sábado, 14 de agosto de 2021

Sad Theory lança novo álbum de estúdio Léxico Reflexivo Umbral

 

Sétimo disco da banda está disponível em formato digital e em CD digipack

O Sad Theory lança na sexta-feira 13 de agosto o sétimo álbum da carreira, Léxico Reflexivo Umbral, cuja temática é inspirada na renomada série do Netflix, Black Mirror. O primeiro single do trabalho foi “Canis Metallicus”, inspirado no episódio “Metalhead” da supracitada série.

O disco está disponível em formato digital, nas plataformas de streaming, e em formato físico de edição limitada, em uma embalagem luxuosa em digipack, com poster exclusivo. O CD pode ser adquirido pelas redes sociais da banda ou pelo contato direto +55 41 9580-8181 (Jeff).

O novo álbum da banda de Curitiba tem 11 músicas inéditas, apostando em um som brutal mas que não abre mão da melodia e do lirismo profundo. A história do Sad Theory é permeada por letras de teor cultural, como o disco A Madrigal of Sorrow, que flertava com “As Flores do Mal”, do poeta francês Charles Baudelaire. O grupo é formado por Claudio “Guga” Rovel (vocal), Aly Fioren (guitarra), Daniel Franco (baixo) e Jeff Verdani (bateria).

Ouça nas plataformas digitais: https://tratore.ffm.to/sad-theory

Léxico Reflexivo Umbral

O baixista Daniel Franco traça um paralelo com suas obras anteriores: “O álbum anterior, ‘Entropia Humana Final’, acenava que o fim da humanidade era uma realidade. A humanidade, naquele contexto, é a capacidade do homem de, instintivamente, enxergar a si próprio em outro homem. De compartilhar seus sofrimentos e suas alegrias. De saber que há um elo que os une. O século XX mostrou que tal conceito de humanidade não é capaz de resistir à canetada de um burocrata poderoso. Uma lei pode decretar que seu vizinho é seu inimigo, e que merece morrer. O seu instinto de sobrevivência, então, assume o controle e faz você se transformar no ser inumano que o burocrata desejara”, disserta o músico.

O conceito lírico, que se une ao campo musical de Léxico Reflexivo Umbral, se aprofunda: “A interatividade humana atingiu níveis outrora inimagináveis, mas para isso precisou utilizar os avanços tecnológicos como interface, de forma integral, inexorável e irreversível. Tudo o que restou da nossa humanidade é convertido em bits e transmitido por ondas que, eventualmente, chegarão a diversos destinos. Tais avanços, dos quais somos plenamente dependentes, caminhariam em qual direção, num mundo onde a humanidade morreu? É disso que tratamos no nosso sétimo álbum de estúdio. A série britânica Black Mirror, em muitos de seus episódios, mostra a inumanidade, por meio da tecnologia, atingindo diversos paroxismos, de diferentes formas. Tais temas são uma matéria-prima valiosíssima para a negatividade da música extrema, e para o Sad Theory em particular. Assim, utilizamo-nos deles como ponto de partida para as letras”, explica Daniel.

Música e letras expressam ideias, porém, estas não se resumem ao terreno musical. “Como traduziríamos todo esse pós-apocalipse para o domínio visual? Através de mudanças profundas, radicais. Entretanto, a simbologia mais profunda foi atingida através da arte de Carlos Kolb. A barata tem um significado quase arquetípico. Representa a resiliência, a capacidade de perdurar mesmo sob condições extremas. Ao mesmo tempo, suscita repulsa e nojo, traz a ideia de abandono e sujeira, mau asseio. Assim, nada melhor para simbolizar aquele que, buscando a vida eterna, o poder absoluto e a capacidade de parar o tempo, atingiu seu objetivo e transformou-se num monstro abominável no processo. O aspecto minimalista da arte, com seu fundo branco eterno e implacável, representa ao mesmo tempo a perfeição e o vazio, a homogeneidade e a falta das nuances que nos fazem humanos. Mas o elefante no meio da sala, ou seja, aquilo que sobrou de nós, salta aos olhos como nada mais no Universo. O Übermensch de Nietzsche sofreu a metamorfose de Kafka. Bem vindos ao futuro!”, sentencia.

 Além da capa minimalista, o Sad Theory apresenta um novo logotipo, após mais de duas décadas, desenvolvido pelo artista belga Christophe Szpajdel, que criou mais de dez mil logos, principalmente para bandas de death, black metal e ambient music, como Emperor, Old Man's Child, Enthroned, Borknagar, Moonspell e Arcturus.

 Histórico

 O Sad Theory foi estreou no final dos anos 1990 e desde então, foram lançados seis álbuns de estúdio e realizados diversos shows pelo Brasil. O disco de estreia do Sad Theory é The Lady and the Torch (2002). O death metal único do grupo chamou atenção imediata, algo amplificado por shows ao lado de Krisiun, Sepultura, Nevermore e Blaze.

 Seguiram fazendo shows e gravando expressivas obras, como A Madrigal of Sorrow (2004) e Biomechanical (2006), até que abruptamente - ao menos para os fãs - sua carreira se extinguiu. Como nenhuma dor é eterna (ao mesmo tempo que nunca cessa), o álbum Descrítica Patológica, gravado em 2008, finalmente viu a luz do dia em 2012, marcando o retorno da banda Vermina Audioclastia Póstuma veio em 2015, e em 2017 foi a vez de Entropia Humana Final, que deu um passo adiante no som agressivo e único, alicerçado por letras de rara destreza, relatando tragédias humanas, como “Inanição”, que trata do Holodomor, o genocídio ucraniano.

Informações:

https://www.instagram.com/sadtheory_br

https://www.facebook.com/sadtheory

https://www.youtube.com/SadTheoryOfficial

 

Ouça o trabalho da banda nas plataformas digitais:

https://open.spotify.com/album/2zxE5oj7ySrkPS1hYYPo2P

https://music.apple.com/us/album/l%C3%A9xico-reflexivo-umbral/1574727888

https://www.deezer.com/br/album/238341992

https://music.amazon.com/albums/B097FGHHTG

https://tidal.com/browse/album/188201147

 

Fonte

Clovis Roman

Jornalista/Escritor/Fotógrafo

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