sábado, 26 de novembro de 2022
quarta-feira, 23 de novembro de 2022
ARQUIVOS EXPLÍCITOS #20 - Contos e crônicas da opera Rock do terror cotidiano.
O
Velho Escritor volta a atacar
Por Fabio da Silva Barbosa
Desde que decidiu pelo ostracismo
radical, o Velho Escritor foi sendo esquecido aos poucos. Impressionante como a
memória das pessoas vai se apagando com cada vez maior facilidade. Não era mais
convidado para entrevistas, programas, eventos... O que era até melhor, pois
não precisava ficar explicando o motivo de não ir. Não se sentia animado a
participar de qualquer coisa, de nenhuma forma. Estava tranquilo no fundo de
sua caverna, dentro de seu casulo, do jeito que preferia naquele momento. Mas eis que veio o convite para uma
entrevista. A primeira ideia foi recusar. Acabou aceitando. Seria uma coisa
curta, seguindo a tendência de que tudo tem de ser o mais rápido possível. O
desagrado só aumentou. O entrevistador diria uma palavra e ele teria de
devolver com a primeira coisa que lhe viesse a cabeça. Tentou ficar o menos desconfortável possível.
- Futuro.
- Não existe luz, não existe saída.
- Esperança.
- Não lembro ter esse tipo de coisa
em qualquer momento da vida e nunca senti falta.
- Felicidade.
- Momentos rápidos e cada vez mais
raros.
- Paz.
- Inércia altamente desinteressante.
- Humor.
- Cada vez pior.
- Amor.
- Tem vendido bem ultimamente, mas
nunca foi a minha praia.
- Vida.
- Se aproximando ao fim.
Nos vemos novamente em Dezembro de 2022.
segunda-feira, 21 de novembro de 2022
domingo, 20 de novembro de 2022
sexta-feira, 18 de novembro de 2022
quinta-feira, 17 de novembro de 2022
quarta-feira, 16 de novembro de 2022
VANS APRESENTA: OXIGÊNIO FESTIVAL 2022 COM LINEUP DE MAIS DE 30 BANDAS E 3 DIAS DE EVENTO.
Sétima edição, nos dias 18 a 20 de novembro no Aeroclube de Campo de Marte (SP), receberá dois palcos, nomes nacionais e internacionais, mini ramp de skate, ativações criativas, food trucks, espaço kids e muito mais
O Oxigênio Festival, um dos mais queridos e concorridos eventos da música independente de São Paulo, enfim está de volta após dois anos apenas nos bastidores devido às restrições da pandemia.
A 7ª edição terá três dias de shows, 18, 19 e 20 de novembro e vem robusta, com mais de 30 bandas, sendo duas atrações internacionais. O festival desse ano ainda tem casa nova: o espaçoso e super estruturado Aeroclube Campo de Marte. A realização é da GIG Music com o Hangar 110.
As vendas serão iniciadas a partir de hoje, 25 de Agosto, com ingressos do primeiro lote para pista e camarote em www.oxigeniofestival.com.br
Assim como nas últimas edições, o Oxigênio Festival 2022 contará com dois palcos – ambos na área externa, com ampla pista para receber o público e dispostos um de frente para o outro, mas distantes o suficiente para que tudo aconteça de forma independente e em horários alternados.
Na sexta-feira (18/11), o Oxigênio Festival 2022 terá Doyle (Wolfgang von Frankenstein), guitarrista do Misfits, como atração principal. A lendária personalidade do punk está na estrada com o The World As We Die World Tour e essa será sua primeira apresentação com o projeto solo em território brasileiro.
Completam o line up da sexta-feira, Zumbis do Espaço, Carbona, Excluídos e Corazones Muertos, além da discotecagem de Thiago DJ (apresentador do programa Heavy Pero no Mucho, da Rádio 89 FM).
Contando com 14 shows, o segundo dia de festival começa às 12h e terá Di Ferrero, Supercombo, Kamaitachi, Glória, Menores Atos, Pe Lanza, Cefa, Axty, Odeon, Meu Funeral, Ravel, Impavid Colossus e Fake Honey. A noite também contemplará o já tradicional karaokê do Oxigênio, com a banda Karaokillers.
