CIBERPAJÉ - O SABOR DELICADO DO NADA: novo videoclipe é sigilo mágicko que utilizou mais de 300 artes do Ciberpajé na geração das animações
O Sabor Delicado do Nada (O XXVIII Código Cósmico de Batalha do Ciberpajé) é o novo videoclipe em animação e single -assista-o neste link - do projeto musical Ciberpajé. Trata-se da nova animação da série baseada em rituais mágickos de transmutação da Aurora Pós-Humana.
Este é o quinto videoclipe da série com animação, o primeiro e pioneiro no Brasil foi O Luto da Vitória.
O Sabor Delicado do Nadaparte de uma captação de imagens do Ciberpajé (aka Edgar Franco) realizando um ritual mágicko de posismo no contexto do universo transmídia da Aurora Pós-Humana, encenando uma batalha consigo mesmo, contra os seus dilemas e demônios interiores. A partir dessa filmagem, em um processo de animação digital em rotoscopia os trechos animados foram produzidoss a partir de referências simbólicas a totens xamânicos e ao conceito de tecnoxamanismo e tecnognose que serviram de influência direta para a criação da sonoridade da música produzida pelo musicista amapaense Alan Flexa. Dessa vez as animações foram criadas alimentando o sistema de inteligência artificial com mais de 300 artes originais do Ciberpajé - desenhos, ilustrações, pinturas em aquarela e lápis de cor, e muitas páginas de seus quadrinhos - os criadores C.N.S. (aka Diogo Soares) e Ciberpajé demoraram 6 meses no processo de aprendizagem de máquina para chegarem a um resultado que os agradasse, após inúmeras tentativas que foram afinando o sistema, o resultado ainda é experimental, mas traduz muito bem as intenções simbólicas e iconográficas buscadas para a obra. A discreta faixa musical investe em uma atmosfera mântrica que cria a ambiência perfeita para o longo aforismo recitado pela voz do Ciberpajé.
A animação experimental - assista aqui - trata de forma onírica, simbólica e metafórica os conceitos transcendentes propostos no aforismo que gerou a música. O aforismo recitado pela voz do Ciberpajé faz conexões metafóricas com o tratado militar A Arte da Guerra, de Sun Tzu, mixando os seus conceitos à busca do equilíbrio interior presente no Tao-Te King, de Lao Tzi, e conceitos retirados do Livro dos Cinco Anéis, atribuído ao lendário samurai Miyamoto Musashi. Ele trata da necessidade premente de jamais nos vitimizarmos diante das circunstâncias da vida, de nos responsabilizarmos por nossos atos, de respondermos pelas consequências de nossas ações, de encarar as dores e perdas como parte do processo natural da existência, do autoperdão e do aprendizado para não cometermos os mesmos erros jamais, o texto é uma visão metafórica desse posicionamento estoico do magista Ciberpajé. Segue o aforismo recitado por ele na faixa:
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O Sabor Delicado do Nada
(O XXVIII Código Cósmico de Batalha do Ciberpajé)
Só existem reais inimigos no espelho do guerreiro.
Todos os demais são sombras ignóbeis e fugidias a serem exterminadas com um único e piedoso golpe certeiro.
Nenhuma lágrima vã será derramada por qualquer dor, nem mesmo pelo furor da cauterização da ferida. A única lágrima permitida é pela perda inesperada e cruel de um irmão em armas.
O guerreiro jamais deve clamar por um deus quando estiver no calor da batalha, nem na vitória, nem na derrota. Durante o combate visceral ele será seu próprio deus e ao final receberá as oferendas que lhe são devidas, os espólios dos inimigos esmagados sem crueldade, mas com cósmica intensidade.
Ao dominar um novo território, o guerreiro deve ser inteiro, agindo com justiça e compaixão para com os que estão sob seu poder. Mas diante de qualquer traição, dissimulação, ou plano de usurpação, não pode existir nenhum perdão, restando-lhe agir imediatamente com total visceralidade, exterminando os traidores e trazendo para os seus lugares seres de sua total confiança.
O amor real do guerreiro é expresso única e exclusivamente por sua proteção e confiança, nada mais, nada menos. Ferir a confiança é desrespeitar a essência do guerreiro, isso implicará no extermínio ou exílio eterno dos seres desonrosos que o fizerem, deixando-os à própria sorte diante de seus inimigos e das intempéries.
O guerreiro não sente prazer com o sangue de seus inimigos. Aparece banhado nele simplesmente como resultado do fluxo selvagem da batalha, e dos esguichos inevitáveis de seus golpes certeiros.
O prazer do Lobo guerreiro é o sentido cósmico para a ovelha que a ele se entrega.
Não existem dúvidas, incertezas, ou culpas na alma do guerreiro cósmico. Ele traça o seu caminho, e elege os seus companheiros de jornada com o instinto selvagem do Lobo ancestral.
O guerreiro vive para a batalha, ela é seu único e verdadeiro propósito astral, todo o resto são adendos que ele pode abdicar a qualquer momento.
A adaga é a amante gloriosa da espada, e o guerreiro conhece a bela tessitura do tudo, e o sabor delicado do nada.
A música é o quinto single do EP “Códigos Cósmicos de Batalha do Ciberpajé”, parceria com o notório musicista amapaense Alan Flexa, que em breve será lançado pela Lunare Music. Ela foi criada por Alan Flexa, e gravada no Estúdio Zarolho Records em Macapá.
O Sabor Delicado do Nada é uma produção do Grupo de Pesquisa CRIA_CIBER da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás. Assista neste link ou abaixo:
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