“Herdeiros”
Bigorna - Nac.
Conheci o som do Sinal de Ataque,
banda oriunda de Santa Rita/PB, quando a vi ao vivo na cidade vizinha de
Timbaúba/PE. De cara gostei do visual da banda, do seu nome e, quando começaram
a tocar, de seu som: aquele Heavy/Speed Metal cantado em português. Na época a
banda tinha apenas alguns sons espalhados pelo YouTube. Mas eis que a banda,
finalmente, chegou ao seu primeiro álbum, o aqui comentado “Herdeiros”. E o que
aqui ouvimos é Heavy Metal de alta qualidade, com algumas nuances aqui e ali do
Speed Metal, porém em pequenas proporções. A banda envereda, mesmo, pelos
caminhos do tradicional Heavy Metal. Após a instrumental, o trio (a gravação do
álbum ficou a cargo de Leo Felipe - voz e guitarras, Victor Laudelino - baixo,
bateria e voz de apoio, e Almir Sousa - guitarras) nos apresenta a
faixa-título, que traz uma condução lírica que já fora feita por outras bandas,
mas que serve para dizer quais são suas influências. A letra cita diversas
bandas do cenário Heavy Metal nacional, das mais antigas a algumas mais
recentes. As músicas são conduzidas sem exageros. Todas bem construídas e que
podem não trazer nenhuma novidade, mas que são feitas com garra e amor ao
estilo. As vozes são bem postadas, com a métrica das letras não destoando
quando cantadas. Guitarras afiadas, sejam nos riffs ou nos solos; baixo
pulsando o tempo todo, com uma bateria que segue a risca a cartilha do estilo.
É música instigante e sem “invencionices”, do jeito que esse humilde editor
gosta. Música para erguer o punho, para bater cabeça, para querer estar no show
da banda. A produção sonora está correta, com toda a parte instrumental bem
audível, com volume bem equalizando, deixando toda a parte instrumental bem
definida. O encarte é simples, mas sem deixar de fora nenhuma informação, trazendo
letras, foto e ficha técnica. A capa não poderia ser mais Heavy Metal. A
temática lírica transita por temas como vingança, Heavy Metal, guerras, mazelas
sociais. E os destaques ficam para... Bem, eu poderia citar cada uma das oito
músicas, incluindo, também, a instrumental, “Marcha em Cinzas”, e até mesmo a
faixa que fecha o disco, que nada mais é que uma gravação caseira, intitulada
“Tributo a Daniel” e que serve, realmente, como um tributo. Mas vamos lá:
“Prisioneiro” é carregada de um ‘feeling’ enorme. Música mais ‘marcada’, com
muitas melodias; “Contra Ataque”, que é um Heavy Metal portentoso; e
“Engrenagens do Mal”, que traz linhas numa veia Speed Metal.
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