domingo, 1 de janeiro de 2012

ENTREVISTA: OLIGARQUIA

São quase 20 anos de luta intensa em nome do Underground e nem pensar em se ajoelhar perante os modismos e a indústria fonográfica, talvez por isso a banda seja considerada tão polêmica, até mesmo em razão de algumas declarações de seu baterista, Panda Reis. Desde o álbum “Nechropolis” (2000) eu conheço o trabalho dos ‘Death Maniacs’ paulistanos da Oligarquia. Particularmente revelo a você que está lendo essa, que sou fã do trabalho honesto dessa banda e essa entrevista acaba sendo uma realização pessoal também. Vamos lá!

Metal Reunion Zine– Oligarquia já atravessou quase duas décadas dedicada ao Metal Underground e acaba de lançar seu novo álbum. Mas, apesar do tempo de estrada do grupo, acredito que muitos leitores do Recife Metal Law não conheçam a história da banda. Então faça um resumo da biografia da banda até o presente momento.
Panda Reis – A banda fez seu primeiro show em setembro de 1992. Antes dessa data nunca tínhamos tocado em um palco, em uma casa de shows com aparelhagem descente, então marcamos essa data como marco inicial da banda. Gravamos nossa primeira Demo em 1995, que levou o título de “Conviction of the Death”, e três anos depois veio a “Really to be Dead”, essa com duas mil peças distribuídas! Assinamos com a Destroyer Records, lançamos o “Nechropolis”, rodamos o país... Em 2003 lançamos o “Humanavirus” pela Mutilation Records, e em 2004 um split que só saiu na Europa. Desde o início somos uma banda de Death Metal tradicional mesmo. Já tivemos muitas mudanças na formação, fizemos vários shows e incomodamos muita gente pela nossa postura mais ativista, protestante e totalmente contrário a política do Underground atual. Somos mais uma das centenas de bandas de Metal aqui de São Paulo.

Metal Reunion Zine– O álbum “Distilling Hatred”, lançado este ano, já estava pronto há algum tempo e seria lançado por uma gravadora do Sudeste. Por que, após terem divulgado a assinatura para o lançamento, o disco acabou sendo lançado de forma independente?
Panda – Sim, sairia pelo selo Dark New Age Records, que nos fez uma proposta para lançar o “Distilling Hatred”. Então nos mandaram um contrato no qual nos propunha condições parecidas com o nosso primeiro contrato, do primeiro CD. Não concordamos com cláusulas e o questionamos antes de assinar. Nesse meio termo a máscara do cara foi caindo. Uma banda do Rio de Janeiro tomou calote na prensagem do CD (que ele fez a banda pagar uma porcentagem), sumiu com o adiantamento de um show de umas bandas ‘gringas’ que ele anunciou que estava trazendo... Enfim, percebemos com o tipo de aventureiro estávamos lidando. Nem assinamos o contrato, o rasgamos e já era! Então falei com os caras da banda e com alguns amigos do passado e reativamos a Poluição Sonora Records, selo esse que lançou as duas primeiras Demos da banda, produziu todos os nossos shows nos anos 90, trouxe pela primeira vez (em 2000) para São Paulo o Unearthly e o Khrophus, tinham produzidos shows memoráveis no auge do Death Metal, como Torture Squad, Oligarquia e... (esqueci as outras bandas), no boêmio bairro do Bixiga. O selo foi reativado e lançou esse CD novo. Por ser um selo de ‘gente’ e não de dinheiro, vendemos o CD abaixo do preço (R$. 7,00). Não tem encarte (encarte só digital no site, para que gastar mais papel do que necessário?), nem caixa acrílica que fica poluindo o ambiente por séculos. Nenhuma gravadora aceitaria vender o CD a esse preço. (risos) Nosso compromisso é com a galera que curte nosso som. O que interessa pra gente é que eles tenham um material de qualidade e barato.

