Metal Reunion Zine

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domingo, 30 de junho de 2013

Fueled By Fire – South American Tour 2013 – Resenha do show no Bueiro do Rock – Teresina – PI – Data: 28/06/13

Já se passava das 21:30 quando o Kick Head subia ao palco, com um número de pessoas bastante interessante, Flávio começa uma intro insana, seguida por uma faixa que eletrizou os ouvidos de quem estava presente, que no caso foi a ‘Naus Infames’.
E a Nuclear Devastation? Caramba, tocada na íntegra aqui em Teresina. Assim deu um inicio de um mosh básico, pra ferver o sangue e fazer um ‘’bate cabeça’’. A primeira faixa da demo, ‘Age Of Massacre’, não podia faltar de maneira alguma em uma noite tão Thrasher como essa. 
Sejamos francos; "o Flávio so é pequeno’’, mas tem o poder na voz e nos riffs. P*ta que pariu, esse headbanger, se garante!
Ao tocarem a faixa ‘Atomic Mushroom’, pensava que não iria soar muito bem, mas foi totalmente um engano que soou na minha cabeça. Confesso que foi umas das melhores faixas tocadas por eles, desde que acompanho a banda.
A energia de presenciar e curtir o som da banda, ao vivo é fodasticamente incrivel. Presença de palco, muito mosh, muita interatividade com os bangers, humildade e força underground.
De Headbanger para Headbanger, ‘Brothers Of Thrash’, que nela, além do Thiago ter feito um backing vocal, bastante incentivador, o próprio público também deu aquela força e gritou bem alto, ‘’...OF THRASH’’. Na demo é uma coisa bem maneira, mas ao vivo é 10000% melhor. Outra faixa que foi surpresa pra mais uma vez ficar viciado e mais afim de acompanhar a banda,  foi a ‘Nuclear Assault’, que diferente das outras, o riff e o timbre de bateria, ficou mais diferenciado do que o normal. Aí foi que inspirou a galera, pra fazer um mosh merecido. Prefiro evitar comentários, porque pra você saber do que estou falando, so presenciando algum show.
Não passava pela minha cabeça, que uma extrema e uma dedicação foda, iria ser tocada. No caso, a música da banda de Thrash Metal residente daqui de Teresina, ‘Panzzer – Soldado’, com a participação mais que merecida de Eric Felipe (Que energia, hein...). Surpreendente total, essa participação e essa homenagem, entre duas bandas do cenário underground.                                                         Quem sabe essa mesma participação, esteja no debut.                                                           Totalmente apoiados.
Após conferir 3 shows divulgados pelas mídias, percebi que nas mesmas, havia a música ‘A Força Do Metal’, feita e cantada por Thiago. Muito foda como é tocada e como pode ser tão influenciadora. Uma faixa que estará no próximo material da banda e que sinceramente pode ser considerado um hino para o underground.
Depois de umas palavrinhas do Flávio, agradecendo pelo apoio, as 3 últimas musicas para fecharem o set, que também estão inclusas na demo; ‘Kill All The Posers – Possessed – Kick Head’. Após terminar, elogios e mais elogios sobre a apresentação começaram a surgir, de forma mais rápida do que uma epidemia de gripe. Sem mais, nem menos, Kick Head tem tudo pra se tornar uma das melhores bandas de cenário Thrash Metal nordestino. Com poder e muita garra eles chegarão em um posto altissímo da cena, pois eles merecem.
Dando continuidade, que por motivos da produção e pessoais da própria banda (Resultando em algo triste não so para eles, mas para os que estavam esperando a turnê passar por tal cidade), a mudança da linhagem de bandas mudou. Agora, subindo palco, vem o Desgraça Maldita, botando pra ferver mais uma vez com seu poderoso e extremo Death Metal, tocando na íntegra o seu EP ‘Lastimas & Pragas’ e algumas músicas que estarão no próximo material, que sera gravado e lançado em breve. Confesso que não gostei muito da faixa ‘Escórias’ tocada ao vivo, se bem que não consegui ainda encontrar o defeito. Mesmo assim ta valendo. Quem ouviu as novas músicas lá, já deve ter uma noção do que pode está vindo por aí. Os riffs estão mais honrados, o baixo simplesmente na medida certa do que é pra ser em uma banda de Death Metal. E a bateria?! Delbar, nunca decepcionou alguém e agora que não irá decepcionar mesmo. Como foi comentado la, eu já a considero, uma banda grande e que além de estar na ativa a tempos, a dedicação e a força de vontade em fazer um Death Metal português é incomparável (Igual a voz do Jardel. É ÚNICA). So tenho mais que presenciar daqui pra frente as apresentações da mesma.
Dito anteriormente, a linhagem de bandas mudou, então após o Desgraça Maldita, Fueled By Fire já começa a colocar a guitarras ao palco. Carlos Gutierrez, começa a fazer os primeiros testes na bateria e Rick Rangel faz os primeiros ajustes em sua guitarra. Anthony Vasquez e Chris Monroy chegam junto também. Em aproximadamente 20 minutos já estava tudo nos ‘’trinques’’, pronto para começar um tremenda show.
