“The Circle of Blood”
Arthorium – Nac.
16 anos separam a formação do Dark Witch e o lançamento de
seu álbum de estreia, “The Circle of Blood”. Antes dele algumas Demos lançadas
e muitas mudanças na formação. À frente da banda, desde o seu início, o
vocalista/baixista Bil Martins que, agora, junto com Cesar Antunha e Décio
Andolini (guitarras) e André Kreidel (bateria), presenteia o público Headbanger
com um disco do mais puro Heavy Metal. Bill já vem fazendo um trabalho
excelente nos vocais do Hellish War e, por vezes, algumas linhas – como não poderia
deixar de ser – remetem a sua outra banda. Isso pode ser ouvido na maravilhosa
“Wild Heart”, um puro Heavy Metal tradicional, que une velocidade e melodias na
medida certa. As linhas vocais remetem, até por ambas as bandas trilharem o
mesmo estilo musical, mas musicalmente as bandas se diferem. Ou seja, o Dark
Witch é mais um representante desse tão amado estilo, que enche de orgulho os
Headbangers desde o seu início. Veja bem, “The Circle of Blood” é um álbum com
12 músicas (contando o cover para “Voz da Consciência” do lendário Harppia),
com pouco mais de uma hora de duração, mas contendo músicas que soam honestas
até o último riff de guitarra. Peso, velocidade, melodias e até mesmo passagens
que chegam a lembrar o Thrash Metal, como ouvido no início e em algumas
passagens de “Master of Hate”, são a tônica do álbum, além de boa dose de
agressividade em algumas partes, sendo “Death Rain” um bom exemplo disso e onde
Bil não poupou a garganta. O que importa é que a banda procurou soar honesta o
tempo todo, não forçando em nada sua musicalidade, mesmo que sua música remeta
o ouvinte aos ícones surgido na década de 80. Na verdade, a produção sonora
aumenta essa característica ‘old school’ do disco. Nada de um som cristalino e
plástico, pois isso não casa bem com o som proposto pelo Dark Witch. O que
temos aqui é uma banda que acertou a mão nos riffs e solos, na ‘cozinha’, por
vezes simples e direta, com o baixo de Bill pulsando e dando maior densidade às
músicas e uma bateria, a cargo de André Kreidel, que não é mirabolante, mas que
deixa a música atrativa o tempo todo. Os vocais, por vezes, inserem partes
agudas, que se mesclam a portentosas linhas graves e cantadas, sem apelos ou
exageros. Mas não há como não destacar as guitarras da dupla Cesar Antunha e
Décio Andolini. Esses caras são monstros! Tocam muito e encarnaram velhos
ídolos do instrumento, que tanto fizeram para tornar o Heavy Metal tão adorado
como é até hoje. Ouça “Cauldron” e você terá uma ideia do que estou falando.
Mas isso é apenas uma música que cito, afinal todas carregam um feeling
intenso, a cada acorde emanado. A parte lírica é bem diversificada e aborda
temas como ocultismo, superação, história, magia, lutas internas do ser... A
parte gráfica é muito bem cuidada e a arte da capa pode ser interpretada de
várias formas. Digo uma coisa: o que tenho em mãos é um álbum que transpira
Heavy Metal e que, mesmo com sua duração longa, deve ser deixado no aparelho de
som, para ser ouvido por várias vezes.
Site: www.facebook.com/darkwitch.heavymetal
E-mail: darkwitchband@gmail.com
Resenha por Valterlir Mendes
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