quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

DARK WITCH - The Circle of Blood - Resenha CD

DARK WITCH
“The Circle of Blood”
Arthorium – Nac.

16 anos separam a formação do Dark Witch e o lançamento de seu álbum de estreia, “The Circle of Blood”. Antes dele algumas Demos lançadas e muitas mudanças na formação. À frente da banda, desde o seu início, o vocalista/baixista Bil Martins que, agora, junto com Cesar Antunha e Décio Andolini (guitarras) e André Kreidel (bateria), presenteia o público Headbanger com um disco do mais puro Heavy Metal. Bill já vem fazendo um trabalho excelente nos vocais do Hellish War e, por vezes, algumas linhas – como não poderia deixar de ser – remetem a sua outra banda. Isso pode ser ouvido na maravilhosa “Wild Heart”, um puro Heavy Metal tradicional, que une velocidade e melodias na medida certa. As linhas vocais remetem, até por ambas as bandas trilharem o mesmo estilo musical, mas musicalmente as bandas se diferem. Ou seja, o Dark Witch é mais um representante desse tão amado estilo, que enche de orgulho os Headbangers desde o seu início. Veja bem, “The Circle of Blood” é um álbum com 12 músicas (contando o cover para “Voz da Consciência” do lendário Harppia), com pouco mais de uma hora de duração, mas contendo músicas que soam honestas até o último riff de guitarra. Peso, velocidade, melodias e até mesmo passagens que chegam a lembrar o Thrash Metal, como ouvido no início e em algumas passagens de “Master of Hate”, são a tônica do álbum, além de boa dose de agressividade em algumas partes, sendo “Death Rain” um bom exemplo disso e onde Bil não poupou a garganta. O que importa é que a banda procurou soar honesta o tempo todo, não forçando em nada sua musicalidade, mesmo que sua música remeta o ouvinte aos ícones surgido na década de 80. Na verdade, a produção sonora aumenta essa característica ‘old school’ do disco. Nada de um som cristalino e plástico, pois isso não casa bem com o som proposto pelo Dark Witch. O que temos aqui é uma banda que acertou a mão nos riffs e solos, na ‘cozinha’, por vezes simples e direta, com o baixo de Bill pulsando e dando maior densidade às músicas e uma bateria, a cargo de André Kreidel, que não é mirabolante, mas que deixa a música atrativa o tempo todo. Os vocais, por vezes, inserem partes agudas, que se mesclam a portentosas linhas graves e cantadas, sem apelos ou exageros. Mas não há como não destacar as guitarras da dupla Cesar Antunha e Décio Andolini. Esses caras são monstros! Tocam muito e encarnaram velhos ídolos do instrumento, que tanto fizeram para tornar o Heavy Metal tão adorado como é até hoje. Ouça “Cauldron” e você terá uma ideia do que estou falando. Mas isso é apenas uma música que cito, afinal todas carregam um feeling intenso, a cada acorde emanado. A parte lírica é bem diversificada e aborda temas como ocultismo, superação, história, magia, lutas internas do ser... A parte gráfica é muito bem cuidada e a arte da capa pode ser interpretada de várias formas. Digo uma coisa: o que tenho em mãos é um álbum que transpira Heavy Metal e que, mesmo com sua duração longa, deve ser deixado no aparelho de som, para ser ouvido por várias vezes.

Site: www.facebook.com/darkwitch.heavymetal
E-mail: darkwitchband@gmail.com

Resenha por Valterlir Mendes

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