O terceiro e último dia, domingo (20/11), também abrirá às 12h e será a vez de mais 14 bandas se apresentarem no Aeroclube – com mais um nome internacional de peso: Helmet, ícone do rock alternativo formado em 1989 na cidade de Nova Iorque (EUA) e com um estrondoso sucesso na década de 1990, além de ter sido e ainda ser influência para novas bandas de indie, punk e até metal.
Junto ao Helmet, CPM 22 na turnê dos 27 vitoriosos anos de carreira, Pense com nova formação, Garage Fuzz, Gritando HC, DFC, Colligere, The Mönic, Flicts, Forgotten Boys, Abraskadabra, Der Baum, Tara Bipolar e mais uma edição do Karaokillers.
Apresentado pela Vans, o festival receberá ativações que incentivam a expressão criativa inspiradas pelos esportes de ação, música, arte e cultura de rua, além de uma mini ramp com sessões do time da Vans Brasil e, também, disponível ao público. Outra novidade é um espaço kids montado na área externa.
Devido ao espaço privilegiado do Aeroclube, a edição terá um local ainda maior para bancas de merchandise e mesas disponíveis para os fãs. O camarote, composto pelo mezanino com bar é mais um diferencial do 7º Oxigênio, oferecendo visão privilegiada para ambos os palcos.
O Oxigênio Festival 2022 ainda conta com patrocínio da Monster Energy, Instax Fuji Film e Xeque Mate.
Fonte
Vans
quinta-feira, 10 de novembro de 2022
quarta-feira, 9 de novembro de 2022
ARQUIVOS EXPLÍCITOS #19 - Contos e crônicas da opera Rock do terror cotidiano.
Mais uma prosa porrética
Por Fabio da Silva Barbosa
Era apenas mais uma criança de rua, um garoto perdido
Hoje um adulto
de acordo com as regras importas e normas que determinam o que você é de acordo com os números e conceitos pré concebidos.
Mas continua sendo o mesmo.
Cortando as ruas como uma faca.
Lutando por mais alguns minutos de vida
entre carros e boçais que desejam esmagar sua cabeça
como se fosse uma barata repugnante.
Espero não perder tão cedo a oportunidade de cruzar pelo
seu sorriso nas ruas escuras, secas e úmidas
dormindo sobre uma caixa de papelão
ou empurrando seu carrinho por aí
Já que da rua decidiu não sair
dizendo que ali sim se sente em casa
que em sua casa te deixem em paz
Seguimos firmes! Até a próxima!
domingo, 6 de novembro de 2022
Deep Memories: anunciado ‘lyric video’ para “Uncontrolled Cells Multiplication”
Visando ampliar ainda mais a
divulgação do novo álbum, “Why Do We Suffer?”, a banda paulista de Death/Doom
Metal Deep Memories acaba de anunciar mais um trabalho audiovisual deste
material.
Trata-se do ‘lyric vídeo’ para a faixa “Uncontrolled Cells Multiplication”, que conta com a produção e edição de Wanderley Perna da W Design e está previsto para o próximo dia 16/11/2022.
“Why Do We Suffer?” foi lançado oficialmente no dia 30/09/2022 com exclusividade pela Heavy Metal Rock e pode ser adquirido por apenas R$ 25,00 (+ frete) clicando aqui.
Sites relacionados:
Fonte
Pesquisa Music Reunion
PERC3PTION - Once And For All - Resenha CD
PERC3PTION
“Once And For All”
Shinigami - Nac.
