Metal Reunion Zine

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sexta-feira, 30 de junho de 2017

LOSNA - Another Ophidian Extravaganza - Resenha CD

LOSNA
“Another Ophidian Extravaganza”
UGK Disccos – Nac.
A Losna tem duas décadas de serviços prestados ao Underground (a banda surgiu na capital gaúcha, em 1997) e desde sua formação conta com a presença das irmãs Fernanda (vocal/baixo) e Débora Gomes (guitarra/vocal). Algumas mudanças no posto de baterista, e Marcelo Índio pegou o posto desde o primeiro álbum e não largou mais. Assim, o terceiro álbum da banda, “Another Ophidian Extravaganza”, mostra uma evolução natural, como não poderia deixar de ser, mas sem se afastar um só milímetro do que se propôs a fazer desde a sua formação. O que encontramos nesse terceiro álbum da Losna é uma música ácida, impactante, amarga, como ouvido outrora em seus lançamentos anteriores, mas com a banda desacelerando um pouco o instrumental, com as músicas tendo andamento mais trabalhados e riffs bem pesados. O Crossover da banda, que mistura Thrash Metal com Hardcore, com algumas nuances do Death Metal se encontra presente, porém, nesse novo álbum, o Thrash Metal é mais latente. O álbum tem início com “Amaro Sapore”, com riffs e andamentos que juntam, de forma harmoniosa, o Thrash e o Death Metal. E perceptível a veia mais Thrasher, com os vocais característicos de Fernanda soando fortes, encorpados, mas de fácil entendimento, com levadas típicas do estilo. O baixo vem bem distorcido, e as levadas de bateria, além de técnicas, são empolgantes. Os riffs de guitarra ditam o andamento de algumas músicas, como ouvido em “Feronia”, e são responsáveis por deixar a sonoridade bem Thrash Metal. Numa banda que tem o Thrash Metal como estilo predominante, os bons solos devem aparecer durante as músicas, e isso ouvimos bastante nesse novo álbum. Até alguns riffs mais intricados são ouvidos, como no caso dos encontrados em “Project 971”, numa veia tipicamente anos 80. Assim como nos lançamentos anteriores, umas das músicas desse novo disco, “Serpent Egg”, conta com os vocais principais de Débora, com riffs cavalgados. Mesmo que a timbragem dos instrumentos esteja bem nivelada, com todos bem audíveis, notei que a guitarra é quem guia as músicas. Mas o baixo também tem espaço para a condução de alguns andamentos, o que é bem nítido em “Mesmerized by Rotten Meat”, onde Fernanda usa e abusa dos graves, principalmente na hora do solo. A parte gráfica, novamente, faz menção as serpentes e vem numa tonalidade verde. A Losna faz música forte, desde o seu surgimento, mostrando que evolução na música pode vim sem fugir de suas raízes.

Contatos: Avenida Jordão, 142/402 – Bom Jesus. Porto Alegre/RS. CEP: 91.420-500.
Site: www.losna.com.br

Resenha por Valterlir Mendes

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