Metal Reunion Zine

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sexta-feira, 10 de julho de 2020

MARTYRDOM - Ritual Místico de Adoração à Sabedoria Ancestral - Resenha CD


MARTYRDOM
“Ritual Místico de Adoração à Sabedoria Ancestral”
The MetalVox/Vários – Nac.

22 anos separam a formação da banda baiana, oriunda de Feira de Santana, Martyrdom, de seu álbum de estreia, “Ritual Místico de Adoração à Sabedoria Ancestral”, lançado oficialmente em 2018 através da junção de diversos selos. E sempre é interessante essa junção de diversos selos, uma vez que dá mais abragência na divulgação das bandas. Sobre esse álbum de estreia do Martyrdom, se nota que os anos e até mesmo as mudanças de formação fizeram com que o disco soasse com uma musicalidade ímpar, mesmo que a banda lance mão de estilos como Doom, Death e até mesmo Black Metal na sua sonoridade, mas sempre trazendo bastante identidade. E talvez a coisa mais difícil seja inserir a banda nesse ou naquele estilo musical. A banda mostra coesão em todo o disco, no sentido de trazer músicas bem construídas, mas sem se deixar repetir. Como a Martyrdom, como mencionado, transita por diversos estilos, podemos ouvir momentos mais densos e moribundos, com boa inserção de teclados e melodias mais arrastadas. Mas, claro, também é possível ouvir momentos mais velozes e agressivos, mas tudo isso sendo bem dosado ao decorrer do disco. A impostação vocal também dá certa personalidade ao disco, pois, com letras em português e passagens entoadas, alguns momentos soam, digamos, épicos. Há muitos momentos que podemos perceber isso, a começar por “Culto Primitivo à Morte”, primeira música após a “Intro”. Veja, apenas para citar apenas uma música, sendo que as demais são carregadas de um forte ‘feeling’, seja nas partes mais rápidas, como é o caso de “Aeternum Tenebrarum”, ou canções mais melancólicas, como, por exemplo, “A Verdadeira Inquisição”. A parte lírica traz temas relacionados às antigas civilizações, anticristianismo, citações a escritores como Edgar Allan Poe... A gravação ficou bem orgânica e honesta, haja vista a banda ter optado por gravar ao vivo, em estúdio. A parte gráfica, com uma capa que se liga ao título do disco, com um tom marrom, é irrepreensível. A banda caprichou, não deixando nada de fora no encarte, que ainda traz um resumo sobre o que foi a gravação do álbum. Os responsáveis por essa grande obra sonora foram: AmraKing (vocal e sintentizadores), Alberto Britto e Márcio Vieira (guitarras), Tarcísio Medeiros (baixo) e Vurmun (bateria).

Contatos: Caixa Postal 550. Feira de Santana/BA. CEP: 44.001-970.

Resenha por Valterlir Mendes

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