“Ostia and Genocide”
Heavy Metal Rock - Nac.
O logotipo da banda, na capa, já
“entrega” o seu estilo: Death Metal! E isso já podemos ouvir na segunda faixa
(a primeira é uma introdução intitulada “In the Begins... Intro”) contida no
disco de estreia da Scrupulous, a qual recebe o título de “Ius Divinium
Schizo/Crown of Rubble”, que começa de forma arregaçadora! Só que a música vem
repleta de mudanças de andamentos, ‘quebradas’ de tempo, indo de momentos mais
devastadores a algo com passagens mais marcadas. E o que vamos encontrar nesse
álbum é justamente um apanhado de músicas que procuram fugir do habitual e que
mesmo soando Death Metal procura não se apegar aos já tão batidos clichês do
estilo. Seja nos andamentos mais velozes, com vocais cavernosos, riffs doentios,
ou em momentos que apresentam uma musicalidade mais trabalhada, a banda se
destaca durante toda a execução do disco. A Scrupulous, que é oriunda da Bahia,
carrega no seu “DNA”, o que só grupos daquele Estado podem fazer no Death
Metal. O disco é repleto de bases pesadas, seja nos andamentos mais velozes ou
naqueles momentos mais densos, riffs cortantes, além de bem inseridos solos de
guitarra, e uma bateria que se destaca não pela velocidade inserida, mas por
apresentar boas “quebradas” de andamentos, quando cada música pede. Além das
mudanças de andamentos em uma mesma música, existem boas inserções de teclados,
que acabam criando um clima bem profano, como podemos ouvir em “The
Contestation Knocks on Your Door”. Vale mencionar que todos os teclados que são
ouvidos no álbum ficaram a cargo do convidado Leandro Kastiphas. Falando em
convidado, “Dark Womb” tem como convidado outro conterrâneo da banda: Eduardo
Slayer, o qual participa com os vocais, além da parte lírica. A música é
simplesmente um Doom Metal, denso, poderoso, pesado... Uma música em meio
tempo, ótima para bater cabeça! “Ostia and Genocide” contém dez faixas, as
quais mostram diferentes andamentos, porém todas em prol de um objetivo: nos
mostrar um Death Metal com características próprias. O ouvinte vai se agradar
do início ao fim, pois a construção musical do disco é muito bem feita. E os
destaques são vários, já que encontramos até nuances de música clássica -
“Souls Cut To Brunoise”. A arte da capa, de certo modo, é bem colorida, algo não
muito comum no estilo. O encarte, bem informativo, traz letras, inclusive com
suas respectivas traduções. A produção sonora está num ótimo patamar. E a
formação responsável pela gravação foi Fabiano “Hammerhand” Sousa (barteria),
Arthur “Azagthothinho” Mozart (guitarras e baixo) e Crispim “Skullcrusher” Jr.
(vocal).
www.facebook.com/bandscrupulous
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