domingo, 25 de julho de 2021

DIRTY GLORY - Mind the Gap - Resenha CD

DIRTY GLORY

“Mind the Gap”

Independente - Nac.

Como podemos classificar o Dirty Glory? Hard Rock? AOR? Glam Rock? Hair Metal? Na verdade, podemos pegar o que há de melhor em cada um dos estilos citados, juntar, e aí chegaremos praticamente no que é “Mind the Gap”, seu álbum de estreia, lançado - no longínquo - final de 2015. O álbum sucede o seu primeiro e único EP, “It’s On!” (2011), e conta com 12 músicas, sendo 10 músicas inéditas e duas regravações de sons anteriormente lançados pela banda. Eu deveria começar falando acerca das músicas, sonoridade, mas muito me chamou a atenção da arte da capa e o título do disco, que foge dos estereótipos do estilo praticado pela banda. As letras, mesmo que a maioria traga o normal para o estilo, algumas abordam temas mais sérios e são bem construídas, com muito a dizer. A partir disso, a banda já merece total credibilidade, já que não se prende às fórmulas incansavelmente já postas em prática. Sonoramente a banda traz influências “do bom e velho Hard Rock, com influências de Van Halen, Guns N’ Roses, Kiss e Danger Danger”, como explica o vocalista Jimmi DG, e “Um pouco de Blues e o peso do Metal também são sempre bem-vindos”, como acrescentou o guitarrista Reichhardt, em release da banda. Sim, para se ter um norte do que a banda faz musicalmente, essa é uma boa explicação, mas não que o quinteto responsável pela gravação - na época formado por Dee Machado e Reichhardt (guitarras), Sas (bateria), Jimmi DG (vocal, harmônica, piano) e Vikki Sparkz (baixo) - se limite a emular suas influências. As músicas empolgam, logo a partir da primeira, “Sticks and Stones”, com bons (e pesados) riffs de guitarras, e nos remetendo, de cara, ao Hard Rock feito nos anos 80. Boa interpretação vocal (com a ajuda de bem inseridos backing vocals), levada veloz, mas sem deixar de lado as melodias típicas do estilo. Isso sem falar nos solos de guitarras, que são despejados em doses generosas. E olha que isso é apenas o começo de um álbum que mostra coesão em todas as músicas apresentadas. Já “Failing the Test” poderia estar em alguma trilha sonora de filmes dos anos 80, em razão de sua construção Hard/AOR. Mas aí vem a pergunta: tem balada? Um bom álbum de Hard Rock sem baladas não pode ser considerado bom, né? Elas são apresentadas com “Beyond Time”, numa ‘levada’, mais AOR, “Every Time I Think About You”, com uma letra bem melosa, como deve ser, e “The Sentence”, que encerra o álbum de forma belíssima, sendo tocada praticamente apenas no piano e com uma forte interpretação vocal de Jimmi. A gravação está soberba, tendo a sua frente Luis Lopes, com edição de Gabriel Bueno e Chris Miyai, e a masterização sendo feita por Levi Seitz, no BlackBelt Mastering, em Seattle (EUA). O encarte traz diversas páginas, letras e tudo o mais que é informação. Vale lembrar que o próximo álbum, “Miss Behave”, será lançado ainda neste mês de julho/2021.

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Resenha por Valterlir Mendes

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