O novo e desafiador EP conceitual dos paulistas do CHAOSFEAR, "Aeternum", foi lançado dia 2 de novembro, Dia de Finados, exatamente por se tratar de um trabalho carregado de emoções, abordando temas fortemente calcados no luto, dor e angústia que todos passaram no último ano, principalmente os irmãos Fernando (vocal/guitarra) e Eduardo Boccomino (guitarra) que perderam entes muito próximos e queridos. A nova sonoridade da banda ultrapassa o uso de qualquer tipo de rótulo, pois foram incorporadas partes sinfônicas, violões, teclados e cellos, deixando-a ainda mais moderna, densa e melancólica de uma forma nunca ouvida antes em sua carreira de mais de 20 anos.
"Nunca um lançamento do Chaosfear retratou tão bem um período de tempo determinado, com perdas e lutos, mas também de perseverança e esperança. Musicalmente, levamos os arranjos a um novo patamar, adicionando partes com piano, violão, cello, que já haviam aparecido de maneira mais modesta em nosso álbum anterior. Na produção, eu quis dar uma roupagem bem épica e rebuscada, algo como Roy Thomas Baker fez em "A Night At The Opera", do Queen, e Terry Brown em "Parallels", do Fates Warning", trazendo muitas camadas e coisas acontecendo para que o ouvinte possa descobrir detalhes a cada nova audição numa espécie de viagem sonora." (Marco Nunes)
"Somos uma banda que não tem medo de arriscar! Nossa arte é alimentada através de novos desafios e esse novo trabalho é mais um recomeço para a banda. Em meio ao processo de composição nossa mãe veio a falecer. Chegamos a pensar em dar um tempo nas gravações, mas achamos que a melhor saída seria continuar trabalhando e dedicar a ela todo o conteúdo lírico do EP. A letra do primeiro single “Until The Last Breath” é uma carta que escrevi para minha mãe logo após sua passagem. É praticamente um retrato de como me sinto com tudo o que aconteceu, uma mistura de emoções, como por exemplo saudade, dor, angústia, medo, arrependimento e um fundo de sanidade em meio a todo esse furacão.” (Fernando Boccomino)
“A faixa seguinte, “Eternally”, retrata o momento em que os médicos vieram nos dar a notícia da passagem de nossa mãe. De uma hora para a outra tudo mudou e não tínhamos mais ela conosco. O vazio presente no dia a dia torna as coisas cada vez mais difíceis, mas nessa hora era preciso respirar fundo e colocar a cabeça no lugar. E justamente nesses momentos de calma eu fechava os olhos e sentia a presença dela me confortando.” (Fernando Boccomino)
“Fechando o trabalho temos “A Pit Of Sadness”. Os meses foram passando e o sentimento de raiva e angústia deu lugar a tristeza. Os dias chegam e nada era como antes, e jamais será. Momentos de depressão e a sensação de estar perdido no mundo se revezam. Até que um dia me levanto e vejo que tenho que sair desse buraco negro e o melhor jeito para isso é amar a vida e querer viver. Mesmo que perdido…” (Fernando Boccomino)
"A ideia inicial de “Aeternum” for retratar esse período de perdas, mas depois de um determinado momento houve um período de aceitação, então decidimos criar a última faixa “A Pit Of Sadness” como um fechamento de esperança, completando o ciclo." (Marco Nunes)
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Fotos por Jean Santiago
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