domingo, 4 de setembro de 2022

SCRUPULOUS - Ostia and Genocide - Resenha CD

 
SCRUPULOUS

“Ostia and Genocide”

Heavy Metal Rock - Nac.

O logotipo da banda, na capa, já “entrega” o seu estilo: Death Metal! E isso já podemos ouvir na segunda faixa (a primeira é uma introdução intitulada “In the Begins... Intro”) contida no disco de estreia da Scrupulous, a qual recebe o título de “Ius Divinium Schizo/Crown of Rubble”, que começa de forma arregaçadora! Só que a música vem repleta de mudanças de andamentos, ‘quebradas’ de tempo, indo de momentos mais devastadores a algo com passagens mais marcadas. E o que vamos encontrar nesse álbum é justamente um apanhado de músicas que procuram fugir do habitual e que mesmo soando Death Metal procura não se apegar aos já tão batidos clichês do estilo. Seja nos andamentos mais velozes, com vocais cavernosos, riffs doentios, ou em momentos que apresentam uma musicalidade mais trabalhada, a banda se destaca durante toda a execução do disco. A Scrupulous, que é oriunda da Bahia, carrega no seu “DNA”, o que só grupos daquele Estado podem fazer no Death Metal. O disco é repleto de bases pesadas, seja nos andamentos mais velozes ou naqueles momentos mais densos, riffs cortantes, além de bem inseridos solos de guitarra, e uma bateria que se destaca não pela velocidade inserida, mas por apresentar boas “quebradas” de andamentos, quando cada música pede. Além das mudanças de andamentos em uma mesma música, existem boas inserções de teclados, que acabam criando um clima bem profano, como podemos ouvir em “The Contestation Knocks on Your Door”. Vale mencionar que todos os teclados que são ouvidos no álbum ficaram a cargo do convidado Leandro Kastiphas. Falando em convidado, “Dark Womb” tem como convidado outro conterrâneo da banda: Eduardo Slayer, o qual participa com os vocais, além da parte lírica. A música é simplesmente um Doom Metal, denso, poderoso, pesado... Uma música em meio tempo, ótima para bater cabeça! “Ostia and Genocide” contém dez faixas, as quais mostram diferentes andamentos, porém todas em prol de um objetivo: nos mostrar um Death Metal com características próprias. O ouvinte vai se agradar do início ao fim, pois a construção musical do disco é muito bem feita. E os destaques são vários, já que encontramos até nuances de música clássica - “Souls Cut To Brunoise”. A arte da capa, de certo modo, é bem colorida, algo não muito comum no estilo. O encarte, bem informativo, traz letras, inclusive com suas respectivas traduções. A produção sonora está num ótimo patamar. E a formação responsável pela gravação foi Fabiano “Hammerhand” Sousa (barteria), Arthur “Azagthothinho” Mozart (guitarras e baixo) e Crispim “Skullcrusher” Jr. (vocal).

 Contatos:

www.facebook.com/bandscrupulous

scrupulousdm05@outlook.com

 Resenha por Valterlir Mendes

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