Metal Reunion Zine

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terça-feira, 28 de janeiro de 2025

"A HISTÓRIA DE O" - RESENHA LIVRO.

Livro: A História de O
Autor: Pauline Réage
Editora: Círculo do Livro

Outro clássico que, além de ter pelo menos umas oito reedições apenas no Brasil, é facilmente encontrado em e-book e PDF no Google. Mas decidi resenhar para incluí-lo na minha lista de lidos e relidos. Vai que você que tá lendo a resenha, nunca ouviu falar do livro?

Publicado originalmente em 1954, sob o pseudônimo de Pauline Réage, A História de O é uma obra que transcende seu caráter literário, desafiando normas culturais e sociais tanto de sua época quanto dos dias atuais. 
O livro explora o erotismo de forma intensa e, por vezes, perturbadora, oferecendo uma narrativa que se equilibra entre o elegante e o selvagem. Caracteristica que me fez torná-lo meu livro de cabeceira por anos.
A edição brasileira que li,  reli e inclusive usei como referência quando estava escrevendo "Os 10 mandamentos do submisso(2024), possui 189 páginas e foi publicada pela Editora Círculo do Livro. É simples, mas com capa dura e um acabamento que, embora não seja luxuoso, é satisfatório.
Encontrei-a em um sebo, como uma relíquia que ainda provoca reflexões profundas sobre submissão, poder e a liberdade sexual.

A trama acompanha "O", uma jovem fotógrafa que, por amor a seu amante René, aceita se submeter a práticas extremas de dominação em um mundo onde prazer, dor e entrega total se entrelaçam. À medida que avança em sua jornada, primeiro em Roissy e depois sob o comando de Sir Stephen, ela perde sua identidade, mas encontra prazer na submissão, questionando os limites da liberdade e do desejo. 

Com uma narrativa elegante e intensa, o livro incomoda os mais frágeis, mas provoca reflexões profundas, evidenciando como o que pode parecer humilhante e servil para uns é instigante e excitante para outros. 

A História de O não é uma leitura leve ou romantizada, mas uma experiência literária impactante, que força o leitor a confrontar seus próprios preconceitos.

Resenha por Alexandre Chakal em Janeiro de 2025.

Originalmente publicada na página EM CARNE VIVA E CRUA 

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