Esse foi o texto do "navalha" que eu mais editei, apaguei, reescrevi, desconstruí e construí novamente, algo que achei que nunca iria terminar, pois em diversos momentos me vi desistindo de escrever porque não achava um ponto ou grupo de parágrafos que determinaria um início, um meio e, claro, um fim, como praticamente toda história, texto ou artigo deve ser. Foi bizarro e, sinceramente, acho que não consegui dar um sentido completo ao texto.
Na interseção entre as teorias de "Matrix", as reflexões de Nietzsche e os ensinamentos de Hermes Trimegisto, emerge uma analogia provocativa sobre a natureza da realidade e da vida. Em um mundo onde os padrões parecem ser repetidos incessantemente, ecoando além das civilizações humanas, somos confrontados com a questão fundamental: o que é real? Nietzsche nos convida a questionar as estruturas de poder que moldam nossa percepção da realidade, sugerindo que o verdadeiro significado da existência pode residir além das convenções sociais. Da mesma forma, "Matrix" nos lembra da ilusão da realidade construída, onde a verdadeira natureza do mundo é obscurecida por uma simulação elaborada. Hermes Trimegisto, com sua sabedoria ancestral, sugere que a realidade é uma manifestação da mente cósmica, onde padrões eternos se entrelaçam em um tecido universal. Nesse contexto, a vida em um mundo de simulação programada pode ser vista como uma jornada de autodescoberta, onde buscamos transcender as limitações impostas pela ilusão da realidade e nos reconectar com a essência mais profunda do ser.
Na encruzilhada entre as teorias de "Matrix", os insights de Nietzsche e os ensinamentos de Hermes Trimegisto, mergulhamos mais fundo na complexidade da realidade. Sigmund Freud nos convida a explorar os recessos da mente humana, onde os impulsos inconscientes e as dinâmicas de poder estão entrelaçados em um jogo intricado. Salvador Dalí, com suas obras surreais, nos transporta para os reinos do subconsciente, onde a realidade se desdobra em formas estranhas e distorcidas, desafiando nossa percepção convencional. Leonardo da Vinci, por sua vez, nos instiga a questionar os limites entre o homem e a máquina, entre o orgânico e o artificial.
Neste cenário, as instituições históricas como a igreja, os governos e as organizações secretas como os Illuminati, a Maçonaria e a Ordem da Rosa Cruz emergem como arquitetos da realidade, manipulando e moldando as estruturas sociais em prol de seus próprios interesses. O Vaticano, com sua influência milenar, exerce um controle sutil sobre as mentes e os corações das massas, enquanto as agências governamentais como a CIA e a KGB operam nas sombras, tecendo teias de segredos e conspirações.
Essas entidades, através de seus tentáculos que se estendem por toda a sociedade, buscam perpetuar o ciclo de controle, mantendo as massas submissas a uma realidade cuidadosamente construída. No centro desse controle está o capitalismo, um sistema econômico que não só dita as relações de produção e troca, mas também molda a própria percepção da realidade, transformando os seres humanos em meros consumidores em um jogo de poder, ascensão, riscos de quedas, com ênfase na importância do lucro e promessas de conforto para quem o segue ou ruína para os julgados desajustados que percebem o ritmo e estratégias deste "jogo".
No entanto, através de rumores e depoimentos de vozes que se livraram do "cenário" ou se posicionaram publicamente de forma proposital para criar cortinas de fumaça, teorias conspiratórias ou simplesmente confusão social que gera incredulidade nas massas. Surgiram indícios de resistência, desses indivíduos e grupos que desafiam esse controle, buscando revelar a verdade por trás das aparências. Esses agentes da mudança enfrentam não apenas as forças estabelecidas, mas também os próprios limites de sua compreensão da realidade. E assim, a busca pela verdade e pela liberdade continua, em um eterno embate entre a luz e as sombras, entre a ilusão e a realidade. E será que uma explicação definitiva nos afetaria como sociedade? Será que como indivíduos, recheados de ilusões, fé, regras, conhecimentos, sabedoria (determinada pelo cenário) ou maturidade, determinada pelo senso comum igualmente padronizado e com data já estabelecida por outros?
Afinal, caro leitor, o que é a realidade? O que é real? Você nunca sentiu a impressão de que algo aconteceu de forma recorrente, exatamente como outra vez, e as sensações de déjà vu não seriam apenas flashes mentais pontuais, mas sim avisos desse padrão criado e trabalhado, especialmente em tempos de meios digitais que nos colocaram voluntariamente para repetir padrões e o pior, gostamos disso. Não é?
Talvez a realidade seja uma sucessão de experiências boas e ruins, verdades bonitas confortáveis para uns e horríveis e cruéis para outros. Mas quem determina essa realidade? O universo? Deus? O Diabo? O Homem? Nós mesmos? Ou nossos donos, que permanecem ocultos, assistindo a um ciclo que irá se repetir em outras épocas, com realidades que nem imaginamos serem possíveis.
Como falei lá no início, fracassei no texto. Mas não me importo, pois será lido por uma meia dúzia no máximo.
Alexandre Chakal é carioca, pai, publicitário, jornalista independente, designer, musicista, escritor, poeta, locutor freelancer, zineiro, editor do blog Metal Reunion Zine à mais de 15 anos. Um eterno inconformado com o cenário social e as péssimas gestões políticas no país mais rico da America Latina.
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