sexta-feira, 31 de março de 2017

VULTURE - Abandoned Haunt of Cosmic Hate - Resenha CD


VULTURE
“Abandoned Haunt of Cosmic Hate”
Cianeto Discos/Vários – Nac.
O Vulture está de volta! Novo álbum, mas sem fugir de suas raízes, cravadas no Underground desde 1995, quando ainda se chamava Damnation. O que ouvimos nesse disco é aquele velho Death Metal que a banda criou com maestria, trazendo peso, partes mais agressivas e velozes e bem inseridas melodias de guitarras. Melodias sim, mas com peso descomunal e sem partir para o lado do famigerado Melodic Death Metal. É Death Metal em sua essência. É Death Metal essencialmente Vulture, como a banda acostumou seus seguidores a ouvir desde o seu início. Tudo bem, o início com “Under the Blade of Death” traz certa urgência no seu instrumental, por vezes lembrando, em decorrência da velocidade impressa, o Thrash Metal, inclusive em alguns andamentos ‘marcados’. Mas, a não ser isso, o disco traz essencialmente a forma característica de o Vulture fazer a sua música. Vocais fortes, graves, não guturais, mas que não foge do que é ouvido no Death Metal. As linhas de baixo e bateria, como sempre, são densas e mesmo que as guitarras sejam o carro-chefe da música da banda, a ‘cozinha’ mostra que é bastante importante para deixar as músicas com o peso que elas pedem. Sobre peso, a gravação soa, de certa forma, mais ‘crua’ que nos discos anteriores, talvez porque os irmãos Adauto e André ficaram responsáveis pela produção, mixagem e masterização desse disco. E mesmo que isso seja paradoxal, a produção deixou o disco mais orgânico, mais Death Metal, já que não deixou a música rebuscada. “Abandoned Haunt of Cosmic Hate” é um disco, de certa forma, longo, já que conta com 11 músicas e um pouco mais de uma hora de duração. Mas, para quem conhece a banda, sabe que em momento algum a sua música se torna maçante. Pelo contrário, as ideias nos riffs, nos solos, nas melodias, pululam e fixam o ouvinte durante toda a execução do álbum. Nos discos anteriores o Vulture sempre apresentou um tema em português, só que nesse novo disco são apresentados dois: “Até as Últimas Consequências” e “Moderna Escravidão”, as quais se encaixam muito bem no ‘track list’ do álbum. Max Schumamn (baixo), André Xavier (bateria), Adauto Xavier (guitarra e vocal) e Yuri Schumamn (guitarra e backing vocal) mostram que a evolução é possível sem deixar de lado as raízes.

Site: www.vulture.com.br
E-mail: vulturedeath@gmail.com

Resenha por Valterlir Mendes

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