Metal Reunion Zine– Sinceramente quando ‘vi’ uma banda brasileira de Death Metal caminhando para vinte anos de estrada, produzindo seus fonogramas em um dos melhores estúdios do país e, mesmo assim, lançou um álbum de forma independente penso que as ‘gravadoras’ de Metal no Brasil acabaram mesmo. Estou ligado na era do download e crescimento de uso das mídias digitais, mas mesmo assim é no mínimo curioso. Diga-me, a que se deve isso? Será que no futuro das bandas em terras ‘brazucas’ será lançar seus materiais apenas no Myspace e Youtube?
Panda – Então cara... Fizemos nosso primeiro show mesmo, com público para o estilo e em uma casa de shows de verdade, em setembro de 1992. Faz tempo, hein!? Mas como na cultura brasileira idade, ser idoso não quer dizer porra nenhuma, muito pelo contrário, você começa a ser visto como retrógado, ultrapassado (risos), e uma banda como a nossa não interessa para os selos que temos na atualidade. Somos problemas demais por pouco lucros, saca? (risos) Optamos sempre em gravar em estúdios legais, desde as Demos, que gravamos no Anonimato Estúdio, até esse “Distilling Hatred”, que gravamos no Top Noise, o antigo Army , aonde já gravaram até RPM, Exalta Samba, etc. (risos) Mas a ideia foi do Ártour, a culpa é do comunista, pois ele conhecia o cara desde moleque, então pagamos muito menos do que vocês podem imaginar. (risos) Mas, para concluir, percebemos que eles não têm a veia Metal no sangue e passamos a não falar a mesma língua, então corremos para o Ciero mixar e masterizar o trabalho. A ideia era ter qualidade (no nosso entender de qualidade para a Oligarquia), mas ter aquele clima pesado, denso, caótico, que a banda tem e os mais novos talvez não entendam. (risos) A gente quer que as gravadoras se fodam! Eles nunca apoiaram de verdade a cena e não irão apoiar agora. Durante o ‘boom’ do Metal, no começo dos anos 90, até a Eldorado entrou nessa, mas por quê? Moda, mercado, comércio! Será que as gravadoras não percebem que o CD, hoje em dia, é mais um cartão de visita e não a ‘obra’ toda. A tecnologia atual permite que a independência da música seja quase que total, e acho isso muito bom. Eu mesmo acho ‘ducaralho’ quando encontro músicas ou CD inteiro nosso para baixar. Tem mais que baixar mesmo! Nós mesmo pretendemos colocar todo esse disco pra ser baixado no site, mais pra frente, não vejo problema algum nisso. Música é arte e arte deveria ser domínio público desde seu nascimento. Hoje é Myspace, Youtube, amanhã serão outras ferramentas. As gravadoras podem acabar, foda-se! O que não pode acabar é a musica.

Metal Reunion Zine – Voltando ao disco, comente os temas abordados nas composições de “Distilling Hatred”.
Panda – É um mosaico do ódio, cara. Falamos de tudo que fomenta o ódio nas pessoas mais sensatas e menos passivas; criticamos o que tornou nosso mundo nesse retalho de dialéticas difusas e fantasiosas, seja religião, política interna ou externa. Enfim, novamente não é um disco conceitual, mas tem um tema central. Explicamos porque nosso ódio está sendo destilado. Na banda somos extremamente interessados em assuntos sociais, políticos, religiosos e tudo que moldou e construiu o mundo como o conhecemos. Alguns na banda vão mais fundo, estudando e se formando academicamente nessa área de humanas, outros são engajados em lutas revolucionárias e outros apenas tomam cerveja e são curiosos no assunto, mas funciona bem, pois as letras tem um teor histórico, real e fortemente contestador. A ideia é usar a música para expressar que odiamos tudo isso criado por uma civilização monoteísta, estúpida, egocêntrica, que se acha o máximo do universo e ainda insiste em fantasiar leis, regras, crenças e querem que todos as sigam. Nosso ódio continua a ser destilado!

