KING BIRD
“Got Newz”
Independente - Nac.
King Bird é uma banda
que já tem certa rodagem, uma vez que está prestes a completar duas décadas de
atividades. No currículo dois EP e três álbuns de estúdio e um ao vivo, sendo o
mais recente (de estúdio) o aqui resenhado “Got Newz”, lançado em 2016. O disco
traz uma mudança na formação, justamente nos vocais, que nesse disco são feitos
por Ton Cremon. Sendo bem sincero, apesar de toda a estrada percorrida por essa
banda, eu ainda não conhecia o som do King Bird, até ouvir esse novo disco. O
disco tem um pé fincado no Rock dos anos 70, mas trazendo algo mais
contemporâneo nos andamentos das músicas, como já podemos ouvir logo na
abertura, com “Immortal Rider”, que é um Hard Rock de alto nível, bebendo,
ainda, na fonte do Hard Rock dos anos 80, soando, nessa música, bem ‘festeiro’.
Vocais de Ton ditando o andamento e uma timbragem vocal forte, limpa e com uma
entonação com bastante ‘punch’. Mas não se pode deixar de falar dos demais
músicos, já que a criação instrumental é bem consistente, trazendo fortes riffs
de guitarras (essas a cargo de Sílvio Lopes), sem se falar nos belos solos; um
baixo com linhas graves bem nítidas, que se deixa ouvir a todo momento (feitas
por Fábio César); e uma bateria que não fica para trás, em termos de levadas,
que não reinventam a roda, mas que são precisas o tempo todo (bateria a cargo
de Marcelo Ladwig). E olha que falei apenas da primeira música. Mas o disco
todo é bem coeso, sem momentos que deixará o ouvinte cansado. Pelo contrário.
Temas como “Break Away”, com uma levada mais densa e um início meio que “Velho
Oeste”, mostra um King Bird mais pesado, com uma música que soa mais “séria”.
Já “Years Gone By” é uma espécie de balada, numa levada mais AOR. Falando em
balada, “Freeze Frame my Life” também tem essa linha sonora, de balada. Bem, é
um disco repleto de músicas interessantes. Algumas com peso maior, ênfase nos
riffs e solos. Outras com uma pegada mais melódica, mas todas mostrando uma
banda que trilha um caminho que conhece bem. Ao todo são 11 músicas que
agradarão, em cheio, a ouvintes mais exigentes, no que se refere ao Hard Rock.
É uma banda que representa bem o estilo em tempos atuais. Com uma gravação
soberba, deixando tudo bem nítido, bem equalizado, cristalino, e que faz com
que a audição do disco seja ainda mais agradável. O disco ainda traz alguns
convidados, que são Rodrigo Hid, responsável pelo Hammond em algumas músicas
(as deixando com uma cara bem ‘setentista’ em alguns andamentos) e Nando
Fernandes, que fez os vocais em “The Road You Ride”. Saliento que a banda, após
esse disco, lançou um ao vivo - “Alive, Revisited and... Isolated” - que também
traz algumas músicas de estúdio, e já trabalha no lançamento de um novo álbum,
ainda para este ano.
Contatos:
Resenha por Valterlir
Mendes
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