“Once And For All” é um álbum que já
tem um tempo de lançado. Mais precisamente, foi lançado em 2016, via Shinigami
Records. Mas enquanto o Perc3ption não lança o seu tão esperado novo álbum de
estúdio, faço a resenha desse seu segundo álbum. O disco começa com a forte
“Persistente Makes the Difference”, com um trabalho de bateria, a cargo de Peferson
Mendes, fantástico. O cara simplesmente detona nas levadas velozes. Por falar
em velocidade, essa música envereda pelos lados do Power Metal, mesclando,
ainda, boas melodias e quebras de andamentos. Bem, a banda não soa simplesmente
Power Metal. Digo que esse estilo é apenas um complemento, já que o Perc3ption
tem uma musicalidade bem apurada, ou seja, faz um Prog Metal de alta qualidade,
mas sem deixar de lado certa velocidade e até mesmo alguns andamentos mais
agressivos, o que torna a sua música fácil de ser ouvida, até mesmo por quem
não é tão afeito ao estilo. As vocalizações de Dan Figueiredo (não mais
integrante da banda) carregam bastante ‘feeling’, com uma boa variação, indo de
algo mais limpo a uma passagem ou outra carregada de agressividade (sem
exageros). O tempo de duração do álbum passa de uma hora, porém o que aqui
ouvimos faz com que o disco passe de forma rápida, pois a qualidade musical (e
dos músicos) não deixa nada a dever a qualquer baluarte ‘gringo’ do estilo. E,
por encontrarmos músicas mais longas, é fácil ouvir, numa mesma música, a
velocidade do Power Metal e as quebras de tempo e andamentos bem típicos do
Prog Metal, como já mencionei. “Braving the Beast”, que é a maior música do
álbum, contendo mais de dez minutos, é um bom exemplo disso. Outra que merece
menção é “Magnitude 666”, com suas levadas Power Metal. E por falar em Power
Metal, “Extinction Level Event” é uma excelente representante do estilo. Já
“Through the Invisible Horizons” pode servir de parâmetro para o que é a
sonoridade do Perc3ption, já que apresenta passagens Power Metal, variações
Prog Metal, e grande peso nas guitarras, se tornando, assim, uma de minhas
preferidas do álbum. O trabalho, seja nos riffs ou nos solos, das guitarras de
Glauco Barros e Rick Leite é o que torna o disco bem pesado em muitas
passagens. Isso tudo acompanhado pelas fortes linhas de baixo de Wellington
Consoli. A gravação está num nível altíssimo, e deixou toda a parte
instrumental bem nítida, com um volume que nenhum instrumento se sobressai ao
outro. A arte da capa é belíssima e deixa para o ouvinte a responsabilidade
para a interpretar, afinal, tem muitos, muitos detalhes. Parte lírica muito bem
escrita e que também pode ser deixada para o ouvinte a forma de a interpretar,
mesmo que alguns temas tenham uma linha lírica mais triste e realista. Não
diria que “Once And For All” é um álbum indicado para os amantes do Prog/Power
Metal. É um álbum para quem gosta de música pesada, de qualidade... Para
aqueles que não estreitam sua audição dentro do Heavy Metal.
Contatos:
Resenha por Valterlir Mendes
JAEDER MENOSSI - Interestellar Experience - Resenha CD
“Interestellar
Experience”
Heavy Metal Rock -
Nac.
Seria “Interestellar Experience” um
álbum para amantes da guitarra? Seria Jaeder Menossi um mero músico fazendo malabarismos
com sua guitarra e mostrando o quão rápido e preciso é em suas notas? Bem, para
dirimir qualquer dúvida, nada melhor que colocar esse primeiro álbum do
guitarrista para rolar e tirar suas próprias conclusões. E o mais interessante,
nesse tipo de trabalho, é ser surpreendido de forma boa, afinal o disco não se
limite a milhões de notas na guitarra, solos intermináveis ou qualquer devaneio
instrumental. Jaeder, nesse disco, é acompanhado pelos músicos Jere Nery
(vocal), Rodrigo Barros (baixo) e Loks Rasmussen (bateria, exceto em “Travel to
Neptune”, que ficou a cargo de Geraldo Martins), que em nenhum momento procurar
cobrir a importância do guitarrista em seu disco solo, porém fazem sua parte
para tornar o disco ainda mais agradável de se ouvir. Exemplo disso já temos
logo na abertura do álbum, com “Countdown/Release”, com os músicos realmente
dando apoio para que Jaeder mostre todos os seus dotes. Apesar das guitarras de
Jaeder serem o carro-chefe, com muitos solos, licks e riffs, os músicos de apoio
mantém o peso durante a execução da música. Também gosto quando num álbum de um
guitarrista podemos ouvir músicas com vocais, para não ficar um disco cansativo
e apenas indicado para músicos. A pegada “shread”, com notas rápidas e rápidas
transições entre elas, dá espaço para uma levada mais Hard n’Heavy nas músicas
com vocais, como é o caso de “Andromeda”, onde Jere faz boas vocalizações, sem
muitos exageros ou notas agudas inalcançáveis. Mas se você é fã do já
mencionado estilo “shread” opções não vão faltar: “Landing at Mars” mostra toda
a desenvoltura e qualidade instrumental de Jaeder. “Jupiter Moons” é outra que
traz o guitarrista em grande forma. E, se frise, as músicas, mesmo
instrumentais, não soam iguais uma a outra. O guitarrista tem um grande leque
musical em suas mãos (ou dedos). Mas, também, pudera. Jaeder tem uma longa
carreira, que já conta com mais de 30 anos, com apresentações dentro e fora do
país, seja com a sua banda, Pop Javali, ou ao lado de músicos do Dr. Sin, Mr.
