ATOMIC ROAR
“Atomic Freaks”
Bestial Invasion – Imp.
Imagine conseguir juntar integrantes de bandas como Farscape, Hellkommander, Sodomizer, Apokalytpic Raids e Diabolic Force para tirar um som? O resultado pode ser conferido no projeto (que com certeza já virou banda) chamado Atomic Roar, que com apenas oito anos de estrada já acumula alguns lançamentos oficiais na ‘gringa’ em formatos vinil, CD e tape. Inclusive os caras também já deram um giro pela Europa em uma tour junto com os MetalPunx Whipstriker e Iron Fist. Mas vamos ao artefato, né? Atomic Freaks é o segundo álbum do grupo lançado pela gravadora escocesa Bestial Invasion em formato CD, o qual tem tudo que um bom disco que mescle Metal, Rock N’Roll e som Punk deve ter. Todos os sons tem andamento simples, mas sem se prender aos clichês inerentes ao estilo e já bem conhecidos. Em uma época que todo mundo que usa ‘tupatupa’ na bateria se autodenomina “Metal Punk”, o que o Atomic Roar faz acaba sendo uma boa aula do que o estilo realmente é. São dez sons que soam empolgantes do começo ao fim, com letras ácidas e com aquele velho objetivo de protesto na linha ‘soco na cara’ e pronto! O ‘play’ já começa com a violenta “Mutants”, que praticamente dá o recado de qual é a ‘onda’ dos caras. Revelo que eu sinceramente gostei mais desse álbum do que do primeiro full lenght do grupo, intitulado “The Warfare Merchants”, que foi lançado pela gravadora americana Crush Until Madness. Apesar de ser um ótimo disco e estar dentro da proposta musical do grupo, é mais ‘reto e crú’, com uma pegada que acaba sendo mais identificada com o velho Thrash Metal 80’s do que com o Metalpunk propriamente dito. Enfim, “Atomic Freaks” tem uma ‘rosnada’ Rock N’Roll do começo ao fim, passando por momentos mais rápidos e outros mais cadenciados que se tornam verdadeiros chamados a balançar os cabelos e quebrar pescoços. As composições aqui, de forma global, estão com estruturas muito interessantes e coerentes, sem soar mecânicas ou mesmo datadas. Arte da capa acima da média, seguindo o conceito de todos os lançamentos da banda, onde prevalece a cor amarelo nuclear. Se você curte bandas como Venom, Voivod, Warfare, Motörhead, GBH, Discharge, Tank, entre outras que tem sonoridades similares, vale muito à pena conferir esse CD. Destaco as faixas: “Mutants”, “Children of the Three Eyes”, “The Survivor” e “Atomic Freaks”. Parabéns aos camaradas Hellpreacher (vocal), Whipstriker (baixo), Poisonhell (guitarra) e Witchcaptor (bateria), pelo excelente trabalho e que venham outros ataques atômicos como esse!
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Resenha por Chakal
Originalmente publicado em
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