Metal Reunion Zine

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sexta-feira, 5 de junho de 2020

BONDED BY THRASH - A Tribute to Paul Baloff - Resenha CD



BONDED BY THRASH 
“A Tribute to Paul Baloff”
Kill Again – Nac.

A capa, o título do tributo e a ordem das músicas, para quem conhece, já dá a dica de que é uma (grande) homenagem ao lendário primeiro álbum do Exodus e ao seu não menos lendário ex-vocalista Paul Baloff (falecido em 2002, aos 41 anos de idade). O interessante desse tributo é que mesmo todas as bandas sendo praticantes do Thrash Metal, cada uma delas tem suas particularidades, como pode ser ouvido em cada versão apresentada. Claro, nada de fugir do que fora feito na obra prima original, mas também nada de apenas copiar as músicas presentes no “Bonded by Blood”. Para cada uma das nove músicas apresentadas, uma banda. E foi isso que me deixou mais curioso, pois conheço o trabalho de todas, sendo que apenas o Heritage, que ficou responsável por executar “And Then There Were None”, ainda não tenho seu disco. Assim, minha curiosidade era justamente para conferir como cada banda faria a sua versão. E o mais interessante e que cada banda acrescentou sua personalidade às músicas sem as descaracterizar. Começando pelo Suffocation of Soul, com suas nuances do Heavy Metal tradicional mescladas ao seu veloz Thrash Metal, em “Bonded by Blood”. A sequência vem com velocidade descomunal: Devil on Earth executa “Exodus”, e a música é apresentada com a velocidade que a banda impõe às suas músicas próprias. Heritage, que é a banda que menos conheço, nos apresenta a versão de “And Then There Were None”. Como era de se esperar, e pelo estilo que a banda pratica, calcado na “velha escola”, a música ficou com uma pegada muito boa, ainda mais que essa música, digamos, é a que mais contém melodias. O Beyond the Grave é outra banda que prima pela velocidade em suas músicas próprias, porém notei que a sua versão de “A Lesson in Violence” ficou bem próxima da original, ainda mais com o tipo de gravação, bem na veia “old school”. Falando em “old school”, o Farscape mostrou sua marca em “Metal Command”. É aquele som sujo, marginal, com uma veia mais Punk/Speed Metal. Talvez umas das versões que teve mais a cara da banda que a executa. A veterana Executer, surgida na segunda metade dos anos 80, executa “Piranha” numa levada avassaladora! Não é para menos, afinal, a banda nasceu ali, nos anos 80, e certamente teve bastante influência de bandas como Exodus. Mas, digo, a banda fez uma versão com sua marca, principalmente na parte vocal. A próxima banda do tributo é a “usina de riffs” The Force, banda que também tem muita influência do Heavy Metal tradicional em seu som. Em “No Love” a banda impôs seu estilo. Claro, a música escolhida é repleta de riffs e solos e é bem a cara dos paraguaios. O Decimator é uma banda que geralmente apresenta um som mais agressivo e de levada veloz, mas em “Deliver Us to Evil” a banda ‘marcou’ o tempo e manteve a pegada original da música, sem muitas mudanças, mas trazendo a agressividade característica dos seus vocais. O fim vem com “Strike of the Beast”, na versão do Violator, banda que dispensa qualquer tipo de apresentação. E a banda impôs seu ritmo, numa levada bem veloz, mostrando que o Exodus chega a ser uma de suas influências. A arte da capa ficou demais! Uma belezura só! Inclusive, saiu camisetas com a insana imagem da capa. O nível de gravação entre as bandas estão praticamente no mesmo patamar, exceto a do Violator, que ficou mais baixa e abafada (até agora me pergunto se foi intencional). O encarte é bem informativo, trazendo fotos das bandas, formação, local da gravação e contatos. Enfim, como mencionado lá no começo, uma grande homenagem a um álbum que serviu para moldar o Thrash Metal, da forma que o conhecemos, feita pela Kill Again Records e o incansável Antônio Rolldão.


Resenha por Valterlir Mendes

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