Metal Reunion Zine

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sexta-feira, 31 de março de 2017

BURN THE MANKIND - To Beyond - Resenha CD


BURN THE MANKIND
“To Beyond”
Cianeto Discos – Nac.
O que se esperar de uma banda que traz músicos que fizeram parte de duas das mais importantes formações do Death Metal gaúcho – Nephasth e The Ordher? “To Beyond”, álbum de estreia do Burn The Mankind é a resposta! O álbum começa com a sombria ‘intro’ “The Uprise”, que curiosamente retrata bem a arte da capa, antes de o instrumental dar entrada. O que vem depois é uma verdadeira tempestade Death Metal. Blasting beats devastadores e uma parte instrumental arrebatadora, além de vocais urrados impiedosamente por Pedro Webster (também baixista), é o que ouvimos na faixa-título. A partir daí já se nota que a gravação vem num nível altíssimo, deixando tudo bem compactado, sem brechas e a sonoridade do Burn The Mankind ainda mais poderosa! Mas não é apenas de brutalidade que “To Beyond” é feito. “The Gun” mostra isso, já que é uma música que contém boas melodias iniciais de guitarra, mesmo com o pedal duplo da bateria (no disco gravada por Matheus Montenegro) arrebentando, além de algumas partes cadenciadas e marcadas. O disco, que conta com 11 músicas, sendo que duas são ‘bonus tracks’ retiradas do EP homônimo de estreia, apresenta uma bem vinda alternância nas músicas, indo de momentos mais ferozes e velozes a algo mais denso, pesado e marcado. Exemplo disso é (a quase) instrumental “Vacuum”, música tensa, claustrofóbica, com riffs pesados, hipnóticos, com fortes batidas. Outra que mostra bem inserida alternância instrumental é “Everyone is Blind”, que começa cadenciada, como uma continuação da música instrumental anterior, apresentando alguns riffs iniciais que lembraram o Thrash Metal, mas que se desenvolve como um Death Metal mais cadenciado, tenso, meio que parecendo uma marcha militar, com os vocais, mesmo agressivos, sendo usados, digamos, de forma sussurrada em alguns momentos. Interessante a construção desse som e com um final que foge de uma música tipicamente Death Metal. O lado mais técnico, com instrumental mais intricado, é mostrado em “Cries”, mas sem deixar de soar natural. O álbum traz músicas mais diretas e com um tempo de duração não muito grande, com exceção de três faixas que passam dos cinco, seis minutos. A arte da capa ficou bem interessante. Então, quando estiver ouvindo o disco, além de acompanhar a bem escrita parte lírica, fique de olho nos detalhes da capa. Você vai descobrir vários, detalhes. Lembrando que esse disco foi lançado no Brasil pela Cianeto Discos, mas numa tiragem limitada de apenas 500 cópias. E se você curte Death Metal de alta qualidade, melhor correr atrás (se é que a versão nacional já não esgotou).

Site: www.burnthemankind.com

Resenha por Valterlir Mendes

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