Durante o
dia, os mais apressados desviavam o olhar. Completamente acorrentados aos
carrascos ponteiros dos relógios, não percebiam que a verdadeira loucura os
deixavam cegos, surdos e totalmente
submersos nas prisões cotidianas.
Durante a
noite, a exploração sexual tomava conta de cada esquina e camisinhas usadas
brotavam nas quebradas mais escuras. Pareciam flores mórbidas brotando ao acaso.
Batedores de carteiras esperavam algum bêbado desavisado passar. Ratos e
baratas corriam pelos cantos em busca de restos que dialogassem com seu pútrido
apetite.
Todos e todas muito ocupad@s para o Velho Jesus Negro. Mas ele continuava profético, com sua ode ao ódio. Não existia outro caminho a seguir.
E, se existia, não o interessava.
Até a próxima!
Fabio da Silva Barbosa
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