Metal Reunion Zine

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domingo, 25 de julho de 2021

OBSCURITY TEARS - Rise of a God - Resenha CD

OBSCURITY TEARS

“Rise of a God”

GS Productions - Imp.

Foram nove anos sem um lançamento oficial (o último foi o EP “My Chemical State”, em 2009. O novo álbum da banda pernambucana Obscurity Tears foi lançado oficialmente no final de dezembro de 2018, porém em seu formato físico apenas em março de 2019, com o suporte do selo russo GS Productions. A versão que adquiri, diretamente com a banda, após um show na capital pernambucana, foi um box que traz os três lançamentos oficiais da banda. Para quem ainda não conhecia os lançamentos anteriores, é uma boa opção. Eu já conhecia, mas o box é um item de colecionador, com uma nova “roupagem”. Mas aqui falarei acerca de “Rise of a God”, que é o álbum mais recente. Diferentemente dos lançamentos anteriores, o novo álbum apresenta uma mudança bem significativa, já que os vocais femininos não existem nesse disco. Assim, a banda trilha um caminho que sai do outrora Doom/Gothic Metal e agora vai para o Doom Metal mais raiz, com vocais mais graves, com algo, aqui e ali do Dark Metal, e com o “pé fincado” no Doom Metal feito na década de 1990. Mas, claro, para quem conhece a banda, notará que ela traz traços bem próprios, seja nos andamentos ou nas linhas instrumentais, principalmente nas guitarras. A música é densa, arrastada e melancólica, como o Doom Metal pede, assim como pede a temática lírica, que trata de sentimentos, existência e dúvidas advindas disso, da existência humana. Mas a banda fugiu um pouco de tal temática em músicas como “Rise of a God, pt. 2” e “Interstellar”, as quais falam de civilizações e vida fora da Terra. Musicalmente o disco é bem linear, mantendo sempre uma ‘pegada’ mais arrastada e moribunda durante todo o álbum, com exceção de “Lost in the Deep”, que traz algo mais agressivo, porém mais em razão dos vocais de Diego DoUrden (DarkSide Studio, Infested Blood, Mystifier). Por falar em Diego, ele foi o responsável pela gravação de “Rise of a God”, que ficou num nível acima da média. Cada instrumento tendo seu espaço, equalização num bom patamar... Enfim, uma gravação que não deve nada aos grandes estúdios. Os músicos responsáveis pela gravação desse álbum foram Jr. Alves e Evandro Andrade (guitarras), Bruno Lee (bateria) e Jefferson Barreto (baixo/vocal). Para quem já conhece o Obscurity Tears, esse álbum não vai decepcionar. Para quem não conhece a banda, mas gosta de um bom Doom Metal, bem construído, bem tocado, tétrico, pode procurar por “Rise of a God” sem qualquer temor.

Contatos: www.facebook.com/obscuritytears

Resenha por Valterlir Mendes

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