Metal Reunion Zine

Blogzine fundado em 2008. Reúne notícias referentes a bandas, artistas, eventos, produções, publicações virtuais e impressas, protestos, filmes/documentários, fotografia, artes plásticas e quadrinhos independentes/underground ligados de alguma forma a vertentes da cultura Rock'n'Roll e Heavy Metal do Brasil e também de alguns países que possuem parceiros de distribuição do selo Music Reunion Prod's and Distro e sua divisão Metal Reunion Records.



segunda-feira, 23 de maio de 2016

GIRLIE HELL - Hit and Run - Resenha EP / Vinil


GIRLIE HELL
“Hit and Run”
Monstro Discos – Nac.

Foi-se o tempo em que as bandas, antes de lançar um full length, apresentavam uma prévia em forma de compacto. Aqueles famosos compactos em vinil, com uma música de cada lado. As meninas do Girlie Hell me fez voltar no passado, numa época na qual meu pai adorava comprar esses compactos (pena que não eram de Heavy Metal). A musicalidade da banda, para mim, é um pouco difícil de definir. É pesada, mas não chega a ser Heavy Metal. Na verdade, a música das garotas é árdua, agressiva e suja, como o Rock N’Roll deve ser! Isso mesmo! Consegui chegar onde eu queria: é Rock bruto e sujo, pesado e denso e mesmo deixando aflorar sua feminilidade nos vocais, Bullas Attekita (também guitarra solo), não faz uso de uma voz limpinha ou angelical. Pelo contrário, ela consegue passar raiva, ‘feeling’ e traz influências vocais advindas da lendária Girlschool. Uma influência clara e que as próprias meninas não escondem. O Lado A traz “Gunpowder”, música de ritmo quebrado, indicada para se bater cabeça, com as guitarras de Bullas e Júlia Stoppa aparecendo bastante. Isso não significa que a ‘cozinha’ fique em segundo plano, uma vez que o baixo de Fernanda Simmonds e a bateria de Carol Pasquali são cruciais para deixar o som da Girlie Hell ainda mais pesado. O Lado B traz “Till The End”, que segue a mesma linha sonora, sem mudanças abruptas e mostrando que a banda é bem coesa em suas ideias. Gravação como o estilo pede, deixando tudo bem definido, porém com uma ‘sujeira’ inerente à sonoridade que é apresentada. A capa ficou bem legal, com um tom avermelhado, que é mesma cor do vinil. Senti apenas falta das letras e de foto da banda, mas, voltando ao passado, assim eram os compactos apresentados na década de 80.

Site: www.girliehell.com

Resenha por Valterlir Mendes

Nenhum comentário:

Postar um comentário