir embutida a ideia de que se siga um determinado modelo, conhecido e aceito, via de regras apoiadas no passado. Essa atitude não revela só alguns vícios do rock ‘n’ roll (metal) de quem compõe uma música ou organiza um festival, como também falta confiança na capacidade de entendimento do público em relação à novos conceitos. Ou seja, se o público não costuma aceitar se não aquilo que valoriza como rock ‘n’ roll (metal), que já conhece ou se habituou, por outro, duvida do talento da banda. As duas atitudes funcionam como verdadeiros freios à pressão, restringindo as possibilidades de bandas e projetos inovadores. E, o que é mais grave, esses freios acabam por ser interiorizados pelo músico e produtor que passa ter com sua linguagem uma relação de excessiva prudência, aparando as próprias asas e comprometendo o voo.
Por Leandro Azaziel - Colunista / Colaborador do Metal Reunion Zine.
Gostei do seu texto.
ResponderExcluirAcredito que o medo do novo seja, o medo da prostituição de nossos ideais, talvez o conservadorismo aos estilos do rock seja como um escudo contra a industria pop, que transforma tudo em cifrões , o novo é temido talvez por não ter dado certo com SEPULTURA, METALLICA e SLAYER, por exlemplo. Mas nunca devemos deixar de arriscar, e fugir da mesmisse. Pois sendo real sempre será bem vindo.