O movimento cyberpunk japonês foi assumido nos idos anos 80. As semelhanças com o que se fazia no ocidente eram apenas relativas à tecnologia, de resto toda a imagética do estilo cyberpunk japonês baseava-se numa componente de representação industrial repleta de imagens metálicas e com uma narrativa quase incompreensível.
É comum o cyberpunk japonês envolver personagens transformarem-se em monstros num ambiente industrial como é o caso de Tetsuo de Shin’ya Tsukamoto, um filme que cimentou e definiu assumidamente esta estética cinematográfica.
Deixamos uma lista de 10 filmes japoneses (sem qualquer ordem de preferência) desta corrente artística que devem ver obrigatoriamente ^_^
01. Burst City (爆裂都市 / Bakuretsu Toshi)
Realizado por Sogo Ishii, Burst City (1982) foi um dos percursores do cinema underground japonês e por consequência um dos primeiros filmes a abordar esta estética cyberpunk. O filme é uma espécie de videoclip de música punk gigante que tem a sua acção num Japão pós-apocalíptico onde toda a gente é punk, freak ou polícias brutais.
02. Tetsuo (鉄男 / Tetsuo)
Se há filme que tem toda a essência do movimento cyberpunk japonês é este Tetsuo (1989) de Shin’ya Tsukamoto. O filme narra a vida de um homem que tem uma compulsão insana de atrair metal para o seu corpo. Uma viagem completamente alucinante quer estética quer narrativa. Para saber mais sobre este filme podem ler artigo aqui.
03. Akira (アキラ / Akira)
Numa Tóquio distópica, um grupo de motards delinquentes tentam impedir o jovem tetsu de destruir a capital japonesa. Akira (1988) é um filme de animação de Otomo Katsuhiro que bebe algumas das bases do cyberpunk japonês e que foi sem qualquer dúvida o anime que fez explodir este tipo de animação no mundo ocidental.
04. 964 Pinocchio
Um escravo sexual cyborg lobotomizado é expulso de casa por não conseguir manter uma erecção. Shozin Fukui realiza este 964 Pinocchio (1991) que também é considerado um dos expoentes máximos do movimento cyberpunk japonês.
05. The Machine Girl (片腕マシンガール / Kataude Mashin Gāru)
É um dos filmes da nova vaga do movimento cyberpunk. Uma jovem colegial jura vingança depois de ter visto a sua família ser brutalmente assassinada por uma famíla yakuza. Realizado em 2008 por Noburo Iguchi, The Machine Girl adiciona também a componente “gore” à estética cyberpunk.
06. Adventures of Electric Rod boy (電柱小僧の冒険 / Denchû kozô no bôken)
Para muitos foi uma experiência para o filme maior, Tetsuo. Realiazado por Shin’ya Tsukamoto Adventures of Electric Rod boy (1987) narra a história de Hikari, um jovem que viaja numa máquina do tempo onde encontra um grupo de vampiros punk.
07. Electric Dragon 80.000 V
É outro dos filmes incontornáveis do movimento cyberpunk. Sogo Ishii realiza este Electric Dragon 80.000 V (2001), um bizarra história de um jovem de Tóquio traumatizado pelo seu passado que o conduz a um penoso e peturbado presente. Podem saber mais sobre o filme lendo o artigo aqui.
08. Rubber’s Lover
Muitas vezes é considerado como sendo uma semi-prequela de 964 Pinóquio. Rubber’s Lover (1996) é da autoria de Shozin Fukui e relata a história de um grupo clandestino de cientistas que realizam experiências psíquicas sobre cobaias humanas.
09. Crazy Thunder Road (狂い咲きサンダーロード / Kuruizaki Sandā Rōdo)
Se há um nome que represente o movimento cyberpunk é o de Sogo Ishii. Crazy Thunder Road (1980) é a visão negra do Japão suburbano cheio de motoqueiros alucinados e sedentos de guerras sangrentas.
Realizado em 1986 pelo poeta e cantor folk Shigeru Izumiya. É também creditado pelos crítico como sendo um dos primeiros filmes subgênero cyberpunk japonês. O próprio Izumiya também participa no filme onde um grupo de cientistas rouba um android.
Existem outros títulos que poderiam figurar nesta lista de 10, mas estes foram o que achamos mais improtantes quer ao nível histórico da filmografia cyberpunk japonesa e também a escolha caiu em filmes que vimos.
Como nota final, avisamos que alguns destes filmes são bastante violentos visualmente, por isso se forem pessoas susceptíveis tenham cuidado a ver estes filmes.
Escrito por: Fernando Ferreira
Fonte AQUI
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