Metal Reunion Zine

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terça-feira, 25 de agosto de 2020

DEATHGEIST - 666 - Resenha CD

 

DEATHGEIST

“666”

Mutilation Productions/Thrash or Death – Nac.

A grande receptividade do álbum homônimo de estreia do Deathgeist fez bem não só a banda, mas, também, aos apreciadores do velho e bom Thrash Metal. Tanto é que a banda não perdeu tempo e dois anos após o lançamento do ‘debut’ colocou no cenário Underground mais uma obra prima do estilo. Com o singelo título de “666”, o Deathgeist nos agracia com mais oito novos sons de pura agressividade, peso e melodias que só nomes como Adriano Perfetto (vocal/guitarra), Victor Regep (guitarra), Goro (bateria) e Maurício “Cliff” Bertoni, sabem fazer. Eu citei oito novos sons, porém o disco contém, assim como o anterior, nove faixas, contando com a ‘intro’ instrumental “Darkness Around”. Contando com a mesma formação que gravou o disco de estreia, era de se esperar uma evolução com relação ao primeiro álbum, mas, claro, sem perder a sua forma característica de fazer música. Há uma evolução musical, é óbvio, mas nada de mudanças drásticas. É um disco para quem gostou do primeiro álbum. É uma continuação natural da estreia. Não que soe igual ao primeiro disco, mas os elementos principais continuam sendo mantidos. Riffs pesados e que grudam na cabeça, solos desconcertantes, ‘cozinha’ que é uma verdadeira parede de concreto, melodias e peso que fará o Headbanger continuar testando seu pescoço com a música do Deathgeist. As músicas têm uma pegada fulminante e o ritmo não cai da primeira (quer dizer, não se falando da música de introdução) até a última faixa do disco. Notei que esse novo álbum traz mais diferencial nas linhas vocais. Achei o vocal de Adriano mais “maléfico”, talvez mesmo em razão dos temas abordados em músicas como “666”, “Domain”, “Black Moon Rites”, que trazem uma temática mais obscura. O uso dos backing vocals também ganharam mais ênfase nesse disco. Tudo isso culminou numa sequência tão boa ou ainda melhor que a estreia. Sim, você ainda vai continuar a ser remetido ao velho Bywar e, quer saber? Isso não é demérito algum, pelo contrário. O legado vem sendo mantido. Achei a produção sonora superior a do primeiro disco, vindo com mais peso, mais “corpo”. Vale mencionar que a produção ficou a cargo do próprio Deathgeist. A arte da capa novamente traz o mesmo personagem, só que dessa vez mostrando total repúdio às religiões. Um disco que, como eu mencionei no começo, não cai de ritmo. Escute-o por completo. Repita-o. A cada ouvida você vai tendo boas surpresas.

Contatos:

www.facebook.com/deathgeist

deathgeist666@gmail.com

 Resenha por Valterlir Mendes

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