Metal Reunion Zine– Como anda a tour de divulgação do álbum? Como os Deathbangers estão recebendo os sons do novo álbum?
Panda – Não tem tour, cara! (risos) Não somos uma banda que segue padrões. Lançamos o disco sem show de lançamento, sem alarde, sem imagem e sem ficar chamando a atenção. O que importa são as músicas. É a obra e não todo o resto. Não temos uma tour agendada, somos velhos demais para cair na estrada com as condições que os produtores estão oferecendo. Está foda para cair na estrada da maneira que está. Então estamos tocando em shows que aparecem e até que temos tocado bastante, mas, como já disse, desde setembro é ‘licença maternidade’ e só voltaremos aos palcos no ano que vem. Não sei como está sendo aceito, até porque acabou de sair e como a gravadora é minúscula, a distribuição está sendo minúscula. Tentamos alguns contatos de algumas distribuidoras maiores, mas as conversas não andaram, então percebi que tínhamos que fazer tudo sozinhos. O CD nem chegou a todos os lugares que deveria, na verdade acho que nem em 10%, mas vai chegar, devagar, amadoramente, mas com muita honestidade, amor ao trabalho e tesão! Espero que a molecada curta o trabalho.

Metal Reunion Zine – Vocês tiveram uma recente mudança de formação. O que aconteceu? Qual a formação do grupo atualmente.
Panda – Sim, tivemos. Normal, faz parte de a banda mudar, sempre mudamos, desde o começo mudamos. Daquele começo lá em 1990 só restou eu mesmo. O Ártour é o segundo mais velho, entrou em 1998, e é o cara que mais tempo durou na banda. Acho que foi o que mais entendeu qual que é da Oligarquia. A banda não é o Panda, eu apenas a criei. Depois ela tomou corpo e alma, e é assim até hoje. Cada cara que entrou deixou um pouco da sua energia na banda e mesmo essa pessoa saindo, esse DNA continua ali na banda, vamos absorvendo cada um que tocou nela nesses anos todos. Não rolou nada que não rola em milhares de bandas diariamente: descomprometimento, ‘vibe’ errada, interesses difusos... Enfim, não rolou mais com o Victor Pancho e o Guilherme voltou pro inferno. (risos) Quase todas as separações da banda rolaram na boa e mantivemos a amizade. Isso eu acho foda! Alguns membros ainda tocam comigo em outros projetos. Mudanças levam a outro patamar, acima ou abaixo, depende como você encara sua banda. Hoje a Oligarquia é Panda Reis (bateria, Guilherme (guitarra), Ártour (baixo) e Max Hideo (vocal).

Metal Reunion Zine– Atualmente vemos cada vez menos bandas com alguma postura ideológica, em muitos casos o grupo pensa mais em fazer o pseudo ‘sucesso’ do que ser honesto no que prega em suas canções ou em sua proposta. Como a Oligarquia vê esse tipo de postura dentro de nosso cenário, visto que observei aqui nas letras uma ‘veia’ de protesto bem explícita?
Panda – Cada um faz da sua banda o que bem entender, eu não me importo com o que as outras bandas falam. Lógico que ao ler as letras de algumas eu tenho acessos de risos em ver que perdemos tanto tempo em contar historinhas infantis, que nada acrescenta para o ouvinte, que nada faz além do que dar continuidade a bestialidade, que é a formação ideológica do mundo contemporâneo. As bandas falam de religiosidade ou coisas que nada tem de relevante para o momento histórico em que o mundo atravessa. Basta dar uma atenção ao que acontece no mundo. Nem estou falando para você ser formado em cursos racionalistas, como História, Ciências Sociais e Filosofia, basta ter um pouco mais de sensibilidade pra notar a contradição aumentando. O mundo está se dividindo; as pessoas estão tomando partido, mesmo sem ter noção exata disso. A Extrema Direita tem se aproximado; a Extrema Esquerda tem se comunicado; o capitalismo treme e com ele toda uma ordem estabelecida. Estamos vivendo a época mais tumultuada da história; estamos às portas de acontecimentos altamente relevantes para o futuro da humanidade, aonde interesses de todos os lados se colidem e continuarão a colidir, pois não tem como voltar. Agora é ir até o fim e com o tempo não vai dar pra ficar em cima do muro, como a grande maioria. Nós não! Sempre nos posicionamos em relação a tudo, desde o começo, mas não dá para querer que todas as bandas sejam assim. Algumas delas nem sabe o que é um Estado de Direito. (risos) Pra você fazer um discurso mais político e mais refinado nas ideias e pensamentos, tem que se estar envolvido nisso, e nós estamos, por isso nossas letras é só protesto, é só ataque a ordem estabelecida. Não é apenas uma ‘veia’, mas o organismo inteiro é raivosamente consciente do que somos e o que queremos atingir.

