LACERATED AND CARBONIZED
“Narcohell”
Vingança Music – Nac.
Eu poderia resumir a resenha desse
terceiro disco do Lacerated And Carbonized a uma palavra: fantástico!
“Narcohell” foi lançado em 2016, mas peguei esse disco um tempo depois. Não
lembro de ter ouvido algo da banda antes, apesar de sua carreira já ter 15
anos. Mas comecei bem, afinal esse disco é de um impacto devastador. Uma gravação
soberba, sob a batuta de Felipe Eregion, a própria banda, HR Studios e mixado e
masterizado no Stage One Studios, por ninguém menos que o lendário Andy
Classen. O resultado está aí, nesse belíssimo disco! Mas o que mais impressiona
é a qualidade musical desses cariocas. É um disco que estou sempre escutando.
Ele não tem momentos baixos. É avassalador do primeiro ao último riff. É uma
mescla de brutalidade, do que há de mais atormentador no Death Metal, mas sem
deixar de lado as melodias apuradas, algo mais contemporâneo (sem nunca
deslizar na casca de banana que é abusar de modernidade na música), algo aqui e
ali de Thrash Metal, com andamentos marcados. Os vocais de Jonathan Cruz são
cavernosos, guturais, mas não são ‘retos’. O cara tem a manha para acompanhar
as melodias brutais da parte instrumental. Os riffs e solos de Caio Mendonça
impressionam. O que mais impressiona é o cara sozinho criar a massa sonora de
riffs no disco. Mas, se bem que a ‘cozinha’, formada por Paulo Doc e Victor
Mendonça, tem fundamental importância para deixar tudo numa massa uniforme.
Músicas de destaque nesse belíssimo exemplar do que o Underground brasileiro
tem de melhor? As 13 músicas merecem menção. Mas, claro, sempre vai ter essa ou
aquela que chama mais a atenção. “Spawned in Rage”, que começa o disco com os
“dois pés no peito”; a violenta (tanto musical como liricamente) faixa-título;
“Bangu 3”, que mescla letras em inglês e português e ainda conta com a
participação de Marcus D’Angelo (Claustrofobia) nos vocais; “Condition Red”,
com sua levada que é para testar o pescoço; e “Hell de Janeiro”, totalmente
cantada em português e um verdadeiro soco no queixo (novamente musical como
liricamente). Isso para citar algumas. O disco ainda conta com outro convidado,
também nos vocais: na música “Broken”, Mike Hrubovcak do Monstrosity se faz
presente. “Narcohell” fez com que eu corresse atrás dos demais discos da banda,
ainda mais que o Lacerated And Carbonized os relançou.
Contatos:
laceratedandcarbonized@gmail.com
www.lacofficial.com
Resenha por Valterlir Mendes
Nenhum comentário:
Postar um comentário