segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

ORÁCULO - Disciples of Metal - Resenha CD

ORÁCULO

“Disciples of Metal”

Independente – Nac.

A banda cearense Oráculo está na estrada há quase três décadas, porém, mesmo com todo esse tempo de estrada, “Disciples of Metal” é apenas o seu segundo álbum de estúdio, sucessor de “Wisdom” (lançado em 2005 e coisa rara de se encontrar). Mas vamos falar desse novo álbum da banda... O que encontramos no CD são nove músicas destinadas aos amantes do Heavy Metal tradicional, que traz bases musicais bem influenciadas pelas bandas da década de 80, mas não soando totalmente ‘old school’. Há algo contemporâneo na banda, mas usado de forma sutil e inteligente, dando ao Oráculo bastante identidade. Podemos, também, ouvir algumas levadas mais influenciadas pelo Power Metal. A construção instrumental de todas as músicas é bem esmerada, o que faz com que o ouvinte se apegue as melodias contidas em cada música. Há velocidade. Há peso. Há melodias. E o mais importante: há ‘feeling’ transpirando da primeira a última música. Um dos pontos altos do disco é a grande interpretação vocal de Robson Alves, que não se prende a apenas uma linha vocal, mesmo mantendo as melodias em todas as músicas. Mas, claro, apesar de o vocal mandar muito bem, ele não soaria tão bem se os demais componentes da banda não tivessem caprichado com seus respectivos instrumentos. Vale ressaltar que alguns instrumentos foram gravados por músicos convidados, mas que em nenhum momento deixou o disco com momentos baixos. Pelo contrário! E para isso basta ouvir os solos de guitarras inspirados, alguns em verdadeiras ‘batalhas’, linhas de baixo por vezes conduzindo essa ou aquela música, e uma bateria consistente, veloz, segura. Difícil apontar uma música como grande destaque, mas não posso deixar de comentar sobre “Come Back in Time”, que abre o álbum de forma arrebatadora. É aquele típico Heavy Metal tradicional, com bastante peso, melodias apuradas, guitarras dobradas e uma levada pendendo para o Power Metal, além de uma parte ‘marcada’, com o baixo de Vicente Wilson fazendo a condução da música. “Strange Redemption” também é outra que traz bases marcadas e é indicada para o bagin’. “The Thoughts of the King” tem uma boa variação de andamentos e termina com maestria o disco... Mas, repito, o disco é excelente da primeira a última música. A gravação está ótima, deixando todo o instrumental bem equalizado. A parte gráfica ficou bem simples, o que é uma pena, pois o álbum merecia um encarte bem caprichado. Mas a razão disso a banda falou em entrevista aqui para o Recife Metal Law.

Contatos:

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 Resenha por Valterlir Mendes

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