NUCLEAR
WARFARE
“Empowered
by Hate”
MDD – Imp.
A banda alemã Nuclear Warfare está
na ativa desde 2001 e “Empowered by Hate” vem a ser o seu quinto álbum de
estúdio, o primeiro a contar com Alexandre “Xandão” Brito (no álbum com a
alcunha de “Just Fucking Alex”) na bateria. Eu só vim a conhecer a banda a
partir desse disco, o qual, apesar de ser um lançamento de um selo alemão, foi
totalmente gravado e mixado no Brasil, mais precisamente no Papiris Studio, em
São Paulo/SP, sob o comando de Caio Monfort e do próprio Nuclear Warfare. Caio,
além da produção, também fez algumas participações em algumas músicas, ao lado
dos outros dois convidados: Alex Coelho e Christian Mergenthaler. O álbum conta
com dez músicas e o que podemos ouvir nele é o mais puro Thrash Metal, calcado
na ‘velha escola’ e, claro, com aquela típica levada influenciada pelo Teutonic
Thrash Metal, mas fazendo um som com características próprias, algo que não é
fácil, em se falando do estilo que executam. Falei da influência alemã na
sonoridade da banda, mas, claro, que Xandão não iria deixar de imprimir sua
marca nesse disco. A pegada de bateria do álbum está fulminante, como já
podemos ouvir na violenta faixa de abertura “After the Battle”, que flerta com
o Hardcore, em razão de seu veloz andamento. E a gravação/mixagem deixou a
parte instrumental bem definida, num mesmo patamar, tudo bem audível. É
possível ouvir, com uma enorme clareza, as linhas de baixo de Florian Bernhard
(aka “Just Fucking Fritz”), mas sem encobrir, por exemplo, os portentosos riffs
de guitarras de Sebastian Listl (aka “Just Fucking Listl”). Falei em guitarras?
Os solos são simplesmente desconcertantes, algo que é sempre muito bem vindo no
estilo. Florian também é o responsável pelos vocais, que por vezes lembram
Mille Petrozza (Kreator). Falando em vocais, Florian mandou bem na música
cantada em português, “Mata com Faca”, a qual apresenta bastante influência do
Punk/Hardcore feito no Brasil na década de 1980. “Empowered by Hate” é um disco
que chega perto dos 40 minutos de execução. É urgente. É veloz. É agressivo. É
um álbum onde não há momentos que caia a energia, mesmo que “Fear”, por
exemplo, tenha um andamento mais cadenciado, não há momento onde o peso suma.
Outros temas que engrandecem o álbum? “Warlust”, “A Nice Day” e a que define o
disco como um todo: “Thrash to the Bone”. Liricamente, o álbum traz temas como
guerra, serial killers, problemas sociais, Thrash Metal... o básico para o
estilo. A arte da capa está belíssima, como deve ser para um disco de Thrash
Metal. Vale lembrar que agora, em agosto/2020, o Nuclear Warfare estará
lançando seu mais novo álbum de estúdio, “Lobotomy”.
Contatos:
www.nuclearwarfare.de
www.facebook.com/ThrashMetalTank
band@nuclearwarfare.de
Resenha por Valterlir Mendes
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