sexta-feira, 31 de março de 2017

IMPERADOR BELIAL - Morbid Rites - Resenha CD


IMPERADOR BELIAL
“Morbid Rites”
Metal Reunion/Vários – Nac.

A cena Underground carioca é bem conhecida por parir bandas que fazem seu som baseado no que fora feito nos anos 80, com forte influência na ‘velha escola’ e, por vezes, no primitivismo do Death Metal e na crueza do Rock N’Roll. Sim, o Imperador Belial, no seu álbum de estreia, “Morbid Rites”, segue essa tendência, o que não significa que seu som é meramente uma cópia do que fora feito. Lembra, sim, as bandas daquela época, até mesmo em razão da sonoridade ‘crua’ e direta, sem ajustes digitais ou algo que se assemelhe. A banda faz um Black Metal mais influenciado pelo Venom, algo do Death Metal do Hellhammer/Celtic Frost e algumas bases ‘vintage’, bem Rock N’Roll, só que mais pesado e sujo. É isso o que ouvimos logo na abertura do álbum, com “Lustful Sin”. E o que dizer do tributo ao Sarcófago com “Black Alcoholic Vomit”, iniciado com um agudo, como nos velhos tempos. Mas, apesar das várias citações na letra, a música não tem a sonoridade do Sarcófago, mas alguns riffs de guitarra lembrarão alguns ícones do velho Black/Speed Metal. Os vocais de Rafael Mangelli “Inkubus” são de fácil assimilação, apesar de toda a morbidez encontrada, não só nas partes mais cadenciadas, mas, também, em músicas mais velozes, como “Visions of a Dark Age”. A gravação, feita no HR Studio, por Flavio Pascarilo, e a mixagem e masterização feita por Leonardo Pagani e pela própria banda, nos remete aos anos encouraçados do Heavy Metal, mas isso não significa que não tem potência, como ocorreu em muitos álbuns daquela época. Pelo contrário, é uma produção sonora forte, mas ‘crua’, de certa forma, porém deixando toda a parte instrumental bem audível e bem definida. Que o diga as linhas de baixo de Washington Marchon “Wolfer”, bem construídas e de fácil audição durante todo o trabalho. A parte gráfica casa bem com a sonoridade feita pelo Imperador Belial, vindo num tom “amadeirado”, como se fosse um velho pergaminho – ou algo que se assemelhe. A arte da capa é aquilo que uma banda como o Imperador Belial pede e parece ter sido desenhada à mão. É um álbum curto, mas bem atrativo, e talvez o tempo curto o torne assim, não o deixando maçante. Apesar de fazer um som mais ortodoxo, pelos caminhos do velho Black Metal, os riffs de “Tales of Beyond the Grave” remetem ao criador do Heavy Metal, Black Sabbath, com as guitarras bem influenciadas pelo mestre Tony Iommi. Gabriel Cabral “Bitch Hünter” (bateria) e Carlos Outor “Chaos” (guitarra) complementam a formação da banda. Ouça “Morbid Rites” e seja remetido ao glorioso passado do Metal!

Site: www.facebook.com/imperadorbelial666
E-mail: imperadorbelial666@gmail.com

Resenha por Valterlir Mendes

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