domingo, 30 de abril de 2017

THORGILM - Killing the Wolves - Resenha CD


THORGILM
“Killing the Wolves”
Independente – Nac.

O Thorgilm, banda surgida em Nova Odessa, teve vida curta, já que nasceu em 2006, lançou uma Demo intitulada “Look at the Serpents” (2007) e o aqui comentado “Killing the Wolves” (2010). Apesar de já fazer um tempo de seu lançamento, achei ser justo fazer o comentário do álbum, após o seu envio para minha pessoa. A formação que gravou esse álbum foi a seguinte: Sandro Maués (vocal), Guilherme Andrili (guitarra), Marco Aurélio Giacon (baixo) e Paulo de Tarso (bateria). E o álbum já começa muito bem com “Conscient Blinds”, música no melhor estilo Heavy Metal tradicional, mas que flerta com o Speed, principalmente na levada da bateria e no baixo sendo debulhado sem dó. Os vocais são um caso à parte já que – sem mencionar alguns agudos – não se compara a nada que eu tenha ouvido. São usados de forma sábia, o que deixou a sonoridade do Thorgilm carregada de peculiaridade. As linhas, riffs e até mesmo os solos de guitarras são bem postados, sem exageros, e com muito, muito feeling. Aí vem aquele pensamento: “Por qual razão essa banda não seguiu em frente? Potencial ela tem de sobra!”. E olha que estou fazendo esse comentário levando em consideração apenas a primeira música. Porém é necessário salientar que cada música apresentada em “Killing the Wolves” é carregada de muitos atributos. O que se falar da total NWOBHM, cavalgada e emocionante “Ignorance”? Na verdade não tem o que falar, é apenas erguer os punhos e bater cabeça! As músicas contidas no álbum, de certa forma, são longas, já que praticamente todas passam dos cinco minutos. Mas o bom é que cada música apresentada nunca fica se repetindo e as alternâncias são encontradas, seja em momentos mais pesados, cavalgados, “speed” ou até mesmo em passagens mais calmas, como ouvido no início de “Stronger Than Never”, que em algumas passagens traz algo do velho Metallica. A parte gráfica é simples, porém eficiente, com diversas informações. A arte da capa é que poderia ter ficado melhor... A produção sonora também está num bom nível e fará o amante do bom Heavy Metal querer ouvir o álbum por diversas vezes. Amantes da NWOHM, Manowar e afins, podem correr atrás sem medo. Eu não canso de escutar e mais uma vez menciono: como pode uma banda com tanto potencial encerrar suas atividades tão precocemente?

Resenha por Valterlir Mendes

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