Por Fabio da Silva Barbosa
Estava tentando dormir. Rolava de um lado para outro na cama, mas não conseguia. Sentiu o cérebro sonolento, mas algo desagradável pelo corpo o impedia. Pareceu que ia começar de novo, mas não era possível. Já passaram algumas semanas sem ser atacado. Pensou que a tormenta havia chegado ao fim.
A sensação foi crescendo até ficar insuportável. Ele pulou
da cama, completamente asfixiado. Andou
pela casa, mas não encontrou um lugar onde conseguisse notar o mínimo de bem
estar. Precisava resolver rápido, pois o desconforto era muito grande, chegando
a níveis desesperadores. Debruçou na janela e ligou o ventilador no máximo em seu
rosto. Nada resolvia.
- Claustrofobia com pânico. – Sentenciou o médico em sua
última consulta.
Abriu as portas e desceu as escadas correndo. Desembocou
na rua deserta. Ganhou a calçada respirando a brisa da madrugada. Buscava o ar
como um esfomeado enfia a comida pela boca. Olhou bem para o espaço aberto
daquela encruzilhada onde morava. Foi melhorando
sem demora. A respiração logo voltou ao normal.
Subiu as escadas e ficou um pouco na janela. Voltou a
dormir assim que se sentiu mais seguro. O medo de voltar a ser atacado era
aterrador.
Daqui a 15 dias, nos vemos novamente.
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