O Cangaceiro (também conhecido pelos títulos alternativos “Viva Cangaceiro”, “The Magnificent Bandits” e “Rebelião dos Brutos”, 1971, 104 min.) de Giovanni Fago. Com: Tomas Milian, Eduardo Fajardo e Ugo Pagliai.
Expedito, um dos únicos sobreviventes de um massacre onde matam até seu bezerrinho, conhece um ermitão e passa a acreditar que é uma espécie de Jesus Cristo do sertão nordestino, ensina os pobres a usar armas e forma um bando de cangaceiros revolucionários, uma espécie de exército Brancaleone nos trópicos. Claro que toda essa transformação social via cangaço está acontecendo numa região de Pernambuco rica em petróleo e os cangaceiros atrapalham os planos dos poderosos.
“O Cangaceiro” é uma co-produção entre Itália e Espanha, dirigida por Giovanni Fago, que na época já havia dirigido outros dois interessantes filmes, “Per 100,000 Dollari ti Ammazzo” e “Uno di Più All’Inferno”. Fago é influênciado por grandes westerns da década anterior, como as produções de Sergio Leone, “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (Glauber Rocha) e “El Topo” (Jodorowsky) e consegue ótimos climas típicos dos spaghetti westerns em cenário tropical.
Estrelado por Tomas Milian, um cubano filho de um general detido e preso após o ditador Fulgencio Batista ter tomado o poder da ilha e o sempre divertido Eduardo Fajardo (que entre 1947 e 2000 apareceu em mais de 160 filmes, entre eles “Django”, “Vamos a Matar, Compañeros!” e “Viva la Muerte… Tua!”), “O Cangaceiro” conta ainda com trilha sonora composta pelo Riz Ortolani que faz um inventivo uso dos ritmos brasileiros e não escapa de usar a música “Mulher Rendeira”, também usada no “O Cangaceiro” (1953) de Lima Barreto. Ortolani ficaria famoso pela trilha sonora do clássico “Cannibal Holocaust” alguns anos depois deste filmaço.
Segue o trailer de “O Cangaceiro”:
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