Após um grito tremendo de Rick, um circle pit começa a surgir antes mesmo da bateria começar. Espetacular ver toda aquela energia e empolgação, pois foi isso que deu uma força a banda e continuar o trabalho. Ate o Anthony, elogiou e pedindo a todo instante um mosh pit violento, para mostrar a realeza do verdadeiro Thrash Metal. De cara, jurava que a primeira faixa seria ‘The Metallion’, mas não foi. Se me lembro bem, foi até uma nova, que eles preparam para o próximo material, enfim. Mas o que muito estavam esperando, foi as músicas ‘Thrash Is Back’ e ‘Spread The Fire’, que até as pessoas que estavam tomando de conta dos stands e estavam isolados, chegaram mais para ‘’bangear violentamente’’.
A música ‘Catastrophe’ (divulgada a 2 semanas pelo youtube), que me espantou deles terem tocado na noite. Não era de esperar, mas aconteceu. Muitos imaginavam que seria um setlist maior e de uma longa duração, mas infelizmente foi por volta de uma hora e meia, mesmo. Porém valeu mais que a pena. Chris, apesar do imprevisto pessoal, ficou bastante alegre antes e após o show, que com muita força dos fãs e dos produtores, ele se empolgou para fazer uma apresentação incrivel e que não atrapalhasse. Um cara super gente boa, sensato e simples (Por um lado, pensei que era Teresinense). Espero que em outra turnê, passem por aqui novamente. Boa sorte para todos.
Já se aproximava de duas da manhã, e o Eternal Violence, ainda não estava pronto, mas quase as duas e quinze, já estava lá, com um ‘’background sound’’, que me lembrou bastante da intro do Red Front (Debut).
Quase terminando, uma ‘’bomba no background sound é estourada’’ (por assim dizer), que iniciava-se uma ‘Invasão Bestial’, so em ouvir o riff do André ‘Deaththrash’. Luiz Felipe não se envergonhou nessa apresentação e mostrou o verdadeiro lado thrasher teresinense. Hudson entra ao palco derramando uma cerveja ao público (Acho que o vocalista do Selvageria, o influenciou a isso). Vocal bastante diferente do Blasphemous e chegou a um certo ponto, ser melhor.
Quem não reparou no Ramon na bateria?! Cantando, fazendo careta e fazendo toda aquela ‘’bagaçaria foda’’ na bateria?! Acho que ele ia ter um ‘’orgasmo supremo 52 deathammer’’.
Sem cansar, ‘Gritos de Horror’ começa com tudo. Luiz usou pra valer dessa vez, o backing vocal. Mas confesso que o Hudson precisa de uma melhorada básica de vocal nessa música, enfim. Mas o que podemos dizer de ‘Maníacos Headbangers’?! Uma música que a cada vez ouvida da orgulho? Uma música que fica na cabeça, vicia? Musica para ser tema de filme de terror? A resposta seria, ‘Todas’ e muito mais. Dedicada sempre aos fiéis irmãos e irmãs que lutam para manter firme e forte a cena underground local, regional e nacional.Hudson e Luiz não se acanharam nessa apresentação de maneira alguma.
E um certo riff do André, que é incomparável no EP ‘Em Eterno Caos’?! Na hora, todos lá já sabiam o que estava vindo, ou seja, ‘TERROR NUCLEAR’. Pra mim, era a 3° faixa que estava mais esperando em toda apresentação (Depois é logico de NPMS e Na Lâmina da Guilhotina). Uma faixa que cumpriu sua meta de ‘’Thrash Attack’’ e que está pulveriza os ouvidos dos posers/pseudos.
Quem curte Artillery e coisas do tipo, ao ouvir ‘Em Eterno Caos’ e Regido pelo Ódio, sentiu a pressão da devastação contra escórias desse mundo. Sem comentários para cada uma.
Finalmente chega a música pela qual eu esperava tanto. Uma sessão de tortura com lâmina tóxica, em forma de música. ‘Necro Perveso Metal
Satânico’, toda qualidade que voce precisa saber da banda, você que ainda não conferiu, pode ser vista de cara, nessa música. Na verdade, nenhuma música decepciona, mas essa simplesmente é o poder, é a força, é a máquina de construção das armas de Lúcifer. Quando acabou devia ter gritado, pra tocar mais uma vez, mas preferi deixar proseguir. (Quem sabe, a faixa, Na Lâmina da Guilhotina, não seria a próxima). Música para espancar e matar a qualquer custo, os pseudos, era a próxima. ‘Maníaco Homicida’. (Que riff, hein André?!) Essa faixa, de maneira alguma, não poderá faltar no próximo material. Aliás, o Ramon sustentou beleza essa faixa. Impressionante. Após ser gravada, vou avali-la com muito mais calma.
E pra fechar com chave de’’ titanium dourada’’, Na Lâmina da Guilhotina (Que
ao ver em um video do show em Fortaleza, sinceramente fiquei alucinado em conferir ao vivo). Uma intro bem alucinante, sem frescura, sem modismo e que superou mais que a expectativa após a reformulação da banda. A letra não saiu do conteúdo assassino e o titulo já diz tudo do que voce tende a saber.
Após terminar foi que a galera começou a pedir mais uma, porém, por conta do horário para fechar o evento já estava esgotado, então não rolou. Muito emocionante e sinceramente um dos meus sonhos como headbanger.
Noite mais que apreciada, mais que merecida, mais que orgulhosa em presenciar.

Bueiro do Rock & Brothers Of Metal, parabéns mais uma vez pelo belíssimo evento e que venha os próximos.

Por Pedro Hewitt

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