WARSHIPPER
“Black Sun”
Independente – Nac.
Apesar de o primeiro trabalho do Warshipper aparecer como um
EP, a própria banda o considera como primeiro álbum. Assim sendo, “Black Sun”
vem a ser o segundo álbum da banda e o mais difícil nesse disco é classificar
seu estilo musical. Tudo bem, a banda tem como base o Death Metal, porém não se
prende aos clichês do estilo, seja na parte musical, seja na parte lírica. Ao
longo das 10 músicas, ouvimos certas ‘viagens’ musicais, melodias apuradas,
além de inserção, mesmo que em doses homeopáticas, de estilos como Heavy,
Black, Thrash e até Prog Metal, tudo isso numa junção bem feita, não fazendo
com que a musicalidade da banda seja uma mistura sem pé e nem cabeça. Ponto
para os músicos Renan Roveran (vocal/guitarra), Rodolfo Nekhator (baixo), Roger
Costa (bateria) e Rafael Oliveira (guitarra), que, em cada instrumento tocado,
definem o que é a sonoridade da banda. Os músicos acertam em cheio na
construção de cada música apresentada. E mesmo que algumas sejam bem longas,
não há exageros, o que torna a audição agradável àqueles com ouvidos mais
apuradas e que não se prendam - aos já mencionados - clichês do Death Metal. Um
bom exemplo do que falo é a longa e interessante “Black Sun (Part I, II &
III)”. Apesar de seu tamanho, o ouvinte não vai perceber que tem toda essa
duração, e isso se dá em razão da boa alternância de andamentos, os quais não
são repetitivos. Outra música que aponto como bastante interessante é
“Rebirth”, com seus andamentos marcados, fortes melodias e vocais agressivos
(mas sem ser rápida, seja na parte vocal ou musical). E o álbum, como um todo,
vai nessa levada, ou seja, contendo músicas pesadas, densas e que não precisam
de velocidade para que possam soar agressivas. A parte lírica também merece
menção. É um disco que o ouvinte deve estar com o encarte em mãos para
acompanhar essa parte. As letras, bem escritas, abordam diversos temas, indo do
não dogmatismo até conflitos psicológicos. A arte da capa, eu diria, retrata
bem a musicalidade da banda, assim como sua parte lírica. O artista Alcides
Burn captou bem o que a banda queria, se assim posso afirmar. Enfim, belíssimo
disco que foge dos padrões pré-concebidos do Death Metal.
Site: www.facebook.com/Warshipper
Resenha Valterlir Mendes
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