segunda-feira, 30 de maio de 2016

AGRESSOR - Demise of Life - Resenha CD


AGRESSOR
“Demise of Life”
Dark Sun/Eternal Hatred – Nac.

Após oito anos sem lançar um álbum de estúdio (o ‘debut’ “Victim of Yourself” foi lançado em 2006) a lendária banda Agressor chega ao seu segundo álbum, “Demise of Life”. E quem conhece a banda já sabe o que esperar: Thrash Metal do mais alto nível. Mesmo sabendo que a banda vai apresentar um álbum nesses moldes, o mesmo não deixa de empolgar, muito pelo contrário. É aquele típico álbum que te fará aumentar o som e bater cabeça sem parar. Difícil não fazer isso ao ouvir “The Origin”, música de levada ‘marcada’ e bem influenciada pelo velho Slayer, inclusive nas alternâncias de vocais de Paulo Tinoco, que lembram bastante o de Tom Araya. Além de vocalista, Paulo é o baterista do Agressor, e ele mostra bastante desenvoltura nas duas funções. Claro, ele fez o básico, o que deve ser feito por um baterista de Thrash Metal, sem firulas, e se prendendo às levadas trabalhadas, sem truques de estúdio ou partes extremamente velozes ou ‘metrancadas’. E ele, nesse novo álbum, está muito bem acompanhado: o baixista Gustavo Lima faz bases bem fortes, acompanhado de perto as levadas de bateria. A dupla de guitarristas Alexandre Cabral e Raphael Zaror criam riffs aos borbotões, sempre influenciados pela ‘velha escola’, que foi de onde a banda veio. Não importa se a música seja mais cadenciada ou um verdadeiro jaguar sem freios, como em “Accidental Murder”, os riffs são muito bem construídos, sem se falar nos ótimos solos apresentados durante todo o álbum. A parte lírica, como não poderia deixar de ser, está bem crítica, falando sobre destruição da natureza, do homem pelo próprio homem, problemas sociais. A parte gráfica ficou ótima, onde se desdobrando vira um pequeno pôster. E a parte sonora está bem feita, utilizando os avanços tecnológicos em favor do ‘old school’. Mas quando falo em avanços tecnológicos, não falo de um álbum feito de forma plástica e digital, já que o ouvido mais apurado irá perceber que o mesmo foi gravado de forma analógica. Altamente indicado para quem gosta de um Thrash Metal feito por quem entende do assunto e bebe nas fontes alemã e americana do estilo, além, claro, de uma carga com cara própria. É, o nome da banda define bem o seu som!

Site: www.agressor.com.br

Resenha por Valterlir Mendes

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