Metal Reunion Zine– Há tempos atrás tivemos muitas bandas indo na onda do Krisiun e apostando na dita hiper-velocidade, inclusive apresentando muitas tentativas frustradas. Também, de alguns anos para cá, me deparei com diversas bandas de Black Metal se tornando Death Metal declaradamente, seguindo, sei lá, algumas influências de bandas ‘gringas’ e apostando no ‘mercado’. Em uma época que diversos grupos apostam em mudar de estilo, ‘cagando’ para seus fiéis fãs, o Oligarquia permanece seguindo em frente, fazendo Death Metal tradicional, como era a proposta desde o início. Você não acha que com tanto modismo e falta de honestidade dentro de nosso cenário vocês não estão ‘remando contra a maré’?
Panda – Sim, continuamos os mesmos Death Metals de sempre, (risos) como no início, e isso deve ser assim até o fim. As mudanças que rolam são no desempenho, no instrumento, variando principalmente de formação pra formação. Mas é assim que tem que ser, somos uma banda de Death Metal, da época que não tinha subdivisões no estilo, como a mídia utiliza agora, colocando o Death Metal em subgêneros muitas vezes difícil de assimilar e entender pra um ‘coroa’ como eu. (risos) Se estamos remando contra a maré? Acho que sim, mas as marés mudam, por isso que você não deve remar a favor delas, você tem que fazer o que gosta, fazer o que te dá tesão e, como tudo na vida, ter ideal e não se vender para conquistar certas coisas tão medíocre como passageiras. A meta nunca foi ganhar dinheiro com a Oligarquia, nem o mínimo que seja; fazemos arte e arte muitas vezes é renegada ao esquecimento e a miséria, por isso idiota daquele que muda para ser aceito, muda para conseguir maior destaque ou muda porque não tinha convicção no que fazia. Ninguém é obrigado a gostar de um estilo só, mas daí adulterar sua música, sua banda, seu estilo... Por isso que tenho projetos paralelos, ou seja, a Oligarquia vai sempre tocar Death Metal. Para tocar outras coisas tenho meus projetos paralelos.

Metal Reunion Zine– Estava falando em ‘off’ com o Max, que me disse que está com umas ideias legais para produção de outro álbum. Conte-nos essas novidades. Já tem sons sendo feitos para outro registro? Aproveita e fale de outras novidades que vem por aí.
Panda – Todos temos ideias, o tempo inteiro estamos conversando e vendo o que fazer daqui em diante com a banda. O Max tem uma ideia legal para o disco novo, mas um pouco grandiosa demais. (risos) Mas vamos trabalhar pra fazer da ideia dele algo muito próximo da ideia inicial, pois em paralelo tenho escrito a temática do disco novo junto com o Ártour e na hora certa iremos juntar todas as ideias e começar a criar um novo material da banda. Sempre juntamos todas as ideias e debatemos muito para chegar a um denominador comum, como letras, sons, capa... Ainda está muito cedo, mas já temos várias ideias e saindo das quatro cabeças. Na maioria das vezes não é uma ideia que fica, mas com o resultado desse debate vem desgraça boa por aí!

Metal Reunion Zine– Disco novo lançado e a banda na árdua batalha há vinte anos. Mesmo com um disco lançado de forma independente, existe a possibilidade de a banda fazer uma tour de divulgação pelo Brasil?
Panda – Ele saiu via Poluição Sonora Records, que vem fazendo um trabalho muito honesto. O selo é menor que todos que tivemos, mas os caras são 100% honestos em toda a correria. Tudo bem que temos que trabalhar pra caralho para divulgar, e a distribuição é minúscula, mas vamos trabalhando muito mais felizes assim, pois sabemos que cada CD é vendido ou distribuído com a maior honestidade que já tivemos nesses vinte anos de banda! Acho que para o próximo devemos seguir a mesma fórmula e lançar por eles novamente. A meta nunca foi vender, mas sim fazer o material chegar às mãos dos bangers certos, dos Core certo, dos Grinder certo, saca? Turnê no Brasil é mero apelido de uma sequência de shows. Nenhuma banda fica em turnê aqui, cara. Às vezes vejo as bandas ficarem quatro semanas em tour quase que todos os dias na Europa ou nos EUA. Isso não rola aqui. Aqui para molecada ir á shows no sábado já está foda! Se não tiver bandas ‘gringas’ não vai quase ninguém, imagina tocar em uma quarta-feira? A cena aqui é diferente das deles, e a gente precisa por os dois pés no chão e cair na real sobre isso! As bandas nacionais fazem shows, turnê é impossível para bandas nacionais fazerem. Você viaja, toca no máximo sexta-feira, sábado e domingo e pronto. Não faremos muitos shows esse ano. O Max Hideo vai ser pai pela primeira vez e está querendo curtir a gravidez e os primeiros meses, e é claro que ele está certo e tem todo nosso apoio. Tocamos em setembro último (em Santos) e agora só no ano que vem.

