“Exorcise and Steal”
Narcoleptica
Productions - Imp.
Foram anos e anos até que a banda
pernambucana Exorcismo chegasse ao seu primeiro - e até agora único - álbum
completo, “Exorcise and Steal”, lançado em 2018. Mas devo dizer que a espera
até que foi válida, pois o que encontramos nesse álbum de estreia é uma
verdadeira compilação de músicas ferozes, rápidas, pesadas, numa sonoridade que
soa Thrash Metal até o último riff! Falando em riffs, o álbum vem repleto
deles, calcados na ‘velha escola’ do estilo. E, apesar de toda a velocidade
apresentada durante os mais de 45 minutos de duração do disco, a banda não
deixa de nos apresentar aquelas passagens marcadas, típicas do estilo. Os
vocais de Denis Violence (também baterista) nos remete aos ícones do estilo.
Aqueles mesmos, lá da década de 1980. O álbum, como um todo, soa como se
tivesse viajado no tempo. É um álbum tipicamente ‘old school’, com uso (e
abuso) de backing vocals, bateria sendo martelada o tempo inteiro e riffs
(redundante, não?) em abundância. O banger que pegar o disco, a cada linha
ouvida, vai identificar as influências do Exorcismo, o que não poderia deixar
de ocorrer, mas isso não quer dizer que a banda soa meramente como algo que já
fora feito. As influências estão lá, porém a banda soube as usar a seu favor, criando
um disco que soa enérgico a cada faixa que passa. A parte mais difícil é
apontar essa ou aquela música como a melhor do disco, pois a linearidade de
qualidade delas estão no mesmo patamar. O fã do Thrash Metal vai se identificar
com todo o conteúdo do álbum, afinal, não é fácil ficar inerte a temas como
“Dump of Death”, “God is Dead”, “Apocalipse Nuclear/Visions of Eternity”
(apesar dos dois títulos, a música é cantada unicamente em português). A parte
da produção sonora deixou o disco soando bem “anos 80” e o menos desavisado
pode até pensar que seja uma banda bem antiga. A capa ilustra o título do
disco, bem como o seu conteúdo lírico, que traz letras ácidas, críticas, algo
bem comum no Thrash Metal. Além de Denis, os demais responsáveis por essa obra
de puro Thrash Metal foram Anderson Razor e Carlos Ragner (guitarras) e Risaldo
Silva (baixo). Ah, entre as 10 faixas presentes em “Exorcise and Steal”
encontramos “Deathraiser”, um insano cover da lendária Attomica. E posso dizer
que Attomica, em seus primeiros discos, é uma grande influência para o
Exorcismo.
Site: www.facebook.com/Exorcismothrashband
Resenha por Valterlir Mendes
Nenhum comentário:
Postar um comentário