Big, entre outros. A produção do álbum ficou a cargo do baixista Rodrigo
Barros, e está num bom nível. A parte gráfica é bem cuidada e informativa.
Álbum indicado não só para guitarristas, mas, também, para quem gosta de um bom
Hard n’Heavy.
Contatos:
www.instagram.com/jaedermenossi
www.facebook.com/jaederangelini
Resenha por
Valterlir Mendes
3RD WAR COLLAPSE - Damnatus - Resenha CD
“Damnatus”
Guttural Brutality - Imp.
Bruto! Que disco bruto! Não há
melhor forma de descrever esse primeiro álbum do 3rd War Collapse, projeto que
tem como integrantes, nesse primeiro lançamento, Cristiano Martinez
(guitarra/vocal, ex-Vomepotro), Rodolfo Carrega (baixo/vocal, Clawn), Kalle Lindofers
(bateria, Inferia, Plaguebreeder). E para quem conhece as duas bandas
brasileiras citadas, sabe que ambas, quando o quesito é Death Metal, nunca
brincou em serviço. Nas 11 músicas (!!) contidas em “Damnatus” não há concessão
para melodias bonitinhas ou espaço para “climinhas”. O que ouvimos é uma
brutalidade desenfreada, do início ao fim. E isso não quer dizer que o disco é
maçante, chato de se ouvir, sem opções. Em meio a todo o caos emanado, o trio
não se limita a fazer uma sonoridade reta ou sem alternâncias de andamentos.
Pelo contrário: o disco nos dar diversas opções, mas, sendo repetitivo, sem
nunca perder a brutalidade. E num disco tão linear, no que se refere a sua
qualidade musical, a parte mais difícil é apontar esse ou aquele som como o destaque
do álbum. Os vocais, divididos entre guitarrista e baixista, são levados às
últimas consequências. Um verdadeiro esporro gutural. Não dá para ficar
indiferente - falo dos amantes do Brutal Death Metal - a pancadas como “Eyes of
Deception”, “Broken Celibacy”, “Headshot” e “Stagnation”, só para citar algumas
músicas. O tipo de gravação, que deixou a parte instrumental com uma levada
mais ‘seca’, trouxe ainda mais agressividade a esse disco de estreia. Parece
que o que ouvimos no álbum foi metodicamente trabalhado para deixar os fãs do
estilo em êxtase. E mencionei no início da resenha que o álbum tem 11 músicas,
porém o seu tempo de duração nem chega a 27 minutos. Curto, direto, sem
firulas! A arte da capa ilustra bem o estilo praticado pela banda. As letras
abordam o cotidiano, o caos humanitário, guerras... Esse é o tipo de álbum que
o ouvinte, de forma alguma, vai conseguir ouvir uma única vez e deixar para lá.
