A Fórmula
Por Alexandre Chakal
Se misturarmos a paixão patológica com o amor inabalável, adicionarmos pitadas de liberdade plena e não colocarmos nenhum dos tantos dogmas religiosos — qual seria o resultado?
Um sentimento novo, capaz de superar a fábula do amor perfeito, ou um impulso promíscuo e avassalador, que despertasse nossos instintos mais primitivos?
Um trisal multigênero, com sabor de sadismo pervertido, talvez explicasse o segundo resultado.
Mas será isso que buscamos?
Será que nossa curta existência se resume a contemplações sonhadoras de perfeição sentimental, ou à cúpula intensa, sem cio definido, com características selvagens e carnais?
Será que o 8 ou 80 é o meio-termo que justifica nossas vidas quando não buscamos os "tantos algos mais" que o capitalismo nos oferece?
Existe uma fórmula para resultados sempre positivos dentro do caos imperfeito que habitamos, onde nos relacionamos e consumimos até o impalpável?
Ou a fórmula seria apenas um artifício para justificarmos nossa condição ainda selvagem — castrada por uma civilidade extraída de ensinamentos religiosos, que continuam moldando até nossa forma de opinar por nós mesmos?
A fórmula é utópica ou aplicável?
Existe algum ingrediente secreto?
Ou será que não se aplica a nós?
Reflita — ou não.
PARA ENTENDER O PRINCIPAL OBJETIVO DA COLUNA,
LEIA A POSTAGEM #1 AQUI
As informações sobre livros e outros escritos de Alexandre Chakal podem ser encontrados na página de Instagram @emcarnevivaecrua

Nenhum comentário:
Postar um comentário