O Bueiro do Rock, situado entre o bairro Aeroporto e
Memorare na capital de Teresina, abrigou na noite do dia 11 de janeiro, um
evento que deu pra iniciar o ano de uma forma bem contagiante. Reunindo as
bandas locais, Sex Drinks Metal e Terror Fetus, a de PHB Eterna Punição e
direto de Fortaleza (Ou Fortahell), o rápido e agressivo Fist Banger.
Já se passava um pouco das 21:30 da noite e Sex Drinks Metal
já estava se posicionando para fazer mais um de seus shows. A banda é formado
por Eduardo Osama nas guitarras, Marcos Stephen nos vocais e baixo, e Flávio
Nordestino nos timbres frenéticos da bateria. Cheguei a adquirir o DVD promo do
evento ‘Orgias Alcoólicas Metal Fest’ que ocorreu em 2013 e já tinha ideia do que eu iria ouvir ali. A
entrada foi liberada assim que já estavam prestes a iniciar a apresentação e já
tinha um pessoal bacana na entrada, pena que não lotou como deveria, até porque
tinha tudo pra isso acontecer, mas fazer o quê não é, Teresina ta em um estado
de decadência
em relação a isso. Mas vamos ao que interessa.
Sex Drinks Metal com sua postura pegada ao Death Metal e
meio puxada pro Black, cantado em
Português, envolvendo temas presentes na vida rotineira de qualquer cidadão,
mulheres, bebidas, entre outras coisas, porém
não deu pra mostrar o seu potencial (Em minha humilde opiniões). E Confesso que
é meio injusto a primeira banda servir como ‘cobaia de instrumentos’. Por
exemplo; na apresentação a bateria estava muito seca, parecendo que tava
batendo em uma panela e pratos amadores, a guitarra muito baixa e vocal estava
quase na medida certa. Fica meio complicado, ver a banda ensaiar e chegar em um
evento e algumas sair errado, mas como ‘Osama’ falou pra mim, faz parte e daqui
pra frente vai acostumando. Mas vamos esperar alguma coisa gravada em estúdio
deles, porquê a banda já vem sido elogiada desde quando estava nos ensaios.
O setlist foi quase o mesmo do DVD promo e se não me engano
teve outras
que não foram tocadas no mesmo. ‘Osama’ já não é novidade em tocar
bem daquele forma, cheguei ate dizer que ele não é so destruidor de prédios mas
também destruidor de guitarras, ate porque ele toca no Arkanus Ad Noctum (Black
Metal). O som da banda, que canta em Português, envolve
temas presentes na vida rotineira de qualquer cidadão, mulheres, bebidas, entre
outras coisas.
Na segunda apresentação da
noite, a banda Eterna Punição conseguiu apagar a sensação estranha causada pela
banda anterior (O problema do equipamento, citado acima) e brindou o público
com um banho de Black Metal ‘pesado’, chegando até mostrar uma postura
interessante. Porém precisa um pouco mais de experiência e um pouco mais de
técnica na guitarra (Meio clichê e repetitivo), mas a banda em si até que é
bacana. Aliás, Lucas,
ta de parabéns na bateria (Que por sinal ‘assumiu’ a
linha de frente com uma fúria incontida). Deu um gás pra galera e aquele tal
‘’FRIO’’ que todos comentavam não existia mais ali. Enfim... A
formação atual conta com os parnaibanos Danilo Bode nas vociferações vocais e
baixo, Lucas Soares na bateria e Diego Hell na guitarra e backing vocal.
O Terror Fetus encerrava a
parte de abertura. Uma apresentação correta, feita com sangue e suor, com um
som preciso feito por headbangers para headbangers, agitando a galera que se
mostrou extremamente satisfeita. O título das faixas e suas letras mostram que
o quinteto produz e executa um material caprichado, e que os caras já deixaram
de ser moleques faz tempo, se é que um dia foram, pelo menos no cenário do
Thrash/Death.
A apresentação se inicia com
uma faixa extremamente violenta, intitulada ‘Virus’. Ah, vale ressaltar o
seguinte; muitos não conheciam o Thallys como frontman, e com certeza deu pra
perceber nos rostos ali presentes que estavam surpreendidos e impressionados.
Agora digo por mim, ele foi bem tanto nos berros mais levados pro Death Metal
como na ‘pancadaria’.
Seguindo em frente, a faixa ‘Condenado a Forca’ foi executada
de uma forma bem ouvida, som impecável, presença marcante do Terror Fetus
(Jones que o diga. Para de beber antes de fazer show, cara). A empolgação ficou
a tona nessa música, não cheguei ver ninguém exausto, porém tinha muitos
concentrados na parte do bar e distante do palco (Não deu pra entender isso,
mas tudo bem). ‘Das Trevas’ toca tanto que eu até parei de ‘bate cabeça’ para
conferir cada riff sendo feito por ele (Guardando segredo hein, safado?!).
A banda mostrou
absoluta tranqüilidade e se comunicaram bastante com o pessoal, que já
começaram a receber apoio de pessoas que não conheciam o som. Profissionalismo
e competência a toda prova, um exemplo de como se portar ante as interpéries -
e com músicas realmente muito boas, diga-se de passagem.
