DEATHGEIST
“666”
Mutilation Productions/Thrash or Death – Nac.
A grande receptividade do álbum
homônimo de estreia do Deathgeist fez bem não só a banda, mas, também, aos
apreciadores do velho e bom Thrash Metal. Tanto é que a banda não perdeu tempo
e dois anos após o lançamento do ‘debut’ colocou no cenário Underground mais
uma obra prima do estilo. Com o singelo título de “666”, o Deathgeist nos
agracia com mais oito novos sons de pura agressividade, peso e melodias que só
nomes como Adriano Perfetto (vocal/guitarra), Victor Regep (guitarra), Goro
(bateria) e Maurício “Cliff” Bertoni, sabem fazer. Eu citei oito novos sons,
porém o disco contém, assim como o anterior, nove faixas, contando com a
‘intro’ instrumental “Darkness Around”. Contando com a mesma formação que
gravou o disco de estreia, era de se esperar uma evolução com relação ao
primeiro álbum, mas, claro, sem perder a sua forma característica de fazer
música. Há uma evolução musical, é óbvio, mas nada de mudanças drásticas. É um
disco para quem gostou do primeiro álbum. É uma continuação natural da estreia.
Não que soe igual ao primeiro disco, mas os elementos principais continuam
sendo mantidos. Riffs pesados e que grudam na cabeça, solos desconcertantes,
‘cozinha’ que é uma verdadeira parede de concreto, melodias e peso que fará o
Headbanger continuar testando seu pescoço com a música do Deathgeist. As
músicas têm uma pegada fulminante e o ritmo não cai da primeira (quer dizer,
não se falando da música de introdução) até a última faixa do disco. Notei que
esse novo álbum traz mais diferencial nas linhas vocais. Achei o vocal de
Adriano mais “maléfico”, talvez mesmo em razão dos temas abordados em músicas
como “666”, “Domain”, “Black Moon Rites”, que trazem uma temática mais obscura.
O uso dos backing vocals também ganharam mais ênfase nesse disco. Tudo isso
culminou numa sequência tão boa ou ainda melhor que a estreia. Sim, você ainda
vai continuar a ser remetido ao velho Bywar e, quer saber? Isso não é demérito
algum, pelo contrário. O legado vem sendo mantido. Achei a produção sonora
superior a do primeiro disco, vindo com mais peso, mais “corpo”. Vale mencionar
que a produção ficou a cargo do próprio Deathgeist. A arte da capa novamente
traz o mesmo personagem, só que dessa vez mostrando total repúdio às religiões.
Um disco que, como eu mencionei no começo, não cai de ritmo. Escute-o por
completo. Repita-o. A cada ouvida você vai tendo boas surpresas.
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