KRISIUN “Scourge of the Enthroned” Shinigami – Nac.
“Scourge of the Enthroned” vem a ser o 11º álbum de estúdio na carreira do Krisiun, que teve início lá no longínquo ano de 1990. Já li alguns comentários que colocam esse novo disco como um dos melhores da carreira da banda desde o lançamento do clássico “Conquerors of Armageddom” (2000). Ao meu ver, esse novo álbum, sim, mantém o legado de grandes lançamentos do Krisiun, mas não gosto de fazer comparativos entre lançamentos, já que são momentos diferentes, pensamentos diferentes, forma de criar diferente. Cada álbum do Krisiun é uma história e não foi diferente nesse novo trabalho. A banda, mesmo mantendo sua forma típica de fazer Death Metal, não se copia, porém para quem acompanha a sua carreira, identificará, de cara, que é o velho Krisiun fazendo sua música, como deve ser feita, sem novas tendências, mas jamais se repetindo. “Scourge of the Enthroned” é um disco muito forte, bruto, pesado, denso, veloz, como deve ser. A começar pela faixa-título, que abre o álbum, o que ouvimos são oito petardos de puro ódio Death Metal, sem concessões, sem firulas. Os riffs e solos de guitarra de Moyses Kolesne ficam cada vez mais bem elaborados, trazendo consigo certa tensão em algumas passagens; os vocais de Alex Camargo, ainda que brutos, nos deixa perceber o que está sendo cantado, além de suas linhas de baixo, nítidas, trazendo ainda mais peso para a banda sem carecer de uma segunda guitarra. Já Max Kolesne, monstruoso como sempre, mas dosando suas levadas, sem tanto uso dos ‘blast beats’, mas eles aparecem, sim, porém quando são necessários. É sempre muito difícil apontar essa ou aquela música como sendo a melhor. Não dá para ficar inerte a temas como “Demonic III”, com levadas velozes e inserções de solos de guitarra demolidores, além de passagens marcadas, daquelas para testar as velhas vértebras do pescoço. E a forma como a banda escreve suas letras? “Devouring the Faith” é um pequeno exemplo. A banda critica de forma feroz as religiões, deuses, mas de uma forma inteligente, sem ataques gratuitos. E isso é apenas um exemplo. O cuidado com a letras estão em todas as músicas apresentadas, abordando diversos temas com bastante inteligência. A gravação está simplesmente soberba. A arte da capa, impecável, belíssima. Enfim, um álbum com menos de 40 minutos de duração, mas que mostra toda a força, todo o legado, a forma única de como fazer Death Metal. Krisiun, mais uma vez mostrando todo o seu poderio!
Site: www.krisiun.com.br
Resenha por Valterlir Mendes
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