Show, às 19h no dia
28 de novembro, será transmitido ao vivo pelo canal de Youtube do Panelaço.
O Ratos de Porão
chega aos 40 anos. A banda é um pilar ainda sólido do punk rock nacional, dona
de uma tremenda história de pontos altíssimos e reverenciada por uma legião de
fãs, que inclusive extrapola o Brasil. E essa longevidade e relevância será celebrada!
No dia 28 de novembro, às 19h, a Vans Apresenta Especial Ratos de Porão 40
anos, uma live show que será transmitida ao vivo e de forma gratuita, direto do
Family Mob, com música de todas as eras, depoimentos, imagens raras e
interatividade.
A Vans Apresenta Especial Ratos de Porão 40 anos, com produção da Powerline Music & Books, terá apresentação do jornalista Marco Bezzi, um dos criadores e apresentadores do canal de Youtube Galãs Feios. Ele vai interagir com a audiência online e com a própria banda.
Na live, o Ratos de
Porão repassará toda a trajetória ao longo das quatro intensas e vitoriosas
décadas de estrada. O especial será dividido em quatro blocos, uma década por
vez – dos anos 80 até os dias de hoje, isto é sto é, desde o indefectível ‘Crucificados
pelo Sistema’ até o mais recente,‘Século Sinistro’.
A transmissão será
pelo canal de Youtube do Panelaço, por este link https://www.youtube.com/watch?v=bNHssTDzyac
(inscreva-se e ativa o sininho para
receber a notificação!).
Personalidades que influenciaram
e fizeram parte da história da banda foram convidadas para participar do Vans
Apresenta Especial Ratos de Porão 40 anos. Aparecerão nas pílulas, entre os
blocos, que abordam temas sociais e políticos, sempre presentes nas letras e
discursos do RDP. Alguns deles são Andreas Kisser (Sepultura), Supla, Mano
Brown, Rodrigo Lima (Dead Fish), entre outros.
O Ratos é hoje João
Gordo (vocal), Jão (guitarra), Juninho (baixo) e Boka (bateria). Ícone,
iconoclasta e inconfundível, o RDP foi formado em 1981, em São Paulo, em meio
ao boom do punk no estado e no país. Desde então, a própria banda sofreu um
irreversível boom, com discos após discos alçados a clássicos, turnês pela
América do Norte e Europa e o reconhecimento até fora do nicho da música pesada.
Chegou uma hora, em
1984 e 1985, que o movimento Punk deu uma implodida por causa de violência,
briga de gangue, etc. Não dava mais pra tocar e ficou esquisito. O que salvou o
Ratos e levou o Ratos pra uma carreira internacional foi o Metal, sabe?
A partir do momento
em que fomos pioneiros do ‘Metal Punk’, ou do Crossover… Porque primeiro a
gente foi fazer o Metal Punk em inglês. Falei dessa história pro Jão e pro Jabá
(baixista), e eles não queriam muito tocar isso não. Mas comecei a mostrar pra
eles bandas como Exodus, Metallica, Slayer e as bandas do hardcore misturando
tudo, aí fui fazendo a cabeça deles.
João Gordo falou
sobre um momento crucial do RDP, que impulsionou a carreira da banda no Brasil
e a levou para Europa e América do Norte.
“Quando a gente
lançou o segundo disco, Descanse em Paz (1986), já tinha um pouco disso, né? E
a gente tinha uma tentativa tosca de ser Metal, com influência de bandas
inglesas, né? Tipo Concrete Sox, English Dogs. A gente era uma banda tosca
ainda, né? A gente começou a ensaiar na Vila Piauí direto, no quarto do Jão e
foi tomando jeito lá. Pegando essa onda mais Metal na Vila Piauí ensaiando
quase todo Sábado e Domingo.
O ‘Cada Dia Mais Sujo
e Agressivo’ (1987) ainda é bem tosco, né? A união do thrash metal com o Punk.
Mas a batida que o [baterista] Spaghetti fazia, que era aquela batida do
Extreme Noise Terror, que hoje se chama D-Beat, ela não se encaixava com as
palhetadas do Jão, então era meio desconjuntado o negócio.
A banda só pegou a
disciplina do Metal mesmo quando a gente alugou uma casa do lado ali, um
barraco, começamos a ensaiar todo dia e fizemos o Spaghetti mudar de som, né? O
que ele mais tinha de bom era a batida D-Beat dele, e a gente falou ‘não, não é
assim, cara. É tá-tum tá-tum tá-tum, thrash metal, igual o Igor toca.’
A partir dali a gente
começou a compor o ‘Brasil’, né? Pode ver que o ‘Brasil’ é quase todo ‘tá-tum
tá-tum tá-tum’, e ficou super preciso. Aquela precisão rápida que veio de
ensaio todo dia.
A gente conseguiu
lançar um disco que é um divisor de água em nossas vidas, que é o ‘Brasil’.
Antes disso a gente era uma banda super tosca com as nossas ideologias também.
Depois que a gente foi pra Europa e começou a ver como funcionava o movimento
Punk dos squats, cara. Isso aí abriu muito a nossa cabeça.
Outra coisa que abriu
muito a nossa cabeça foi ver o show do RKL, o Rich Kids on LSD. Quando a gente
viu o show dos caras, aqueles americanos dando uns pulos…
E a gente era tão
tosquinho, tão engessado, aí quando viu os caras muito loucos, dando pulo, isso
aí mudou a nossa vida também, cara. A gente falou ‘meu, como a gente é tosco! A
gente tem que ser igual esses caras.’
A partir daí,
começamos a virar profissionais do Hardcore, Metal, Crossover. A partir desse
contato com os gringos”.
Mais informações
sobre este evento histórico nas mídias da Powerline Music & Books:
instagram.com/agenciapowerline ou facebook.com/AgenciaPowerline.
Fonte
©2020 Tedesco Comunicação & Mídia | São Paulo, Brasil
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