Essa ebulição que não para de explodir
pensamentos em chamas
caixa craniana fumegante
perambulando por trincheiras
sentindo o forte odor da carnificina
e os gritos
e o pânico
e o horror jamais visto
transformando dor e angustia em versos e prosas
sendo lançados a esmo
como meteoros errantes
incandescentes
flamejantes
resultantes de alguma explosão
catapultados a partir de uma zona obscura e bizarra
há muito desabitada
abandonada até mesmo
pelos que ali foram criados
sem filhos tentando retornar
apenas a fonte seca gotejando
seu liquido infecto e insalubre
grosso e sujo de uma cor
nauseabunda e terrivelmente incomoda
exalando o cheiro da extrema podridão.
Por Fabio da Silva Barbosa - Porto Alegre - RS
Fevereiro / 2025
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