Metal Reunion Zine– O Oligarquia sempre foi uma banda contestadora, e muitas vezes ‘desceu a lenha’ no mercado fonográfico e nas gravadoras. Você não acha que isso foi um fator determinante para que nenhum selo assinasse com a banda?
Panda – Sim, tenho certeza disso! (risos) Mas eu quero que se foda! Não vou podar minha maneira de pensar, meu modo de ver o ‘mercado’ Underground, a maneira padronizada que eles organizaram o Underground. Agora ‘tá tudo dominado, cara. Reproduzimos o que mais odiamos na nossa cena, e as gravadoras, a mídia, são todas uma grande panela que está cagando e andando pra cena de verdade. Eles ajudam apenas quem os ajudam, a oposição eles renegam. Se as gravadoras não assinam com a gente porque eu não fico calado e fingindo que estou satisfeito com as migalhas que eles nos dão, foda-se! Agindo assim, eles só corroboram com o que sempre falei: que elas não passam de usurpadores da arte e usam métodos tão tiranos, em sua devida proporção, que o ‘mainstream’. Não as vejo fazendo porra nenhuma na real pelas bandas; nenhuma banda recebe o que deveria das vendas, e as vendas não aumentam porque elas não fazem o trabalho que deveriam fazer. Critico mesmo, desço a lenha em quem com hipocrisia quer brincar de fazer Underground ou ainda pior: quer fazer da arte uma mercadoria. Tenho plena consciência que as gravadoras do Metal brasileiro cagaram em assinar para lançar um novo CD da Oligarquia, porque se você me prometer e não cumprir, eu vou cobrar e vou falar pra quem quiser ouvir que você não cumpriu! Não estamos fazendo favor nenhum para elas. Elas vendem os nossos CDs, nossas músicas, nossa arte por preços absurdamente caro, e ainda não cumprem o que prometem. Não fazem nada da maneira que deveriam fazer pelas bandas, propaganda em revista, resenhas, notinhas... Vamos pensar mais que modelitos pré-estabelecidos e seguidos. Não precisamos delas, nenhuma banda precisa delas, mas elas, sim, precisam da gente, precisam das bandas... Enquanto tivermos bandas que paguem para tocar, para abrir shows, que se sintam valorizadas por causa de uma fotinha em revista e achar que as gravadoras são como mães, mesmo recebendo o mínimo, essa porra vai continuar assim! Precisamos dos bangers, do público, esse sim faz a cena. Bandas, façam vocês mesmas às coisas pela sua banda!

Metal Reunion Zine– Agradeço, de coração, por seu tempo cedido e reafirmo com orgulho que sou fã de vosso trabalho. Desejo muitas vitórias na estrada! Deixo essa última pergunta para suas considerações finais. O espaço é seu. Força!
Panda – Falar o quê, meu irmão? (risos) Foi foda a entrevista! Foi foda falar pra galera. Valeu a todos que leram! Valeu Chakal, não só pela entrevista, mas por anos de amizade e parceria. Valeu Metal Reunion Zine e todos que conseguem perceber que alguns brincam de fazer Metal e outros fazem Metal por amor e convicção naquilo que fazem. Radicalismo estúpido é coisa de gente sem neurônios.
Defender uma arte é coisa de gente que acredita no que faz! Estamos juntos no front! Logo, logo a gente se tromba por aí. Abraço a todos!

Entrevista por Chakal e Valterlir Mendes

Fotos: Divulgação

Originalmente publicado em


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