quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

COMANDO ETÍLICO - Heavy Metal Réu - Resenha CD


COMANDO ETÍLICO
“Heavy Metal Réu”
Independente – Nac.

Exatamente uma década separa o primeiro álbum, homônimo, da banda potiguar Comando Etílico, desse novo “Heavy Metal Réu”, lançado primeiramente digitalmente, no YouTube, mas recentemente lançado fisicamente, para deleite dos apreciadores do material físico e do Heavy Metal de alta qualidade, cantado em nossa língua pátria. E o que podemos encontrar de diferente entre o primeiro e esse novo trabalho da banda? Para minha grata surpresa, nada! É o típico Heavy Metal feito pela banda. Guitarras afiadas, seja nos riffs, seja nos solos inspirados - o solo contido em “A Gangue das Correntes” é de arrepiar; baixo pulsante, dando maior ênfase para as linhas pesadas das músicas; bateria sem firulas, indo direto ao ponto, forte, como o som da banda pede; e um vocal altamente indicado para uma banda de Heavy Metal tradicional com letras em português. Ótima dicção, ‘punch’ e inserção de alguns agudos na hora certa. Quem conhece o Comando Etílico sabe muito bem do que eu falo. E quando eu falo que não houve mudança, isso não significa que a banda repetiu seu trabalho anterior. Claro que não! Ela apenas manteve a força que foi apresentada na sua estreia, porém mostrando músicos mais experientes, em músicas que fará o Headbanger bater cabeça e cerrar os punhos. São 11 músicas, contando com a excelente faixa instrumental de abertura “A Queda do Martelo”, que praticamente não perdem a energia entre uma e outra. Bem, tem essa ou aquela música que chamará mais a atenção do ouvinte e, no meu caso, gostei bastante de temas como “Jonny Letal”, “A Gangue das Correntes”, a regravação de “Estação Antiga” - um convite ao mosh -, e as praticamente Thrash Metal “Sacrificar” e “Vomitar”. A arte da capa me fez lembrar a arte de um disco do saudoso Dio e o título do álbum pensei ser uma homenagem ao grupo brasileiro Stress. Mas em entrevista o Comando Etílico fez seu comentário acerca da arte da capa e título, esclarecendo quais são as referências na arte. A gravação e produção sonora do álbum foram feitas no próprio estado da banda, nas cidades de São José de Mipibu e Natal, e está num nível altíssimo. Enfim, agradeço a Hervall Padilha (vocal), Lucas Praxedes (guitarra), David Praxedes (baixo) e Kleber Barbosa (bateria), por lançar um álbum que destila qualidade, honestidade, peso e que honra o Heavy Metal cantado em nossa língua pátria.

Contatos:
contatocomandoetilico@gmail.com
www.facebook.com/bandacomandoetilico

Resenha por Valterlir Mendes

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