quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Campo Minado 118 - Campo Minado - Resenha EP/ Demo


Campo Minado 118
"Campo Minado"
Independente

O Campo Minado 118 (Anteriormente não possui o número) teve sua origem no segundo semestre de 2013 executando um Crossover com letras de cunho social, político e manifestante passando por influências que vão do Punk tradicional ao Grindcore atual. A banda conta atualmente com Rui Neto (Vocal), Alex Sousa (Baixo), Skilo (Bateria) e Pedro Augusto (Guitarra).  A produção desse primeiro registro foi feito por Tiago Alves no Chapada Studio, diga-se de passagem.
‘’VAI SE FODER FILHO DA PUTA’’, entra logo sem nenhuma ondinha que muitas bandas de hardcore por aí a fora possuem. Um legítimo crossover, um ritmo instrumental significativamente pesado, sem contar a bateria estourando sem dó. A letra é sem mais, sem menos direta, sem picuinha de carinho e sem ondinha de amor. É matar ou morrer. Vai?
‘’RIOS’’, não sei bem qual a temática dessa música. Porfavor, algum integrante me diga, fiquei na dúvida. Já nela reparei um vocal levado para aquelas bandas de grindcore de alguns tempos atrás e uns berros que é o clichê do Rui Neto (Estou errado brother?). Nesse EP, Kuac (Selestinos) ainda estava tomando de conta das guitarras, porém com vários assuntos pessoais ele teve que sair da banda, enfim. Então, um mosh nessa música não pode faltar de maneira alguma. Aliás, tem como?

‘’VOU MATAR QUEM TA NO GOVERNO’’? Quem esteve em Teresina nas manifestações saberá o porque dessa música. Preciso dizer algo mais? Digo sim, essa faixa PARA MIM, é daquelas que fazem os que realmente apreciam o som, empunhar a Air Guitar e chamar todos para um mosh pit violento. Dedico essa música não só para quem odeia política, mas também a todos que estão insatisfeito com essa exploração em geral que anda acontecendo.
‘’HARDCORE FUDIDO’’, daí já percebi um erro cometido por muitos. Bateria repetitiva. Isso incomoda muitos e acaba deixando as músicas a diante meio que tediosas e não bate aquela empolgação de continuar conferindo. Do que adianta fazer um som porrada e assistir sentado? Então, fica a dica para cada membro da banda, ‘’Ensaiem bastante essa bateria para que no próximo material saia mais técnico e mais violento do que já está’’. Ok? Pois bem, nessa faixa quem ta apaixonado, pode esquecer. A paixão vaza. Mas porquê? Entre no mosh, leve várias ‘’mãozadas e chutadas’’ na cabeça e saberá do quê estou falando. Letra pequena (Pode haver alterações), porém até bacana.

E chega a faixa titulo, ‘’PAZ AQUI NÃO EXISTE MAIS’’. Rui, como ficou sua garganta após esses gritos? Com uma linha de guitarra em velocidade média e uma letra totalmente calcada a tortura, retratam tudo aquilo que de mais podre e agressivo que habita na mente humana. Confesso que esse trecho ficou manjado, mas são as palavras diretas e simples de uma banda que o negócio pode ir pra frente; ‘’Eu vou te pegar, vou te espancar, vou te torturar. Você vai morrer (...)’’.  Deixo a você, leitor, ouvir e dizer o que acha.
‘’NÃO ME CHAME DE ANIMAL’’, Chará, Pedro, quando for fazer os shows, inclua outras coisinhas nesse riff. Como eu disse anteriormente, se ficar sempre nas mesmas coisas, o tédio fica a tona. Mas é isso aí, o sentido maníaco dentro de cada um está presente sempre. Essa música de pouco tempo de duração manda um recado aos posers; ‘’EI ANIMAL VAI TOMAR NO C*’’. Pra que melhor hein poser?

‘’2,10 É UM ROUBO’’, já sinto falta da manifestação e toda quebralheira daqueles ônibus. Que por sinal o Rui ficou conhecido em várias partes do nordeste por causa de uma imagem dele incendiando uma coisa que não lembro o que é bem. Atitude e força sempre. Revoltante, voraz, cruel e impiedoso é onde chega a conclusão que esses 4 caras não estão para brincadeira. Vou poupar os comentários. Compre o físico, da mais futuro.
E para finalizar, ‘’ACABOU’’ (Vai entender não é?!). Simplesmente Teresina tava precisando disso. Já chega de bandas de hardcore com a mesma coisa e punk rock com as mesmas letras. Agora vamos fazer crescer o lado Crossover e Grind nessa cidade.
Galera, espero que sigam certamente pelo verdadeiro Underground.



Resenha por Pedro Hewitt

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