Quando recebi esse disco, ele ficou por dias no meu aparelho de som. E, veja
bem, impossível não se lembrar de Brutal Death Metal e não ir procurar esse
disco na coleção e o colocar para rolar. E já tenho notícias de que já
trabalham num novo álbum. Aguardando...
www.instagram.com/3rdwarcollapse
www.facebook.com/3rdwarcollapse
Resenha por
Valterlir Mendes
SUNROAD - Walking the Hemispheres - Resenha CD
“Walking the Hemispheres”
Musik Records - Nac.
A banda Sunroad, oriunda de
Goiânia/GO, já está na ativa há bastante tempo. Para ser bem exato, há 26 anos.
“Walking the Hemispheres” vem a ser o seu oitavo álbum de estúdio, ou seja, é uma
banda bem prolífica. Apesar disso, o que sempre me deixou com um pé meio atrás
com a banda foi sua abordagem lírica. Assim sendo, ao receber esse novo álbum
do Sunroad, fui conferir qual a temática abordada e se havia alguma espécie de
doutrinação religiosa nelas. Felizmente o que li, nas letras desse disco, não
enveredam por esses caminhos. São letras bem escritas, tratando de
existencialismo e assuntos inerentes, por vezes intrincadas e que carecem de
aprofundamento na leitura para seu entendimento. Musicalmente a banda transita
entre o Hard Rock, Prog Metal e até mesmo Heavy Metal, carregando uma aura anos
70, como já ouvido logo no início do álbum, já que a faixa-título, que abre o
disco, traz uns Hammond no melhor estilo Deep Purple. E essa música é carregada
de ‘feeling’, nos faz voltar no tempo, mas, de certa forma, carregando algo
mais contemporâneo. Um paradoxo bem vindo. A interpretação do novo vocalista
Steph Honde é magistral, carregada de sentimentos, sem exageros e até mesmo
trazendo algo mais grave na voz. Mas é o todo que realmente deixa o álbum
excelente para se ouvir. A construção da musicalidade da banda é algo que me
deixou espantado. Eu esperava ouvir algo mais burocrático, confesso, mas o que
ouvi durante todo o decorrer de “Walking the Hemispheres” é uma música
contagiante, cheia de agradáveis surpresas e indicada para quem gosta de um som
pesado, com excelentes melodias. Ponto para Netto Mello (guitarra), Mayck
Vieira (guitarra, baixo), Van Alexandre (baixo, guitarra) e Fred Mika (bateria).
Vale mencionar que Steph é o responsável, também, pelos teclados tocados no
disco e tocou guitarra no cover “Try Me” do UFO. O disco contém 12 faixas, o
que para o estilo, parece ser longo, mas nem chega aos 50 minutos de duração. E
o tempo passa rápido, devido à qualidade musical - já mencionada - que ouvimos
no álbum. Gravação num bom patamar. Arte da capa trazendo muitos detalhes,
portanto podendo ser interpretada de diversas formas. E os destaques são
vários, para quem gosta de um som que não se limita a trazer passagens
progressivas, mas que transita por algo mais rápido e melódico, além daquele
tradicional Rock N’Roll que te remete aos anos 70. Ouça a faixa-título, “Living
in a Dream (Red Sign Mirror)”, “Silence Erupting Inside” (com um show das
guitarras) e “Shoot the Clock” (de levada mais compassada, com uso de Hammond e
com os dois pés fincados nos anos 70).
Contatos:
www.facebook.com/sunroadofficial
www.instagram.com/sunroadofficial
Resenha por
Valterlir Mendes
CRUCIFIXION BR - Human Decay - Resenha CD
CRUCIFIXION BR
“Human Decay”
Shinigami - Nac.