E chegava a melhor música
que escutei até hoje, ‘MECHANICAL SUBMISSION’, violência, brutalidade, frio e
sem frescura, apenas digo para quem quiser ouvir. Thiago, o que aconteceu
contigo, cara? Possessão demoníaca? Puta
que pariu. Fiquei impressionado com aquilo. Tentei ate
‘bater cabeça’ seguindo tua cabeleira junto com a headgirl Mary, mas não dava.
Sinceramente esse material tem que sair o quanto antes. Tê-lo em mãos e ouvir a
cada dia, manhã, tarde e noite será um prazer.
E o setlist foi seguindo com as músicas
Extinction, Staring Through The Eyes
Of Dead (Cover do Cannibal Corpse, que eu
pensava que quem ia fazer o vocal seria você mesmo Thiago, como o show do
Enforcer com o tributo do Behemoth que foi feito, mas tudo bem, ta valendo.
Fudido demais a performance), Carcass Of Existence (Surpreendente e na medida
certa), Ak 47 e Faixa de Gaza (Que estão presentes na 1° demo. Mas elas
atualmente estão muito melhores, não tenho a menor dúvida disso). Com apenas 3
apresentações com a formação atual, Thiago já se sente satisfeito e disse quase
no final da apresentação que esta é a melhor formação de todo esses anos. Sabe,
ta aí, eu concordo.
Alguns problemas bestas como tretas de uma
‘mulecada’
rockista, como querer se apresentar e querer se juntar com o pessoal
mais true, e exagero de bebidas de outras pessoas não fez com que atrapalhasse
a diversão do pessoal.
Eis que chega a hora da
atração principal, e meu amigo, que show foi esse?! Fist Banger não demorou
muito para estar presente naquele palco. Ah, aproveito para dizer que o espaço
precisa de um reforma. Nessas horas que os lixos chamados de governos não
aparecem, mas para querer votos, vão ate pra show de Reggae. Mas tudo bem, o
Bueiro do Rock com força e atitude vai melhorando aos poucos para trazer bandas
mais renomadas e fazer eventos de altíssimo respeito.
Então, o Thrash/Speed do
Fist Banger se iniciou balanceando de uma forma excelente com músicas da demo
lançada recentemente e com músicas que farão parte do Full Lenght futuramente.
Vinny, é um vocalisa com um carisma gigantesco e contagia o público com extrema
facilidade. Apesar de que aqui ser onde é, teve suas dificuldades. Como podemos
citar, o calor (Apesar de toda chuva), o cansaço e aquela diferença de cidade.
Ele chegou até explicar pra muitos que o vocal foi forçado a bersa apesar disso
tudo e confessou que depois de longos shows, esse de Teresina foi o mais
puxado. Calma Vinny, você não é o primeiro a dizer isso!
Minha frase irônica foi
digna de muitas: ‘’Esse mosh ta uma delicia’’. Lembram do trecho acima do
pessoal que estavam na parte do bar? Pois é, alguns foram pro mosh. Acho que
agora deu pra entender realmente o que esperavam (Será?! Quem sabe....). A
galera do Eternal Violence, da Cadaverise, Kick Head, Arkanus Ad Noctum e
Cerberus Bestial não se exautaram e entraram juntos para alegrar e tirar todo
aquele estresse da semana. Digo isso porquê quando terminou eu e muitos falamos
a mesma coisa.
Um aviso pra galera que me
chamou de Gagau, que não participou do mosh e que so ficou ‘arregando’: ‘’So
fica no mosh quem se garante no Gagau. Quem não tomou Gagau na vida, toma
leitinho. De preferência, piracanjuba, que é o mais fraco de todos’’. Aprendam,
mosh de vergonha é aquele que todo mundo se diverte e brinca. Se caiu, alguém
levanta. Se doeu, se o cara for gente, vem pedir desculpa. Se não gostou, não
crie confusão. So fique na sua. Certo? Ok. Valeu.
Impressionante é ver a banda
com um tempo não muito longo e já ter um profisisonalismo incrível. Decidir
atravessar barreiras e cursar um caminho chamado Thrash and Speed Metal é um
caminho difícil, mas que sem concessão musical alguma, com fidelidade canina ao
gênero e seus fãs, e sem cessar as atividades como a grande maioria dos
sobreviventes da geração de ouro dos anos 90 e ate algumas bandas dos anos
2000. Se é que me entendem né ?!
E porra Vinny, ovelha, cara?
Biro Biro? Cachinhos de ouro? Esses ‘’AMIGOS’’ não perdoam hein?! Mas faz
parte, quando junta Teresinense e Cearense, acaba dando nisso.
O público saiu satisfeito
(Apesar das besteirinhas), o local é sempre agradado, iluminação e espaço,
porém a organização após fazer uma pequena reforma, ate que seria bom alguns
ventiladores, nem que seja uns pequenos, Teresina apesar da queda de granizo a
uns dias atrás, ta quente da mesma forma. Mas isto é um detalhe, não que não
seja importante por enquanto, vamos focar no público e em outros ramos de
divulgações de tais eventos, porquê hoje em dia ta difícil divulgar. Mas o que
vale mesmo é saber que virá inúmeros
eventos ate dezembro, e espero que eu esteja em pelo menos na metade.
Por Pedro Hewitt
Fotos : Guilherme Muniz
Thallys (Terror Fetus)







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