“Human Decay” é o segundo álbum de
estúdio da banda Crucifixion BR e que, coincidentemente (ou não), marca os 25
anos de sua formação (a banda surgiu em 1996, em Rio Grande/RS). Apesar de toda
a sua longevidade como banda, eu só vim a conhecer o Crucifixion BR a partir
desse novo álbum. E, digo, foi muito bom conhecer a banda logo a partir desse
poderoso disco. “Human Decay” é um álbum que agradará em cheio os amantes do
Death Metal, com algumas pitadas aqui e ali de Black Metal. É música para quem
procura brutalidade, peso, densidade. “Human Decay” nos apresenta uma
musicalidade desconcertante, alternando agressividade e andamentos mais
cadenciados, sejam nas mesmas músicas ou durante a execução do disco. Não é um
álbum em que o ouvinte vai ouvir um som linear, “reto” ou veloz o tempo todo. E
a agressividade se encontra justamente aí: não necessariamente é preciso
velocidade para se fazer um disco brutal. Temas como “Annihilation and
Victory”, que nos mostra andamento mais denso e com inserção de ótimos solos de
guitarra, “Into the Abyss”, que também traz ótimos solos, no seu início e no
seu decorrer, e a devastadora “Blood Fire Victory”, a qual não deixará o
ouvinte inerte, são bons exemplos do poderio encontrado nesse novo disco do
Crucifixion BR. O disco contém 12 faixas, porém “Opening the Gates, Blasphemy
Returns”, “Confirmed Execution 666”, “Passage” e “The Final Chapter”, são uma
espécie de “intermezzos”. “Insanidade Bestial”, apesar de seu título em
português, é totalmente cantada em inglês, fato bem curioso e explicado na
entrevista concedida ao Recife Metal Law. A parte lírica transita pelo
ocultismo, caos, destruição, ataque às religiões, mas, também, dando ênfase à
lutas e vitórias. A gravação está num excelente patamar e ficou a cargo do
Hurricane Studio. “Human Decay” traz, ainda, como convidados Andre Rod
(Attomica) em “Human Decay” e Dave Ingram (Benediction) em “Bloody Fire
Victory”. A formação responsável pela gravação do disco foi: Maxx Guterres
(guitarra/vocal), Beto Factus (baixo), Juliana Novo (bateria) e Miller Borges
(guitarra). Um álbum altamente indicado e apresentado de forma impecável, seja
na produção sonora, execução das músicas ou na bem cuidada parte gráfica.
Contatos: www.crucifixionbr.com
Resenha por Valterlir Mendes
MARDUK - “Viktoria” - Resenha CD
MARDUK
“Viktoria”
Urubuz - Nac.
Gangrena Gasosa lança o single inédito “Boteco-Teco”
A Gangrena Gasosa, depois do sucesso de “Rei do Cemitério” e “Headboomer”, apresenta o terceiro single deste ano, “Boteco-Teco”, que estará no próximo disco de estúdio, a ser lançado em 2023. Estas três músicas lançadas foram estradas ao vivo no show que a banda realizou na última edição do Rock in Rio.
Disponível em todas as plataformas digitais, “Boteco-Teco” apresenta o conteúdo lírico ácido e certeiro do sexteto. Ouça o single: https://open.spotify.
Entre vários shows pelo Brasil, a banda realizou recentemente uma apresentação – transmitida ao vivo pelo canal Bis – no Rock in Rio, como atração principal do palco Espaço Favela. Em novembro, retornam ao lendário palco do Circo Voador, no Rio de Janeiro, para um show ao lado do Matanza Ritual, depois se apresentam no Maranhão Open Air, festival que trará também bandas como D.F.C., I Am Morbid, Shaman, Richie Ramone, Ambush, Rebaelliun, Doyle, entre outras.
A atual formação da Gangrena Gasosa conta com, além dos vocalistas Angelo Arede (Zé Pelintra) e Davi Stermimiun (Omulu), com o baixista Diego Padilha (Exu Tranca Rua), a percussionista Ge Vasconcelos (Pombagira Maria Navalha), o guitarrista Minoru Murakami (Exu Caveira) e o baterista Alex Porto (Exu Tiriri). Representando o lado underground da expressão cultural brasileira, o grupo mescla metal e hardcore com elementos de Umbanda.
Uma verdadeira lenda da cena underground, a banda carioca Gangrena Gasosa tem mais de trinta anos de estrada, quatro álbuns lançados e muito trabalho pela frente. Recentemente, além dos singles lançados nos últimos meses, disponibilizaram o videoclipe de “Rei do Cemitério”.
Fotos: Fabiano Soares